quinta-feira, 26 de novembro de 2015

INDEPENDÊNCIA OU MORTE, ARTIGO DE MINHA AUTORIA PUBLICANO NO JORNAL O TEMPO DESTA QUINTA-FEIRA (26).

INDEPENDÊNCIA OU MORTE

Por Leonardo Barros.

Os números do dinheiro roubado dos cofres públicos no Brasil, se contam em bilhões. Essa fortuna desviada é o resultado da ação dos ladrões, mas, é também, senão, principalmente, o resultado da omissão da sociedade, que se quer republicana, mas falta-lhe atitude para tanto.

Esse roubo tem a sua origem na corrupção da independência entre os poderes Executivo e Legislativo, que não cumpre o seu papel fundamental, o de se portar como um poder. E ao deixar de ser um dos pilares do sistema republicano, o Executivo toma conta com: Mensalões, Petrolões, venda de MPs...

O Brasil virou um negócio: tudo se vende e se compra. Ao vender a sua independência para o Executivo, o que é um crime lesa-pátria, o Legislativo entrega todos nós como mercadoria.

Sem o poder fiscalizador, mediador e legislador do Parlamento, o Executivo, que revelou-se uma Organização Criminosa na era PT, reinou, e assim, ao não reagimos para defender o princípio da separação do poderes, os negócios se deram em tudo que o Estado tem o papel de regular, controlar e gerir.

Em Minas, a história começa a se repetir: um parlamentar confessou que troca o seu voto com o governo por obras que vão lhe render votos. “Porque para mim é muito mais importante ter obras para transformar isso depois em voto pra mim”.

É contra a repetição dessa história que me insurgi demandando a investigação do crime lesa-pátria, com elementos fornecidos pelo deputado Douglas Melo (PSC), que em seu programa de rádio, apresentou o mais acabado conjunto de indícios de venda de apoio político, que creio, já exposto.

O deputado, veiculou até Ato oficial de assinatura de uma obra recebida do governo de Minas: “É em contrapartida a esse apoio do deputado, que os recursos e benefícios chegam a Sete Lagoas”.

E tudo que a gente faz de troca com o governo, quando você troca o seu voto por algo, você troca em prol do povo. E isso a gente comprova facilmente quando consegue uma obra como essa", comemorou o deputado.

A promiscuidade entre poderes se tornou tão “normal” que já não se esconde a relação anti-republicana, faz-se propaganda em radiodifusão, como se este “normal” fosse o Normal. E a independência virou até motivo de deboche para o deputado Douglas Melo. “Se você não tiver alinhado com o governo do Estado sabe o que você vira, né? Só um deputado que bate, bate, bate, deixa sua população sem nenhum atendimento”.

A nossa omissão levou a isso! Ou reagimos ou o Brasil morre! Não dá para esperar “reformas”.

É pelo que estou lutando e conto com a pronta disposição do Ministério Público em agir para defender a democracia, porque nunca foi tão vital acabar com o mandato-negócio e recuperar o Legislativo como Poder Independente e alinhado com a sociedade. Afinal, como reconhece a promotoria “estaríamos diante de uma  grave violação dos princípios republicano e democrático. Os poderes em uma república autêntica devem agir harmonicamente, mas de modo independente".

Independência ou morte, Brasil!

Leonardo Barros é um cidadão brasileiro.

Contato: leonardo@leonardobarros.com   bit.ly/VotoPorObra

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O CERTO, O ERRADO

Enquanto muitas pessoas estão lutando para sobreviver miseravelmente num país com cada vez menos prosperidade e outros tentando a todo custo sustentar seus negócios de qualquer tamanho, nós temos representantes eleitos deixando de cumprir com o seu papel para tornar a vida um pouco menos dura no que lhes cabe para fazer negócios que lhe garantam a próxima eleição ainda 2018? Ora, que palhaçada é essa? Não, não e não, chega! Esses oportunistas têm, sim, que serem denunciados, punidos e expostos seus maus exemplos para fazer com que os excluídos desses esquemas de poder que elegem estes maus políticos que só pensam na próxima eleição aprendam a escolher melhores representantes, ou representantes de verdade.

Nesse sentido, é claro que o nosso sistema político proporcional não ajuda, o voto distrital contribuiria muito para que estes oportunistas, e Não representantes fossem facilmente eliminados da vida pública, mas enquanto isso não acontece, até porque estes não querem uma mudança que os revele, é preciso que nós reagimos para que tenhamos o mínimo de representação independente em nossos legislativos e estes sejam recuperados minimamente enquanto poder que representam os interesses maiores da sociedade. Não dá para esperar! 

E foi isso que decidi fazer pessoalmente: ir à luta, a partir do que está acontecendo debaixo do meu nariz. Era insuportável assistir a um falso representante diariamente em seu programa de rádio a nós contar lorotas e, muito pior, dizer que estava traindo a sociedade para se alinhar com o governo e todos o aplaudindo como se ele não estivesse dizendo exatamente isso: estou lhes traindo para ficar do lado do poder. Ninguém se dava conta do absurdo. As pessoas estão tão acostumadas a conviver com o vício, que a maioria toma o mal como bom e o bom como mal.

Era preciso dizer NÃO! Isso tá errado minha gente, acordem, reparem o que esse cara está dizendo com todas as palavras, pontos, vírgulas e pingo nos is: eu estou vendendo o meu voto para ganhar a próxima eleição e vocês que se virem com mais impostos e problemas de vocês! Isso é crime lesa-pátria! Isso tá errado. Foi isso que apontei com farta prova disponibilizada pelo meliante político, Sr. Douglas Melo. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

MP vai investigar declarações do deputado Douglas Melo

MP vai investigar declarações do deputado Douglas Melo

Em outros momentos do programa, o deputado volta a frisar a “troca de favores” entre os deputados e o governo

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
Fonte Normal
PUBLICADO EM 03/11/15 - 04h00
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) irá investigar a suposta compra de apoio político pelo governo de Minas após declarações dadas pelo deputado estadual Douglas Melo (PSC). O caso foi revelado pelo Aparte no domingo passado.

Autor da representação, o empresário Leonardo Barros levou ao promotor Leonardo Barbabela, coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Defesa do Patrimônio Público (Caopp), o áudio das declarações do deputado. “Os fatos, se comprovados, podem consubstanciar, em tese, violação dos princípios constitucionais da administração pública”, diz um trecho do documento assinado por Barbabela e que determina da documentação referente ao caso à Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte.

“Estaríamos diante de uma suposta e grave violação dos princípios republicano e democrático, na medida em que um membro de Poder estaria sendo indevidamente constrangido a exercer de forma livre e independente o seu mandato de parlamentar estadual, em cujas atribuições se insere o poder de voto e a fiscalização do Poder Executivo, sob pena de não serem liberados recursos referentes às subvenções de obras em sua base eleitoral. Os fatos podem significar, ainda, inexistência de critérios objetivos, por parte da administração pública estadual, para a liberação de recursos orçamentários, o que violaria o princípio da imparcialidade”, diz o promotor.

O programa de rádio que motivou a denúncia foi realizado um dia após a votação do aumento do ICMS na Assembleia, e mostra Douglas Melo argumentando o motivo pelo qual não votou contra o projeto. O parlamentar avisa que, mesmo sendo contra o aumento, não poderia participar da votação, já que, desse jeito, iria ficar sem as “conquistas” para Sete Lagoas.

“Se o meu voto decidisse, pode ter certeza de que eu votaria contra. Mas, por outro lado, eu teria que falar para população que tudo que conseguimos, até agora, não virá. Eu voto contra o governo, e aí tudo que fiz até agora para melhorar a segurança pública de Sete Lagoas, para voltar o hospital regional, eu simplesmente jogaria por água abaixo”, diz o parlamentar, que cumpre seu primeiro mandato na Casa.

Em outros momentos do programa, o deputado volta a frisar a “troca de favores” entre os deputados e o governo. “Tudo que a gente faz de troca com o governo, quando você troca o seu voto por algo, você troca em prol do povo”, revela. “O governo do Estado conseguiu tudo isso pra gente com a certeza de que vamos votar inclusive as pautas polêmicas”, argumenta o parlamentar.

Questionado pela coluna, o governo de Minas afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se posicionar sobre o assunto. Na semana passada, o líder do governo na Assembleia, Durval Ângelo (PT), negou qualquer tipo de troca de favores.