domingo, 19 de julho de 2009

Corpo do deputado federal Fernando Diniz é cremado em Minas

da Folha Online e Comentários de Raquel Faria de O Tempo abaixo:
O corpo do deputado federal Fernando Diniz, presidente estadual do PMDB de Minas Gerais, foi cremado na manhã deste domingo. Ele morreu na sexta-feira, aos 55 anos.
Diniz estava em São Paulo quando passou mal e foi hospitalizado. De acordo com o hospital Samaritano, ele foi internado após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias e em estado de coma. Seus assessores disseram que ele se recuperava de um procedimento cirúrgico na região da virilha.
Ontem, o corpo do deputado foi velado durante todo o dia na Assembleia Legislativa de Minas.
Empresário, Diniz estava em seu quinto mandato e era integrante da comissão de Minas e Energia. Como o Congresso entrou em recesso, a expectativa é que uma sessão em homenagem ao deputado seja realizada em agosto.
A vaga deixada por Diniz será ocupada pelo primeiro suplente da coligação, o ex-deputado Paulo Delgado (PT-MG).
Homenagens
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), lamentou a perda do companheiro e amigo. "Perdemos muito com o falecimento do Fernando pelo que ele já fez pelo partido e pelo muito que ainda faria. Sentiremos muito a sua falta pessoal e politicamente."
Para a presidente do PMDB nacional, deputada Iris de Araújo (GO), "o partido levará na sua história a figura de um homem amigo, um político leal e dedicado às questões de sua terra natal e na defesa do seu PMDB". Leia mais

Comentários de Raquel Faria:
Inesperado
A morte de Fernando Diniz chocou familiares, amigos e correligionários: não se imaginava que ele tivesse algum problema de saúde. O deputado foi a São Paulo sob pretexto de fazer exames rotineiros. Só sua secretária Denise sabia que ele, na verdade, seria submetido a uma cirurgia para retirada de nódulo na virilha, em clínica de nome ainda não conhecido. E o procedimento teria permanecido em segredo se não tivessem ocorrido complicações cardíacas que levaram à transferência do deputado para o Hospital Samaritano e ao seu posterior falecimento. Diniz morreu como viveu: na mais absoluta discrição.

Irreparável

Com a mesma discrição da vida pessoal, Fernando Diniz vinha conduzindo, como presidente do PMDB mineiro, as articulações políticas da possível candidatura de Hélio Costa ao governo do Estado. Era o maior aliado do ministro e principal interlocutor do partido junto ao governador Aécio Neves, com quem vinha mantendo sucessivas conversas de bastidor. A morte de Diniz é uma perda irreparável para o PMDB mineiro.

Mais dividido
No lugar de Diniz, assumirá a presidência do PMDB o vice Zaire Resende, ex-prefeito de Uberlândia, com o desafio de evitar um acirramento das brigas internas do partido. Ontem mesmo, ainda nem passado o susto, os peemedebistas ligados a Diniz já se preocupavam em encontrar um substituto para enfrentar, nas eleições partidárias, o grupo rival do deputado Adalclever Lopes, que agora se fortalece na disputa pelo comando do PMDB.

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