sábado, 31 de janeiro de 2009

Leitor comenta e eu digo é mesmo um mal entendido. É claro que torço pela derrota do coronel Sarney

Leonardo. Só pode ser brincadeira! Não posso acred... Leonardo. Só pode ser brincadeira! Não posso acreditar que você esteja apoiando o Sarney... Como o Reinaldo Azevedo mesmo disse: "nem todo petista é petralha". Tião Viana é, de fato, a melhor opção para a presidencia do senado. O apoio do PSDB, só veio provar que o sujeito, apesar de petista, é um homem integro e que possui um projeto de reformulação para o senado de exímia importância para a nação. Apoiar Sarney, é o mesmo que apoiar Renan Calheiros, esse sim, um homem de indole duvidosa. Talvez você diga que o meu pensamento é equivocado, pois apoiar Tião Viana é o mesmo que apoiar o apedeuta. Não vejo a situação dessa forma. Em certos momentos, temos que deixar a guerrinha direita x esquerda de lado - mesmo que a escolha pareça absurda, como apoiar o cachaçeiro Lula - e pensar no que é melhor para todo o sistema. Espero que tudo não passe de um mal entendido, não quero acreditar que existem pessoas boas como você, Leonardo, que apoiem o Sarney e sua turma do PMDB, o partido mais corrompido do país.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Por Lauro Jardim, Veja - Entrevista: José Sarney

José Sarney oficializou sua candidatura à presidência do Senado no início da semana. Parecia que a eleição de segunda-feira, dia 2, seria um passeio. Mas os ventos mudaram. Desde então, a candidatura de Tião Viana, dada como morta, ressuscitou - sobretudo com o apoio da bancada do PSDB, anunciada ontem à noite, depois de os tucanos quase terem fechado com Sarney. Contas nem sempre confiáveis (por causa das costumeiras traições) dão a vitória a Sarney, mas por margem estreita. Nesta entrevista feita agora há pouco por telefone, a primeira que Sarney concede desde que saiu candidato, o ex-presidente revela-se prudente, como é do seu estilo, mas assume-se como o presidente do Senado talhado para ajudar a governabilidade do país num período de crise econômica, "que será profunda".

Por que o senhor quer voltar à presidência do Senado?
Estou atendendo a um pedido quase irresistível dos partidos e de quase todo o Senado. Quero prestar um serviço à sociedade e continuar o processo de modernização do Senado. Fui um modernizador no Senado. Criei o Centro de Processamento de Dados (Prodasen), contratei a Fundação Getúlio Vargas para melhorar as práticas administrativas da Casa, aumentei a transparência para que o cidadão possa acompanhar o andamento da destinação das verbas públicas. Além disso, estamos entrando num ano de crise econômica, que será profunda. Tenho, com a minha experiência, condições de ajudar a governabilidade do país.

Seus aliados mais próximos sempre disseram que o senhor nunca disputaria voto a voto a presidência do Senado: gostaria de ser escolhido por consenso. Mas a realidade é que a disputa neste momento é dura. O senhor não teme o desgaste de uma derrota a essa altura da vida?
Disputar essa eleição não deve ser encarado como uma busca pelo poder. E sim como um gesto de humildade. Desde que deixei a presidência da República, já disputei diversas eleições.

Se o senhor sentir um clima de divisão da Casa, há alguma possibilidade, até a manhã de segunda-feira, de retirar a candidatura?
Não há divisão alguma.

O que o senhor acha do senador Renan Calheiros, um dos articuladores de sua campanha, como homem público?
O Renan foi líder no senado duas vezes, foi ministro e é um político importante no país.

O senador Tião Viana a propósito do senhor disse textualmente: "Ele está pensando que o senado é um fundo de quintal. Tem que gente que tem uma visão patrimonialista da vida pública". O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Eu o conheço há muito tempo, mas não conhecia essa face grosseira do Tião. O que ele disse foi falta de respeito.

Por que o PSDB que esteve a ponto de fechar com o senhor, pisou no freio e acabou apoiando o senador Tião Viana?
Eu me faço a mesma pergunta. Recebi com perplexidade essa decisão.

Quantos votos o senhor acha que terá entre os 13 senadores do PSDB?
Não faço este tipo de cálculo. Respeito muito os senadores do PSDB.

RUMO A 2010 - Serra discute com presidente do PSDB palanques estaduais


Da Folha:
Potencial candidato à Presidência, o governador José Serra se reuniu com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, para planejar a montagem de palanques estaduais com vistas às eleições de 2010.
Na conversa, da qual participaram outros três tucanos, foi fixado como meta o lançamento de um único candidato por Estado -seja ele do PSDB, DEM ou PPS- para driblar constrangimentos durante a campanha.
Ideal, avaliam, é atrair o PMDB, na tentativa de evitar a formalização de aliança nacional do partido com o PT.
Não é à toa que Serra investe nos governadores do PMDB. Semana passada, convidou Paulo Hartung (ES) para um almoço. Segundo tucanos, os dois discutiram a construção de uma aliança no Espírito Santo, com lançamento de Hartung para o Senado. Hartung jura que não chegou a tanto.
A convite do governador do Paraná, Roberto Requião, Serra participou de um seminário no Estado."Serra foi elogiado por Requião", conta o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).
Num mapeamento que invadiu a madrugada de terça-feira, os tucanos identificaram os Estados onde há trepidações entre aliados. É o caso de Sergipe, de Rio Grande do Norte e da Bahia.
Serra até deixou de participar de uma festa em Aracaju para não contrariar o democrata João Alves, incomodado com a relação entre PSDB e PT em Sergipe. Mas mereceu afagos do petista Marcelo Déda, com quem se reuniu recentemente.
"Serra se transformou num político habilidoso", disse Déda.
Guerra viajará pelo país para debelar essas crises. Serra disse que essa tarefa cabe ao partido porque não considera oportuno precipitar a ideia de candidatura.
Até por isso, Guerra fez questão de minimizar a imagem de que Serra prepara, desde já, os alicerces de sua candidatura."
Estive com Aécio [Neves] em Minas. Agora, conversei com Serra." (CATIA SEABRA e SILVIO NAVARRO)

PSDB decide apoiar Tião Viana no Senado


da Folha Online
O PSDB divulgou na noite desta quinta-feira que vai apoiar a candidatura do petista Tião Viana (AC) para a presidência do Senado, revela o blog do Josias. O líder tucano Arthur Virgílio (AM) já comunicou a decisão a Tião Viana.
A decisão surge poucas horas depois de o DEM formalizar o apoio à candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP). DEM e PSDB podem acirrar ainda mais a disputa.
Para ser eleito no Senado, o candidato precisa obter ao menos 41 votos entre os 81 senadores. O PMDB é dono da maior bancada da Casa, com 20 membros, seguido por DEM (14), PSDB (13) e PT (12).
A decisão do PSDB foi tomada em reunião entre o líder tucano Arthur Virgílio (AM), o presidente do partido Sérgio Guerra (PE) e o senador Tasso Jereissati (CE).
Ao blog, Viana disse que o elo do entendimento de sua candidatura com o tucanato "foi a carta-compromisso do PSDB". Questionado sobre troca de cargos e promessas, Tião minimizou: "Esse assunto o PSDB me informou que vai tratar dentro do que está previsto nas regras da proporcionalidade das bancadas."

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sete Lagoas sofre mais que outras cidades em Minas com a crise mundial: A força da transição no Brasil e, em especial, na cidade de Sete Lagoas

(Leia também o post IRRESPONSABILIDADE!!!, que trata específicamento do risco geológico de Sete Lagoas)
Transição
Creio que a palavra que dá o título a este artigo descreva o que está ocorrendo no mundo. Nos Estados Unidos, Barack Obama toma posse, no Brasil novos prefeitos acabaram de assumir e a economia passa, em todo o planeta, de um espetacular crescimento para uma severa recessão. Apesar da abrangência global do movimento de transição, tratarei do assunto no âmbito do que ocorre em uma cidade, analisando por que as conseqüências da crise mundial em Minas são mais duras em Sete Lagoas.

Sete Lagoas é uma das mais belas cidades do país, de geografia plana, localizada estrategicamente a 60 KM de Belo Horizonte e a 33 KM do Aeroporto Internacional de Confins, faz parte do Circuito das Grutas e tem as lagoas naturais que deram o nome a essa cidade de médio porte. Essas são algumas das características que posicionam competitivamente o município no cenário nacional, o que atraiu empresas como Iveco e agora a AmBev, além de estar em construção o primeiro Shopping, pelos grupos BRMALLS-CALSETE. Entretanto, Sete Lagoas foi o município que mais perdeu postos de trabalho em Minas, como mostrou o jornal O Tempo, no período de Setembro/08 ao início de janeiro/09, com mais de 5.000 empregos cortados. O que explica esse paradoxo?

O problema de Sete Lagoas é que ela ainda tem a sua maior plataforma econômica baseada na exportação de ferro gusa, um bem primário importante, mas muito vulnerável à variação do contexto econômico mundial. E o incremento produtivo que ocorreu com a chegada de novos negócios não atendeu em velocidade e quantidade a demanda local. E esses novos empreendimentos são fruto muito mais do esforço de governantes do estado – portanto, externo – do que uma ação local para impulsionar seu próprio desenvolvimento.

Faltou a Sete Lagoas o que falta a maioria das cidades brasileiras: tomar a iniciativa e planejar o seu futuro, ter uma visão clara de onde quer estar no longo prazo, e assim, estabelecer uma estratégia coerente para realizar essa visão, decidindo o que tem e o que não tem que fazer para se atingi-la; o que quer o que não quer. O crescimento passado aconteceu a revelia de um plano local; o atual também, assim, eles não foram devidamente explorados, complementado e aproveitado pela cidade.

Bem, mas para alcançar esse grau de maturidade institucional, uma cidade precisa antes resolver suas questões estruturais básicas, não é mesmo? Infelizmente Sete Lagoas não fez o seu dever de casa. E ao longo de décadas a alternância do poder político, muito pouco contribuiu para modificar valores e práticas arraigadas que travam o progresso. Isso fez a cidade refém de um velho modelo mental que assegura o seu atraso histórico.

O colapso da sua infra-estrutura é a maior evidencia disso. Basta analisar o caso do saneamento: em 1.969, o Engenheiro Fernando Otto Von Sperling, da UFMG, depois de longo estudo recomendou a cidade que passasse da captação de água via subsolo (poços artesianos) para superficial (em rio) no máximo até 1979, para evitar o risco de desabastecimento e um acidente geológico por causa do tipo de solo, que a cidade ocupa. Mas estranhamente o estudo foi ignorado pelas autoridades. Até que em 1988, um acidente geológico abriu uma cratera de 20m de diâmetro e cinco de profundidade no Bairro Santa Luzia tornando o risco uma realidade. E pasmem(!), mesmo depois desse evento o sistema de abastecimento de água não foi alterado, o que levou a repetição do evento em outras regiões. Hoje, a cidade continua sob essa ameaça, a falta de água é generalizada e nas áreas onde a situação do saneamento é mais grave, há refluxo de esgoto para dentro dos imóveis.

O que explica tanta inércia? A visão refratária a interdependência e à abertura que existente localmente. Por exemplo: há menos de dois anos, Sete Lagoas rechaçou uma oferta da Copasa para resolver o problema de água e esgoto. Preferiu manter os serviços próprios de sua autarquia – SAAE – sob a justificativa de não perder autonomia e não abrir mão de suposto patrimônio dos cidadãos. Uma desculpa que esconde interesses ocultos de grupos patrimonialistas que fazem da autarquia um cabide de emprego político. Além desses grupos, existe uma corrente ideológica na cidade que advoga a auto-suficiência, idéia que só leva ao isolacionismo, fonte da ineficiência e da corrupção e de um baixo grau de empreendedorismo.

A exemplo do que acontece no saneamento, a saúde e a urbanização estão também em estado crítico. Para se ter uma idéia, o Hospital Municipal funciona há mais de 20 anos, onde era o prédio de uma escola que mal foi adaptado para este fim, não possui recursos tecnológicos básicos e instalações adequadas e suficientes para atender a demanda.

É urgente romper com o ufanismo que impede Sete Lagoas de enxergar que outras cidades do mesmo porte avançam a passos largos, enquanto ela fica comendo poeira. Um modelo mental que só faz aumentar o déficit estrutural, o subdesenvolvimento intelectual, econômico e social. Muitos que defendem a reserva de mercado dizem agir com a melhor das intenções para defender Sete Lagoas dos interesses do grande capital, que viria aqui explorar o povo. Puro engodo. Este é um comportamento que impede a cidade de resolver os seus problemas estruturais.

Superar esta mentalidade é um desafio que está posto para Sete Lagoas, bem como, para muitas cidades que também sofrem com este tipo de ufanismo trapaceiro, algo que já levou muitos países latino-americanos a ruína. Este é o grande desafio que a nova administração municipal tem para destravar o progresso.

E para vencê-lo e construir um novo tempo é preciso mais que um choque de gestão (eficiência) é preciso ser eficaz. Tomando como exemplo ilustrativo, o novo governo da cidade propõe implementar um choque de gestão (eficiência). E para fazer isso ele tem antes, que ser eficaz na escolha da equipe – ou seja, se não fizer as escolhas certas, nada feito. Aliás, nesse sentido acerta a nova administração ao escolher pessoas que podem oxigenar a máquina e ajudar a criar uma nova cultura rompendo com o antigo rodízio de pessoal que ora atendia ao governo de fulano ora de beltrano. É isso: não se pode hesitar em tomar as medidas necessárias. E para fazer o que tem que ser feito, o líder tem que manter a sociedade mobilizada, tornando as causas coletivas da cidade as causas de cada cidadão.

A esperança é que as razões que fazem a cidade sofrer mais os efeitos da crise, que outros municípios, também pode ser a força para ela sair da inércia e agir. Vejam: Sete Lagoas tem um batalhão de pessoas desempregadas e um problema estrutural grave no saneamento, para o qual não possui recursos próprios para resolver, mas pode solucioná-lo e ainda gerar pelo menos 1.200 empregos diretos através de concessão. Deixaria de agir agora sob qual justificativa? Usaria um empréstimo que pode estrangular as contas públicas? Ou seja, é o mesmo tipo de força que pode obrigar o Brasil a flexibilizar as suas leis trabalhistas para minimizar o desemprego. Em Sete Lagoas como no Brasil, existe uma série de iniciativas que essa transição pode impulsionar, o que precisa é de coragem, imaginação e ação.

"O papel da oposição"

Por GUSTAVO FRUET, Folha:

UMA REGRA não escrita, mas consagrada, das democracias é que quem ganha eleições governa, quem perde é oposição -critica e fiscaliza.
Idealmente, ambos os lados partilham os valores democráticos, o que pressupõe atitude construtiva mesmo na oposição e até a possibilidade de compor com o governo quando estiverem em jogo interesses maiores do país, do Estado ou da cidade.
O que não é razoável é que a oposição abra mão do seu papel institucional, que é justamente o de contrapor pontos de vista e projetos, além de fazer denúncias. Nos últimos anos, esse princípio salutar tem sofrido abalos no Brasil.
Numa realidade política em que o presidente da República ostenta altos índices de aprovação popular e vetores tradicionais de contestação -como os movimentos sociais e até o sistema financeiro- alinham-se ao governo, ser oposição transformou-se num fardo que muitos relutam em carregar. Com poucas exceções, o que temos é uma oposição tímida, num Congresso Nacional cada vez mais submisso ao governo.
Três anos depois do escândalo do mensalão, a produtividade da Câmara dos Deputados melhorou, mas ainda é baixa. Em 2008, mais da metade das sessões tiveram a pauta trancada. A participação das medidas provisórias em relação ao total de matérias apreciadas caiu em relação a 2007, quando representaram 42% de tudo o que foi votado. Mas elas continuam com destaque no balanço do que foi aprovado. De cada 4 matérias aprovadas pela Câmara dos Deputados em 2008, 1 é medida provisória.
A atuação do Poder Executivo no Legislativo também é registrada nos projetos discutidos: o governo federal encaminhou 40% dos projetos de lei aprovados e 37,5% dos projetos de lei complementar.
Neste ano, a capacidade da oposição -e, particularmente, do PSDB- para organizar uma ação coordenada será testada por uma agenda repleta de temas difíceis e até polêmicos.
A política terá uma dimensão maior, exigirá novas referências e uma concepção positiva. Já na volta das sessões da Câmara dos Deputados, a pauta incluirá a reforma tributária e o arremedo de reforma política proposto pelo governo. É importante saber o que realmente motiva tal proposta, em especial ao tratar ou não do fim da reeleição.
Entre os temas mais polêmicos para discussão estão ainda o fim do fator previdenciário e o reajuste salarial dos aposentados que ganham mais de um salário mínimo. Ainda no campo trabalhista, a crise internacional, que já mostra sérios reflexos no Brasil, deverá impulsionar o debate sobre a redução da jornada de trabalho. Outro tema que certamente provocará ainda muita discussão é a proposta de alteração no Código Florestal, que opõe ruralistas e ambientalistas, favoráveis e contrários à redução da área protegida na Amazônia.
São temas que não admitem meio termo nem devem servir de suporte para posições populistas. Todos terão impactos no país. Exigem, portanto, posicionamento firme, coerência e clareza. Qual será a posição da oposição? Vai se alinhar ao governo ou simplesmente se posicionar contra?
É necessário definir posições e firmar um discurso claro que permita à sociedade compreender que papel desempenha cada ator do cenário político nacional. Política se faz com identidade. Nenhum partido ou candidato de trajetória dúbia pode pretender a confiança dos eleitores. Por mais personalista que seja o voto, ao fazer os cálculos que resultarão numa escolha política, o eleitor levará em conta o grau de identificação com determinado partido -o que naturalmente está relacionado com a orientação adotada por esse partido, a maneira como se posiciona diante de determinados temas e a sua prática cotidiana.
É necessário ter clareza, e a agenda que espera o Congresso Nacional em 2009 é uma excelente oportunidade para demonstrar até onde a oposição está disposta a fazer oposição.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Alckmin assume secretaria em meio a mal-estar no PSDB

Da Folha:
O ex-governador Geraldo Alckmin assume hoje a Secretaria de Desenvolvimento em meio ao mal-estar provocado pela reação do PSDB mineiro à nomeação.
A tucanos, o governador de Minas, Aécio Neves, se queixou de não ter sido previamente informado da escolha e, insistindo nas prévias, repetiu que não gostaria de ser atropelado. Ontem, o presidente municipal do PSDB e secretário estadual, José Henrique Lobo, disse estranhar a reação. "Que loucura. Confesso que achei estranha a reação de Aécio. Afinal de contas, é o exercício legítimo de um governador escolher seu secretariado e, ainda por cima, para unir o partido. Agora, essa reação de Aécio não estava prevista", disse Lobo, insistindo que não há, na nomeação, qualquer intenção de atingir Aécio.
A declaração de Lobo reproduz uma opinião corrente no Palácio dos Bandeirantes: de que a reação de Aécio prova que não está disposto a facilitar a vida do governador de São Paulo, José Serra.
Serra e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) participam hoje da solenidade de posse. Todo o secretariado deverá prestigiar o evento, para o qual são esperadas 1.500 pessoas distribuídas em três andares. A cerimônia será exibida em telão.

Serra e Alckmin estudam plano emergencial de emprego



Por CAROLINA FREITAS - Agencia Estado
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), planeja um programa emergencial para evitar que a onda de desemprego no País se alastre pelo Estado. O combate aos reflexos da crise financeira global no Brasil foi um dos principais temas da cerimônia de posse do novo secretário estadual do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSDB). Durante a posse, que ocorreu na tarde de hoje na capital paulista, Serra pediu empenho do novo titular da pasta e do secretário de Trabalho, Guilherme Afif Domingos (DEM), na articulação do plano de emergência. "Vamos ter de preparar programas de emprego de emergência na cidade de São Paulo e na região da Grande São Paulo, que são as maiores vítimas da retração econômica", afirmou o governador. Nas últimas semanas, Serra vinha negando que tomaria qualquer medida emergencial contra a crise. E afirmava que seria suficiente manter um nível de investimento governamental. Contudo, hoje pediu que os secretários Alckmin e Afif, com apoio do prefeito Gilberto Kassab (DEM), estimulem a criação de empregos por meio de investimentos em obras públicas e projetos de utilidade social. Para driblar os impactos da crise, Serra disse que a iniciativa "inevitavelmente terá de ser levada a cabo nos próximos meses".
O mais novo integrante da equipe de Serra topou o desafio de enfrentar a crise e se mostrou preocupado em ajudar a debater com entidades empresariais e sindicatos soluções para frear as demissões no Estado. Alckmin se esmerou para mostrar alinhamento com o governador. Ele aderiu às críticas que vêm sendo feitas pelo governador à política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No discurso de posse, o ex-governador criticou que o corte de um ponto porcentual na taxa básica de juros só tenha ocorrido na semana passada, "depois de meses e meses de imobilismo do governo federal".
Ainda no discurso, Alckmin enalteceu a atuação de Serra diante da crise. "São Paulo dá um grande exemplo para o Brasil. Aqui empregos não são gerados com palavras, mas com ações." E citou seu mentor na política, o ex-governador Mário Covas (PSDB): "São Paulo não dará as costas ao Brasil."

Procuradoria recomenda extinção do processo de extradição de Battisti


Diego Abreu Do G1, em Brasília:
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer que defende a extinção do processo em que a Itália pede a extradição do ex-ativista Cesare Battisti. O STF aguardava apenas o posicionamento da PGR para analisar se revogará ou não a prisão preventiva do italiano, que está preso em Brasília desde março de 2007. Battisti foi beneficiado no último dia 13 por uma decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu refúgio político a ele. Na última sexta-feira (23), os advogados do ex-ativista protocolaram agravo regimental no Supremo pedindo que seja concedida imediatamente liberdade ao italiano.
No parecer da PGR, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, destacou que, caso o Supremo decida pela extradição do italiano, a Procuradoria concordará com a posição da Corte.
Ele, porém, recomendou o arquivamento do processo de extradição, uma vez que a Lei 9.474 prevê que a pessoa submetida a refúgio político não pode ser extraditada. A análise definitiva do Supremo sobre o caso deve ficar para o dia 2 de fevereiro, quando o Judiciário retoma suas atividades. Leia mais

domingo, 25 de janeiro de 2009

Carla Bruni nega participação em decisão brasileira de refugiar Battisti

da Ansa:
A primeira-dama francesa, Carla Bruni, negou neste domingo em entrevista a emissora de televisão estatal italiana RAI que tenha tido qualquer participação na decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-militante Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro homicídios.
"Não tive nenhum papel, absolutamente não, e estou muito surpresa com o modo como este boato cresceu. Jamais defendi Battisti e estou contente de poder responder a esta pergunta e poder dizer isso também aos familiares das vítimas", disse a esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy.
Questionada sobre como pode ter sido difundido o boato de que ela, de algum modo, havia tido um papel no episódio, Bruni respondeu: "talvez venha da viagem feita ao Brasil".
O casal presidencial francês realizou uma viagem no último mês de dezembro ao país, quando se reuniu no Rio de Janeiro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não vejo como alguém possa pensar que a mulher de um presidente possa falar destas coisas com o presidente de um outro Estado", disse ainda Bruni, que qualificou os boatos como uma calúnia. Continue lendo

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Presidente do PSDB afirma a Aécio que partido quer Serra"

Por Kennedy Alencar, Folha:
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse anteontem ao governador de Minas, Aécio Neves, que a maioria da cúpula do partido deseja que o governador de São Paulo, José Serra, seja o candidato da legenda em 2010. O principal argumento é que o agravamento da crise econômica indica ser a vez de Serra.
Segundo apurou a Folha, Guerra disse que o PSDB quer patrocinar acordo para evitar prévias, unir esforços para eleger Serra e bancar o fim da reeleição com um único mandato presidencial de cinco anos para Aécio concorrer em 2015.
Em conversa reservada antes da reunião de anteontem em Belo Horizonte com Aécio, Guerra disse que recebera da cúpula do partido uma das missões mais difíceis de sua vida.
Após conversa com dirigentes, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, senadores, governadores e prefeitos, Guerra encontrou mais apoio a Serra do que a Aécio.
Guerra ouviu da maioria desses dirigentes que as prévias não seriam boa alternativa, porque resultariam numa luta interna que deixaria sequelas para a campanha. Para eles, os tucanos se dividiriam em hora econômica difícil para o governo Lula, na qual deveriam se unir contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
A Folha apurou que Aécio reagiu mal. Disse a Guerra que ainda está no jogo, que fará campanha pelo Brasil para tentar se viabilizar e que a realização de prévias lhe daria saída honrosa da disputa com Serra.
Um acordo político passaria a imagem, crê o mineiro, de ter sido atropelado. Aécio avalia que, se crescer nas pesquisas, reverteria a tendência pró-Serra majoritária hoje.
Na última pesquisa Datafolha, Serra alcançou 41%. Aécio passou de 4% no final de março para 17% ao final de novembro, quando foi realizado o levantamento. Mas a maioria dos tucanos avalia que Aécio não conseguirá superar Serra.
O principal defensor de Serra é FHC, que gosta de falar que "política tem fila". Ele tem dito reservadamente que Aécio é jovem e que precisaria entender que é a vez de Serra. Aécio fará 49 anos em 10 de março. Serra completará 67 anos no dia 19 do mesmo mês. FHC tem afirmado que Serra é mais preparado para fazer o debate econômico com o governo Lula, que o paulista lidera as pesquisas e que prévias só ajudariam o PT.
FHC aconselhou Serra a fazer um compromisso com Aécio para acabar com a reeleição, caso o paulista se eleja em 2010. Segundo o ex-presidente, deveriam ser dadas as garantias a Aécio de que ele será o próximo postulante do PSDB à Presidência e de que teria forte influência na formação do governo. Sem essas garantias, diz o ex-presidente, o mineiro recusará o acordo, e Serra poderia ficar sem apoio político vital em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país. A Folha apurou que Serra está disposto a dar essas garantias.
O governador paulista tem feito acordos com desafetos políticos para viabilizar seu voo presidencial. Foi assim no ano passado com o peemedebista Orestes Quércia e agora com o tucano Geraldo Alckmin. O PSDB nasceu em 1988 com o discurso anti-Quércia. Alckmin foi abandonado em 2008 por Serra na disputa contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), mas assumirá secretaria do Estado.
A reação ruim de Aécio à indicação de Alckmin para o governo Serra também pesou na avaliação de dirigentes de que ele não deve ser o candidato.Tucanos dizem que Serra jogou dentro das regras, ao contrário do que afirmam os aecistas.
O mal-estar foi tamanho que Serra telefonou para Aécio na noite de quarta-feira, antes de embarcar para a Colômbia, para justificar o sigilo que envolveu o convite a Alckmin. Ele alega que não queria que a conversa vazasse antes da resposta do ex-governador.
Para FHC, houve uma reação exagerada. "Não acho que deveria ter reação nenhuma. É uma decisão do governador de São Paulo. Achei uma coisa magnânima e madura. Imagine se o governador de Minas resolve botar alguém no secretariado lá. O que o Serra tem a ver com isso? E eu? Nada", disse o ex-presidente à Folha.
Tucanos serristas argumentam que Aécio, quando fez aliança na eleição municipal de 2008 com o PT, tentou criar um fato político embaraçoso para Serra. O mineiro tentou se mostrar como mais conciliador, apostando na fama de trator e desagregador de Serra.
Mas o governador paulista surpreendeu o colega mineiro.
Aproximou-se de Lula e criou pontes com antigos inimigos.Serra vai apoiar nos bastidores a eleição do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) para presidente do Senado. O senador responsabiliza politicamente Serra por uma operação da Polícia Federal em 2002 que detonou a candidatura presidencial de sua filha, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
Agora, Serra acena a Sarney, que precisa dos votos do PSDB.Serra também fez as pazes com o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Virgílio e Serra se desentenderam no final de 2007, quando o senador liderou movimento para enterrar a CPMF.
Hoje, no Senado e no PSDB, o mais destacado aliado tucano de Aécio é Tasso Jereissati (CE), que perdeu peso político no partido e no Estado.

À sombra da soberania, o Brasil acaba por macular a sua imagem

Do O Tempo:
Em uma época de conciliação diplomática entre nações democráticas, poucos gestos podem ser tão desmoralizantes a um Estado quanto a retirada de um embaixador. O embaixador é o agente diplomático de mais alto nível, representante direto de um governo, de um povo. É o chefe das missões diplomáticas, o detentor de plenos poderes para representar seu país e até para celebrar tratados entre a nação que representa e a que o acolhe, conforme prevê a Convenção Internacional de Viena.

E, diante da decisão do Executivo brasileiro de conceder refúgio a Cesare Battisti - terrorista julgado, investigado e condenado na Itália por quatro assassinatos - essa é a resposta encontrada pelo governo italiano.

A comoção causada se reflete explicitamente nas palavras do deputado italiano, de centro-esquerda, Francesco Boccia. Ele diz que oferecer proteção a Battisti "é uma ofensa gravíssima contra a Itália e deve ser respondido com a retirada do embaixador italiano do Brasil".

O ponto de vista de Boccia encontra eco não só na opinião pública italiana, como também em outros países. Conceder refúgio a um terrorista que sequer se mostra arrependido, é como imputar à Itália a condição de opressora de adversários políticos. É como manchar uma democracia - que foi constituída com o suor e a dor de cidadãos e com a abnegação de heróis civis que defenderam a dignidade do país, sobretudo contra os transgressores que, como Cesare Battisti, promoviam insanos conflitos armados.

A saída do embaixador italiano Michele Valensise expõe o Brasil a uma condição incômoda - para dizer o mínimo - perante o mundo. Sob o argumento da soberania nacional, o governo brasileiro acaba por macular a sua imagem.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ELEIÇÕES 2010 - Em busca de uma saída

Por Lauro Jardim, na Veja.com
A tacada de mestre dada por José Serra ao convidar Geraldo Alckmin para seu secretariado enfraqueceu severamente entre os parlamentares da oposição a tese das prévias defendida por Aécio Neves.
Aécio ainda vai tentar salvar a idéia em seu périplo pelos estados. Mas interlocutores próximos a ele já acreditam que Aécio busca agora apenas uma saída honrosa: "Com o perdão da força do termo, o que ele busca é não ser estuprado. Ele quer que nesse processo o peso político de cada um seja apresentado de forma correta", analisa um interlocutor do tucano.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

José Serra X Aécio Neves - notinhas do Painel da Folha

Prévias 1. Avaliação de integrantes da direção nacional do PSDB sustenta que o convite para que Geraldo Alckmin integre o secretariado de José Serra neutralizou o discurso favorito do mineiro Aécio Neves, de que tem perfil mais "conciliador" para unir o PSDB em 2010 do que o governador paulista.
Prévias 2. Segundo os tucanos, Aécio teria consultado aliados de Alckmin, no final do ano, sobre a possibilidade de o ex-governador acompanhá-lo no tour que programou pelo interior do país.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Alckmin vira secretário de Serra


Serra anuncia Alckmin como secretário de Desenvolvimento
Ex-governador disputou eleições municipais, mas ficou fora do 2º turno.Após derrota, ele retomou atendimento em hospitais.

Do G1:
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) será o novo secretário estadual de Desenvolvimento. O anúncio foi feito pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nesta segunda-feira (19), no Palácio dos Bandeirantes. A pasta atualmente é ocupada pelo vice-governador, Alberto Goldman. Alckmin foi candidato a prefeito de São Paulo, mas ficou fora do segundo turno, disputado por Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM), que foi reeleito.
A candidatura de Alckmin foi marcada por um racha no PSDB, pois parte dos vereadores tucanos apoiaram a candidatura de Kassab. O democrata era vice-prefeito de Serra quando o tucano disputou as eleições para o Governo de São Paulo. Serra venceu e Kassab tornou-se prefeito.
Após a derrota no primeiro turno das eleições em São Paulo, Alckmin retomou sua rotina no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no ambulatório de acupuntura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No segundo turno, ele declarou apoio a Kassab, mas pouco apareceu na campanha do prefeito.
'Desprendimento'
Presente ao anúncio, o presidente do PSDB paulista, deputado federal Mendes Thame, destacou "o desprendimento de Alckmin". "Isso mostra que o PSDB vai caminhar junto, todos saem ganhando", disse.
A Secretaria de Desenvolvimento (SD) é considerada uma área estratégica no governo estadual, sobretudo neste momento de crise financeira. Uma de suas principais funções é diagnosticar e atuar para melhorar a competitividade dos diversos setores da indústria já instalados no estado. Além disso, a secretaria cuida da atualização do quadro regulatório existente e da criação de novos instrumentos de fomento necessários ao desenvolvimento. A pasta é responsável também pelo Centro Paula Souza, que administra 151 Escolas Técnicas (Etecs) e 47 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) em 127 cidades do estado de São Paulo.

Governo não consegue disciplinar uso de cartão


Um ano após crise, meio de pagamento ainda é usado em compras não-emergenciais
Portal da Transparência aponta gastos com aluguéis em sequência de carros, restaurantes de alto padrão e loja de time de futebol

Por ALAN GRIPPLUCAS FERRAZ, na Folha:
Um ano depois, a história se repete. Mesmo depois de uma CPI no Congresso e de o governo baixar normas disciplinando o uso do cartão corporativo, servidores continuam a usar o meio de pagamento para compras que não são emergenciais ou que desobedecem o princípio da busca pela economia com o dinheiro público.
Dados do Portal da Transparência revelam que os cartões bancaram aluguéis em sequência de carros, refeições em restaurantes de alto padrão, despesas em delicatessen e até gastos em uma loja do Grêmio.
Também registram uma compra na Dufry Brasil Duty Free -da mesma rede de free shop em que a ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) usou o seu cartão corporativo, no episódio que desencadeou o processo de sua demissão.
A despesa foi feita pelo oficial da Aeronáutica Marcelo José Perez Monteiro. Em outubro, ele gastou R$ 647 na loja Duty Free do aeroporto de Brasília. Segundo a corporação, foram compradas três mochilas para notebook e uma pasta protetora para computador portátil.
Na filial da Grêmio Mania em Santa Maria (a 301 km de Porto Alegre), três funcionários da universidade federal gastaram R$ 2.827 de abril a outubro de 2008 -segundo a instituição, para comprar 26 bolas de futebol. Por telefone, a loja informou que não vende produto que não tenha as cores ou a marca do tricolor gaúcho.
Servidores do IBGE no Mato Grosso gastaram R$ 72,9 mil com o aluguel de carros num único lugar: a Localiza Rent a Car. Foram 94 despesas.Ano passado, a ex-ministra Matilde gastou R$ 110 mil da mesma forma. À época, seu comportamento foi censurado com o argumento de que, para compras em sequência, é obrigatória a realização de licitação.
No mercado La Palma, uma das mercearias mais caras de Brasília, funcionários do Comando da Aeronáutica compraram R$ 5.056,80 em itens para "alimentação diária do efetivo de militares".
No Ministério da Defesa, um servidor gastou R$ 2.000 na churrascaria Porcão (rodízio a R$ 72 por pessoa), em Brasília. Segundo a pasta, foram pagas refeições a 17 integrantes de comitiva do governo americano.
Aeronáutica e Exército também alegaram a necessidade de receber delegações internacionais para justificar cinco despesas na Potência Grill, em Brasília (R$ 49,90 por pessoa o almoço e R$ 39,90 o jantar).

domingo, 18 de janeiro de 2009

"Ex-funcionários tentam quitar dívidas com a compra de carros" - ah, que acabaram de comprar. Vai ouvir conselho do Lula!


Da Folha:
No primeiro dia após a demissão, o monitor de montagem Leandro de Carvalho Silva, 28, passou a manhã limpando o carro que ainda não terminou de pagar. "É o que sei fazer. E dá um pouco de saudade", disse.
Silva mora com a mãe e sustentava a casa com um salário de R$ 1.500. Preocupado com as dívidas, pretende quitar os R$ 3.600 em prestações do carro com o dinheiro da demissão.
Emerson Domingo, 24, havia acabado de comprar um carro quando foi demitido. Ainda faltam 40 prestações. Ele vive com a mulher e, para equilibrar o orçamento, agora trabalha aos sábados e domingos como vendedor numa loja de roupas.
Os demitidos do setor estão endividados com os carros que eles mesmos ajudaram a fabricar. Em 2007, a produção chegou a 2,97 milhões de veículos. No ano passado, foram 3,21 milhões. Mas no fim do ano houve forte desaceleração, com queda de 54% da produção em dezembro ante igual mês de 2007.

Democratas defendem Serra à frente da oposição para 2010


Por Gustavo Porto - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-SP), e o presidente nacional do Democratas, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), defenderam neste sábado, 17, o nome do governador paulista, José Serra (PSDB), para liderar a aliança de oposição à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2010.

Apesar de não citarem diretamente o governador como candidato à presidência da República, ambos sinalizaram que Serra seria o nome apoiado por uma frente que contaria ainda com o PPS, entre outros partidos. A intenção é ter o PMDB como aliado em 2010.

A aliança com Serra em São Paulo foi citada como exemplo. "Se o Serra sair candidato a presidente, continuaremos a aliança em São Paulo e teremos o governador como coordenador desse entendimento", disse Kassab, que participa, ao lado de Maia, em Ribeirão Preto (SP), de um encontro regional do DEM. Maia afirmou que o exemplo da aliança entre DEM e PSDB em São Paulo norteia a atuação nacional dos Democratas e, "a partir de 2011, se possível com a liderança do governador Serra, também estará em todo País", disse.

O presidente nacional do DEM sinalizou ainda que deve insistir em ter o PMDB como aliado em 2010, com uma defesa enfática da candidatura de peemedebistas para as presidências da Câmara e do Senado, já que o partido tem o maior número de parlamentares em ambas as Casas. "O partido (DEM) respeita a proporcionalidade e cabe ao PMDB a presidência da Câmara e do Senado. Nós o apoiamos e estamos trabalhando para que o deputado Michel Temer (PMDB-SP) seja o presidente da Câmara dos Deputados, pois é o nome que neste momento de crise pode dar um ponto de equilíbrio ao Congresso e ainda colaborar com o governo federal", disse o deputado.

Maia criticou as declarações do atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), dadas na quinta-feira (15), que praticamente condicionou o apoio a Temer dos deputados do PT à desistência do PMDB da presidência do Senado. "Há dois anos essa condicionalidade não existia para elegê-lo (Chinaglia) presidente da Câmara e entendemos que a urna é importante e o resultado que saiu é com o PMDB em uma Casa e na outra", disse."Aliás, se o PMDB do Senado abrir mão da presidência, temos o Democratas como segundo (maior) partido, o PSDB como o terceiro e o PT apenas como o quarto. Não acho que essa vinculação seja boa para o Congresso".

Maia e Kassab adotaram discursos diferentes ao falarem sobre os impactos da crise econômica. O prefeito paulistano, mais cauteloso, reafirmou, sem citar valores, que "São Paulo vai dar o exemplo promovendo a redução no custeio, com reavaliação nos contratos e enxugar ao máximo os cargos de confiança".

Já Maia abriu fogo contra o governo federal e criticou o efeito das medidas tomadas contra a crise, as quais não evitaram demissões. "As medidas foram sem planejamento, sem estratégia e, por isso,tiveram pouco impacto. Até porque não dá para esperar de empresário algum compromisso que não seja a rentabilidade", disse. "O presidente Lula sonhou com uma marola e o ministro do Trabalho (Carlos Lupi) acreditou", disse.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Da Veja - Newton Cardoso: O divórcio de 2,5 bilhões de reais

Por José Edward:
O divórcio é uma experiência dolorosa. Quando envolve um político famoso, há chances de que esse sofrimento ocorra em praça pública. O risco cresce se o rompimento implica a divisão de uma fortuna bilionária construída de forma nebulosa. Em casos assim, episódios de violência doméstica podem transformar a separação em rumoroso escândalo. É justamente o que está ocorrendo com o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso e a deputada Maria Lúcia Cardoso, ambos do PMDB. Há dez dias, o Ministério Público mineiro denunciou o ex-governador por agredir fisicamente a deputada quando eles ainda viviam juntos. O crime teria acontecido em abril de 2007. Motivo: Maria Lúcia cobrou do então marido explicações sobre o fato de ele ter sido visto em companhia da amante no hotel Ritz de Londres, onde uma noite custa de 1 000 a 15 000 reais. Newtão, como é conhecido, perdeu o controle. Puxou o cabelo da deputada e arranhou seu pescoço com as unhas. Uma das filhas do casal apartou a briga. Maria Lúcia denunciou o marido à polícia. Revelou, então, que ele a tinha espancado outras vezes. Numa delas, Newtão quebrou-lhe o nariz. Em outra, atacou-a com uma tesoura. Depois de prestar queixa, a deputada expulsou-o de casa. No início de 2008, entrou com pedido de separação litigiosa. "Eu sempre soube que ele me traía, mas fazia vista grossa. Uma hora, resolvi dar um basta", disse Maria Lúcia a VEJA.
No processo, que tramita em sigilo na Justiça de Brasília, a deputada expôs muito mais que a intimidade do casal. A ação descreve de forma minuciosa a fortuna que o político mineiro de resultados amealhou e se esforçou para esconder. Na ação, o patrimônio de Newtão é estimado entre 2,5 e 3 bilhões de reais. O valor é 200 vezes maior do que o que o ex-governador declarou à Justiça Eleitoral há dois anos e vinte vezes superior a uma estimativa feita por VEJA há sete anos com base em informações de cartórios e juntas comerciais.
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Índice sabado:

Crise mundial provoca onda de demissões em Sete Lagoas

Só o setor de ferro gusa cortou 3.200 vagas; sindicatos temem mais
Por Zu Moreira, no O Tempo:
A crise afetou em cheio a cidade de Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a mais atingida em Minas Gerais em termos de demissões. Prova dos altos cortes nos postos de trabalho é que o número de pedidos de seguro-desemprego de setembro à primeira quinzena de janeiro já chega a 5.000. "Tivemos que redobrar os trabalhos porque a equipe é a mesma", conta a gerente regional do Trabalho e Emprego de Sete Lagoas, Maria Aparecida Guimarães, ao se referir ao aumento do pedidos do benefício na cidade.

A média de requerimentos mensal é de 1.270 pedidos. Por dia, passavam pelo posto 30 pessoas e nos últimos meses o número saltou para 80, diz a gerente. "Todos os setores estão sendo afetados pela crise, mas a siderurgia é a que mais demite por aqui", conta ela. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas, Ernane Geraldo Dias, o setor contabilizou cerca de 3.200 demissões nos últimos meses.

Alex Douglas Ramos trabalhava há 9 meses como vigilante em uma das 21 empresas de gusa que operam na cidade. Na última quinta-feira, foi ao posto apresentar os documentos para receber R$ 415 do seguro-desemprego. "Fico decepcionado porque a empresa não fez nenhum esforço para manter os funcionários", disse. Ao mesmo tempo, a emissão de carteira de trabalho no posto do MTE em dezembro caiu 90% em relação ao mesmo mês de 2007.

No posto do Sine da cidade, na Unidade de Atendimento Integrado (Uai), o movimento de desempregados em busca do seguro-desemprego também é crescente. Na primeira quinzena de janeiro foram em média 60 pedidos por dia, o dobro do registrado em um mês normal.

O sindicato dos metalúrgicos está se desdobrando para atender as empresas que agendam as homologações das demissões. "Por dia são 40, mas com um esforço grande conseguimos atender umas 60 pessoas", conta Ernani Dias. Ele vem negociando com as siderúrgicas um acordo de suspensão temporária do contrato de trabalho para tentar minimizar as demissões. O mecanismo prevê a suspensão por até cinco meses do contrato. Enquanto isso, o empregado é encaminhado a um treinamento e recebe um seguro-desemprego chamando bolsa-qualificação.

"Vamos tentar negociar com o Senai, Senac e outras escolas, para que elas forneçam o treinamento", disse. Segundo ele, "o setor de auto-peças está começando a entrar em parafuso" com o aumento do número de demissões registradas no sindicato. Nesta semana, já tem agendado o pedido de dispensa de 70 funcionários de uma fornecedora do mercado automotivo.

Desaquecimento provoca demissões nas autopeças
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Sete Lagoas, Gustavo Costa Paulino, teme que o setor de autopeças comece a demitir na cidade em função do desaquecimento causado pela parada técnica da Iveco, que deu férias coletivas aos funcionários em dezembro e adiou a volta para 2 de fevereiro. Porém, a médio e longo prazo, ele vê um cenário favorável com atração de fornecedores para o entorno da fábrica. Por enquanto, o saldo que fica tende a ser negativo. Uma revendedora de peças para caminhões dispensou em novembro 28 pessoas em função da queda das vendas. (ZM)

Brennand Cimentos em Sete Lagoas

Sobre o acidente na Brennad - atualização 29/07/11 - 14:30

Acabei de falar com Rodrigo Landroni, da área de marketing, e José Eduardo, presidente da empresa - Brennand. As notícias são positivas: um funcionário acidentado já recebeu alta e está em casa. O outro permanece internado, ele está no Hospital Nossa Senhora das Graças, mas não corre nenhum perigo.
A empresa está avaliado o que ocorreu - a área de expedição da companhia ficará parada.


Por Zu Moreira, no Tempo:
Cimenteira adia para 2010 início da operação
A Brennand Cimentos adiou para o ano que vem os planos de conclusão das obras para a instalação de um fábrica na cidade, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Sete Lagoas, Gustavo Costa Paulino, que não atribui à crise esse adiamento. Inicialmente, a previsão era para o final de 2009.

Os investimentos de R$ 286 milhões devem gerar 200 empregos diretos e 800 indiretos. A capacidade produtiva prevista é de 910 mil toneladas por ano.

A cidade se prepara ainda para receber neste ano uma unidade da Ambev e um shopping center. A cervejaria já contratou 90 funcionários e outros 120 trabalhadores devem ser admitidos até o fim de abril. O shopping center deve ser inaugurado só em novembro.

“São fatos que amenizam o impacto da crise”, disse o gerente-executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sete Lagoas, Tarcísio Magalhães. Segundo ele, a cidade vem recebendo investimentos para reduzir a influência do gusa na economia.

As siderúrgicas de Sete Lagoas respondem por cerca de 40% da produção de gusa do país, transformando a cidade no maior parque guseiro da América Latina. (ZM)

Lula não me engana, ele vai tentar aprovar (re)reeleição: "Lula diz que um dia Brasil terá mais de uma reeleição"

Por FABIANO MAISONNAVE, na Folha:

Na Venezuela, presidente defende projeto de Chávez, mas nega candidatura em 2010
"O Chávez [54 anos] é novo ainda, ele aguenta um novo mandato. Agora eu [63] já tô velho, vou me retirar", disse Lula em tom de brincadeira

Ao sair em defesa de Hugo Chávez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que qualquer partido no Brasil tem o direito de propor a reeleição indefinida caso o país tenha "instituições consolidadas", mas voltou a negar nova candidatura. Na Venezuela, os eleitores irão às urnas decidir sobre o tema em 15 de fevereiro.
"Estamos num processo de construção de fortalecimento das instituições no Brasil. Isso não impede que daqui a um tempo apareça um partido político com uma maioria de deputados que proponha [a restrição a apenas uma reeleição]. Pode ter três, quatro reeleições", disse Lula, durante entrevista enquanto percorria o projeto agrícola "El Dilúvio" (800 km a oeste de Caracas).
"Isso pode acontecer. Na hora em que você tiver instituições consolidadas e tiver a liberdade política que o povo quiser, isso vai acontecer." Segundo Lula, o seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, só não buscou o terceiro mandato por causa da situação econômica do Brasil na época.
"Certamente, se a economia brasileira estivesse bem, de 98 a 2002, se o presidente Cardoso tivesse feito as "encuestas" [pesquisas, em espanhol] de opinião pública, teria havido um deputado que teria proposto uma emenda para que Cardoso tivesse mais um mandato. No Brasil é assim. Só não é assim no meu governo", afirmou.
Em entrevistas, Lula tem descartado a possibilidade de apoiar uma mudança na Constituição que lhe permita disputar nova reeleição. Em abril de 2008, criticou governantes que se acham insubstituíveis: "Qualquer pessoa que se ache imprescindível começa a colocar em risco a democracia".
Mas ontem, sempre sob o olhar atento de Chávez, Lula citou o Reino Unido, a Espanha e a Alemanha como países com governos longos, fazendo a ressalva de que são regimes parlamentares. Citou o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, para afirmar que as críticas contra Chávez só acontecem porque se trata de um governo de esquerda: "O Uribe estava querendo o terceiro mandato e ninguém perguntava a ele".
Tramita no Congresso colombiano proposta de reforma que, se aprovada em referendo, dará a Uribe a chance de concorrer ao terceiro mandato.Lula disse que "cada país tem de viver o seu processo", mas descartou concorrer a um terceiro mandato. "O Chávez [54] é novo ainda, ele aguenta um novo mandato. Agora eu já tô velho, vou me retirar", disse Lula [63], em tom jocoso.

Justiça dá 48 h para Sabesp melhorar água do Guarujá


Por CONRADO CORSALETTE JOSÉ ERNESTO CREDENDIODA, na Folha:
A Justiça deu um prazo de 48 horas, após notificação, para que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) melhore a qualidade da água fornecida ao município do Guarujá, sob o risco de o presidente da estatal, Gesner Oliveira, ser processado por crime de desobediência -o que pode levar à sua detenção.
Além disso, a decisão liminar proferida no dia 30 de dezembro pelo juiz da 3ª Vara Cível local, Gustavo Alvarez, triplicou o valor da multa que vem sendo aplicada diariamente à Sabesp desde maio de 2007, pelo fato de a empresa fornecer água imprópria para a cidade. Cabe recurso da decisão.
A partir de agora, a estatal terá de pagar R$ 300 mil por dia se não regularizar a situação a partir do momento em que for notificada, o que ainda não ocorreu. O pagamento, na prática, tem de ser feito só quando o mérito da ação for julgado.
A assessoria de imprensa da Sabesp disse que não iria se pronunciar a respeito do assunto, pois ainda não havia sido notificada (leia nesta pág.).
A ação civil pública foi proposta pela ONG Princípios, motivada por uma reportagem da Folha de abril de 2007. O jornal revelou que, à época, testes encontraram no litoral coliformes acima do estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Em maio daquele ano, a ONG conseguiu sua primeira vitória na Justiça, obtendo uma liminar que determinou multa diária de R$ 100 mil à Sabesp por fornecer água imprópria para consumo no Guarujá. Desde então, segundo o advogado da entidade, a estatal nunca regularizou a situação.
"O importante, agora, é que, pela primeira vez, o presidente da Sabesp pode ser responsabilizado criminalmente", afirmou Sidnei Aranha. "Muito me admira que um governador não consiga oferecer água potável para a população", disse.
Os laudos que apontam a baixa qualidade da água foram feitos pela Vigilância Sanitária da cidade, pelo Instituto Adolfo Lutz e pela própria Sabesp.
Segundo esses laudos, as amostras apresentam coliformes totais acima do que a legislação permite. Coliformes totais são encontrados em fezes e em matérias orgânicas e indicam a possibilidade de a água transmitir doenças, como hepatite, cólera e diarreias.
Segundo Aranha, as providências tomadas pela Sabesp são insuficientes. "O máximo que eles têm feito é aumentar a dosagem de cloro na água", afirmou o advogado da ONG.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pergunta de leitores de SL: "Leonardo, o que você acha da equipe de Maroca?"

Acho que a equipe vem de encontro com aquilo que acredito que fará bem a cidade, como disse em entrevista na Rádio Cultura, após as eleições, leiam: “(...) o mesmo que serviu ao Múcio, Ronaldo, Leone é vai ser ao Maroca? Não eu acho que não, o quadro tem que se renovar. Maroca fala em novas lideranças e eu espero que cumpra isso: no sentido de trazer novas lideranças e fomentar a criação novos líderes porque isso é fundamental pro próprio processo democrático, própria administração e isso faz crescer com um todo a melhoria política na cidade.”

Líder governista italiano sugere que Itália rompa relações com Brasil


da Ansa, em Roma
O vice-presidente da bancada governista do PDL (Povo da Liberdade) na Câmara dos Deputados da Itália, Italo Bocchino, cogitou nesta sexta-feira a hipótese de seu país interromper as relações com o Brasil, em resposta à decisão do ministro Tarso Genro (Justiça) de conceder refúgio político a Cesare Battisti, ex-ativista político condenado por quatro homicídios.
"A Itália deve avaliar a conveniência de interromper as relações com o Brasil", afirmou Bocchini. "A decisão do governo sul-americano é gravíssima do ponto de vista jurídico, mas sobretudo é inaceitável do ponto de vista diplomático, assemelhando-se a uma ofensa ao nosso país e à sua civilidade jurídica e premiando um homem que cometeu crimes gravíssimos e que deveria estar em uma prisão italiana."
Nesta semana, o Brasil concedeu status de refugiado político ao escritor e ex-ativista Cesare Battisti, condenado na Itália em 1993 à prisão perpétua por quatro assassinatos que teriam sido cometidos na década de 1970, quando liderava o grupo de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).
Tarso Genro argumenta que sua decisão foi baseada na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti, que alega inocência. Com a medida, Battisti ganha o direito de morar e trabalhar no Brasil, e não pode ser extraditado, como pede a Justiça italiana.
A decisão provocou manifestações de repúdio de diversos políticos italianos. O vice-prefeito de Milão, Riccardo De Corato, pediu aos italianos que boicotem os produtos brasileiros, enquanto o senador Sergio Divina, vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado da Itália, recomendou evitar o Brasil como destino turístico.

Ministro da Defesa italiano descarta influência da França em refúgio a Battisti no Brasil


da Ansa, em Roma
O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, afirmou nesta sexta-feira que a responsabilidade pela concessão do refúgio político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti é do Brasil, negando assim a influência do presidente francês, Nicolas Sarkozy, na decisão.
"Os boatos são consequentes da intervenção anterior a favor de uma outra terrorista. A interessada era a mulher do presidente (Carla Bruni), mas não há outros elementos sobre o tema e, por isso, acredito que a responsabilidade é do Brasil", disse o ministro ao comentar as notícias de que o governo francês havia intercedido junto ao Brasil a pedido de Fred Vargas, amiga de Battisti e da primeira-dama da França, Carla Bruni.
Em entrevista ao programa de TV "Panorama del Giorno", La Russa, porém, voltou atrás em suas declarações feitas na quinta-feira, de que iria à embaixada brasileira reclamar sobre o caso, explicando que o necessário é que o Brasil "entenda que as relações bilaterais não serão as mesmas após esse insulto, essa ofensa".
Para o ministro, a principal "ofensa" não é ter concedido o refúgio, mas o motivo da decisão. "Disseram que se ele voltasse à Itália seria provavelmente perseguido, mas não se sabe por qual autoridade."
Também hoje a França voltou a negar que Sarkozy tenha interferido no caso. "Diferentemente de algumas declarações públicas a decisão referente a Battisti não tem importância à França e não foi solicitada por Carla Bruni e nem por Sarkozy ao governo brasileiro", ratifica um comunicado do Palácio do Eliseu.
Ontem, o governo francês já havia desmentido que tivesse realizado qualquer tipo de interferência no caso, como haviam afirmado o advogado de Battisti, Eric Turcon, e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera".
Na última terça-feira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, decidiu pelo status de refugiado político, o que garante que Battisti deixe a prisão de Papuda, em Brasília. Tarso afirmou que sua decisão foi baseada na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti, que alega inocência.
O ex-ativista de extrema-esquerda, de 54 anos, foi condenado em 1993 na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos que teriam sido cometidos na década de 70 enquanto militava no Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo ligado às Brigadas Vermelhas.

Vereadores de Belford Roxo (RJ) diminuem salário em R$ 2.000


Por CAIO JOBIM, na Folha de S.Paulo:
Os vereadores recém-empossados na câmara municipal de Belford Roxo, região metropolitana do Rio, revogaram lei aprovada no ano passado que aumentaria seus próprios salários em R$ 2.000. Dos 19 vereadores, seis foram reeleitos.
Com a decisão, os salários foram reduzidos de R$ 7.430 para R$ 5.400. A redução significa uma economia anual de R$ 500 mil, de acordo com o presidente da câmara Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (PRTB)."Belford Roxo é uma cidade pobre, então o salário de um vereador aqui não pode se aproximar de 8 mil reais", disse Waguinho.
Votaram a favor da redução do salário 17 dos 19 vereadores da câmara de Belford Roxo. Houve uma abstenção, uma ausência e nenhum voto contrário. O vereador ausente era Reginaldo Gomes (PMDB), que presidia a câmara quando o aumento foi aprovado, em setembro do ano passado.
Reeleito, ele tentou se manter na presidência da casa e contava com o apoio do prefeito Alcides Rolim (PT), mas foi batido por Waguinho -eleito com a maior quantidade de votos no município: 5.413. Funcionário da câmara desde 1993, onde começou trabalhando como faxineiro, é a primeira vez que ele ocupa um cargo público.
Waguinho afirma ainda que há um consenso entre os vereadores que votaram pela revogação do aumento de que o salário permanecerá em R$ 5.400 até o fim da atual legislatura, em 2012.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de Belford Roxo é de 0,742, de acordo com dados calculados a partir do censo demográfico do IBGE, de 2000. O IDH é um índice usado pela ONU para medir o nível de desenvolvimento humano a partir de indicadores de educação, longevidade e renda; quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento.

Piloto que pousou sobre rio em NY ganha elogios e homenagem on-line

da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, elogiou nesta sexta-feira a "perícia e o heroísmo" do piloto da companhia US Airways, Chesley Sullenberger 3º, 57, que conseguiu realizar um pouso não-programado sobre o rio Hudson, na cidade de Nova York, nesta quinta-feira (15), com 155 pessoas a bordo. Todos sobreviveram.
No Facebook, Sullenberger --que é chamado de capitão por ser ex-piloto da Força Aérea dos EUA, mas trabalha há 29 anos na US Airways-- ganhou uma comunidade em homenagem a seus "atos heroicos".
Página do site Facebook construída em homenagem ao piloto Chesley Sullenberger 3º, que conseguiu pousar em rio de NY
Em comunicado distribuído pela Casa Branca, Bush disse que ele e a mulher, Laura, se sentem "encorajados com a perícia e o heroísmo da tripulação, assim como a dedicação e a abnegação das equipes de emergência e dos voluntários que resgataram os passageiros das águas geladas do Hudson".
O governador do Estado de Nova York, David Paterson, e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, também vieram a público nesta sexta-feira elogiar o piloto, que ganhou status de celebridade nacional. "Foi um milagre. Evitou-se um acidente que potencialmente poderia ter sido muito trágico", disse o governador.
Stephen Chernin/AP
O governador do Estado de Nova York, David Paterson, e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, fizeram elogio a piloto americano
"O mais importante é que todos estão a salvo", completou o prefeito. Bloomberg ainda disse ter conversado com o piloto e descoberto que, quando o avião já boiava no rio, ele percorreu todas as filas de poltronas duas vezes, para ter certeza de que todos tinham conseguido sair. "O fundamental agora é que os 155 passageiros, incluindo a tripulação e um bebê, estão a salvo e não é preciso lamentar nenhuma morte nem nenhum ferido grave."
Nesta sexta-feira, a US Airways confirmou a informação de que todos os ocupantes do avião --150 passageiros e cinco tripulantes-- não correm risco de morte. Continue lendo

Serra diz não concordar com decisão de Tarso


Por JOSÉ ALBERTO BOMBIGDA, na Folha:
Após um evento que reuniu cerca de 400 prefeitos paulistas e que foi classificado por ele mesmo como "um balanço da gestão", o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem não concordar com a concessão pelo governo brasileiro de refúgio a Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos entre 1978 e 1979.
"Eu não conheço detalhes. Em princípio, não estou de acordo, pelos antecedentes que vi na imprensa. Não olhei os processos, mas me parece um exagero o asilo dado", afirmou o governador, que foi exilado político na Bolívia, Uruguai e Chile durante os anos 60, por conta da ditadura militar no Brasil (1964-1985).
Cesare Battisti fugiu da França para o Brasil em 2004, depois de o governo de Jacques Chirac retirar a proteção que lhe era dada durante a administração de François Mitterrand.
Rodovias
Serra, nome considerado como um dos possíveis sucessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou oficialmente aos prefeitos do Estado -São Paulo tem 645 municípios- investimentos de R$ 3,9 bilhões para a recuperação e pavimentação de vicinais.
A maioria dos prefeitos presentes eram de partidos que apoiam o tucano -PMDB, DEM, PPS, PTB e PP, além do PSDB. Segundo o Palácio dos Bandeirantes, seis prefeitos do PT também estiveram presentes. O programa é considerado de alta capilaridade eleitoral.
"Se eu fosse largar a vida pública em 2010, faria a mesma coisa [o programa das estradas]. Se fosse concorrer à reeleição, também. Se fosse candidato a presidente, nós estaríamos do mesmo jeito", disse ele, que arrancou gritos da plateia.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PAC - Programa de Atraso do Crescimento

A seguir notas do Painel da Folha:
Imunidade trincada
Protegido dos efeitos da crise, segundo as palavras do presidente Lula, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sofre baixas. Por decisão de Dilma Rousseff (Casa Civil), serão adiados os leilões de concessão à iniciativa privada de dois trechos das ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste, um dos destaques do programa. Previstas até então para este semestre, as concessões só devem sair no final do ano ou em 2010.O presidente da Valec -órgão que tem a função de construir e explorar as ferrovias- confirma: "Devido à crise, a ministra Dilma tomou essa decisão. Estava toda a parte técnica pronta, mas havia o receio de que o leilão fracassasse. O bom senso manda aguardar mais", diz José Francisco das Neves.

Crédito. O principal motivo da decisão foi a avaliação de que as empresas interessadas teriam dificuldade em conseguir crédito nesse momento. O governo diz que as obras continuam sendo feitas, mas novos congelamentos de concessões de ferrovias e rodovias estão em estudo.
Para depois. Os trechos ferroviários cujos leilões vão ser adiados são Anápolis (GO)-Estrela d"Oeste (SP), da Norte-Sul, e Ilhéus-Barreiras (BA), da Oeste-Leste.

EU GOSTO DA CICATRIZ DA FISSURA LABIAL PRIMORDIAL, ENTENDEM?

Por Reinaldo Azevedo:
Olhem que cicatriz bonitinha a de Angelina Jolie...

Xiii... Patrulha supostamente feminista pra cima de mim? Não funciona! Nenhuma patrulha é bem-sucedida por aqui, seja de petralhas, gays, mulheres, amantes de comida japonesa ou admiradores do Bolero, de Ravel, a pior música jamais criada depois da britadeira. Sempre que sou patrulhado, fico pensando em diatribes novas, hehe..., que alguns tomam como insultos.

Por que isso? Porque comentei a plástica de Dilma e falei das “Meninas do Brasil” — ou “Meninas do PT”, estas senhoras que acabam ficando todas com a mesma cara. Marta, Marisa e agora Dilma... Parecem todas saídas da mesma fôrma. A propósito: segundo o novo acordo ortográfico, este circunflexo seria opcional. Mas eu quero o “o” fechado, não o aberto, porque quero dizer “fôrma”, não “forma”. Sem ele, na expressão em questão, seria preciso uma nota explicativa para o leitor. Opcional uma pinóia! Com os diabos a plástica que fizeram na língua! Piorou a cara da inculta e bela! Mas volto à outra.

Nem falei tudo o que pensei sobre a plástica de Dilma. Tenho uma questão de natureza técnica — talvez algum médico possa dar uma explicação. Por que a cicatriz da fissura labial desaparece quase sempre quando se fazem essas intervenções cirúrgicas? Seria uma conseqüência da versão malsucedida dos lábios à moda Angelina Jolie? Vejam uma foto da atriz: encimando aqueles "beições-como-sou-gostosa”, há, até bastante pronunciada, a tal fenda. Eu a considero essencial. Todos os mamíferos, com as prováveis exceções do ornitorrinco e da equidna (mas não estou bem certo disso) têm cicatriz da fissura labial. Por que Marta Suplicy, Marisa Letícia, Dilma Rousseff e as emergentes da Barra da Tijuca não teriam? Pô, fora do universo puramente metafórico, elas não são, assim, um ornitorrinco...

Noto também que o cirurgião plástico resolveu facilitar um tanto a vida de Dilma caso ela realmente venha a se candidatar à Presidência. Seu antigo ar sisudo foi substituído por uma boca que lhe emprestou um certo ar de sorriso permanente. Assim, Dilma nem precisa achar a gente tão engraçado ou agradável para fingir conforto ou contentamento.

Ah, tenham paciência! No que concerne ao indivíduo Dilma, ela que faça quantas alterações quiser no rosto. É dela. Por mim, se decidir ser uma espécie de “work in progress”, não tou nem aí. “Ah, não gosto de orelhas, vou tirá-las”. Adiante! Eu escrevi foi sobre a personalidade pública, que decide refazer o rosto para concorrer às eleições. Ora, todo político força um tanto a mão para parecer o que não é. Ganha a disputa quem consegue atrair a confiança dos indiferentes para a sua representação. A política comporta mesmo fingimento. E notem: é parte do jogo. Sem ela, teríamos a ditadura dos homens virtuosos. E terminaríamos todos no paredão...

Nos dias correntes, no entanto, esse necessário fingimento, que é parte da boa hipocrisia democrática, deslocou-se para uma espécie de palco. A representação necessária cedeu lugar à pantomima. Dilma, com efeito, se preparou para a disputa eleitoral como a protagonista se prepara para a novela das oito.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SL - Jornal do Legislativo se torna Órgão Oficial do Município e terá circulação semanal

A partir de agora, o Jornal do Legislativo, inicialmente criado para ser apenas o Órgão Oficial de Publicação da Câmara Municipal de Sete Lagoas, é também o Órgão Oficial de Publicação do Município. Dessa forma, todos os atos oficiais da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas serão publicados no jornal da Câmara, que tem tiragem de 15.000 exemplares, distribuição gratuita e passa a ter circulação semanal – toda sexta-feira. Tal determinação é originária do Projeto de Lei nº 003/2009, de autoria do Chefe do Poder Executivo, cuja Redação Final foi aprovada pela unanimidade dos vereadores presentes na Reunião Extraordinária realizada na Casa Legislativa na terça-feira, 13. A primeira edição do jornal já estará à disposição dos munícipes nesta sexta-feira, 16/01.

Na mensagem acostada à proposição, o prefeito Mário Márcio Campolina Paiva, o Maroca (PSDB), argumentou que é propósito da atual gestão criar o seu Órgão Oficial de Imprensa, entretanto, não há previsão orçamentária nos instrumentos legais para este fim. “Contudo, existe previsão e dotação orçamentária destinada a custear as despesas relativas à publicação dos atos oficiais que poderão ser repassadas à Câmara nos moldes e condições estabelecidas no instrumento legal a ser firmado entre as partes”, disse.

A medida trará significativa economia aos cofres públicos do Município que, até recentemente, valia-se da intermediação de agência de publicidade para dar concretude às publicações dos atos oficiais. É o que afirma a Procuradora Geral do Município, Dra. Carolina Filizolla Paulino: “ainda não temos um valor exato, mas estimamos que a economia seja de aproximadamente R$ 50 mil por mês, dinheiro que pode ser revertido em projetos que possam dar mais publicidade aos eventos e demais ações da área de Comunicação da Prefeitura Municipal”

Segundo a procuradora, o intuito é que dentro de no máximo quatro meses a Prefeitura já tenha implantado o seu próprio Órgão Oficial, para que sejam feitas além das publicações oficiais, matérias relatando as ações de todas as secretarias municipais: “o objetivo é informar a população de tudo o que está sendo desenvolvido pela Administração Municipal. Da mesma forma que o Jornal do Legislativo, iremos selecionar os principais pontos públicos, com maior concentração de pessoas para distribuirmos de forma gratuita os exemplares”, terminou.

Miriam Leitão: "O Brasil é governado por um presidente que não lê e um ministro da Fazenda que não faz contas."

"O presidente Lula disse que não lê jornais, e se fosse só isso seria natural, uma questão de gosto. Mas o pior foi ele dizer que prefere ouvir seus assessores. Fórmula perfeita para a alienação. Assessores dirão o que é agradável ao ouvido presidencial. Assim, o presidente fica mais feliz e com menos azia. O que todos sabem, e poucos dizem, é que o presidente Lula não lê. Ponto. Nunca teve o hábito, sempre preferiu a informação oral. Esse é um dos nossos riscos. O Brasil é governado por um presidente que não lê e um ministro da Fazenda que não faz contas. Se fizesse, estaria se dando conta que as suas concessões para setores que vão ao governo fazer lobby, quando somadas, produzirão um estrago permanente nas contas públicas." Miram Leitão

Sete Lagoas - Esqueletos, endividamento e outras coisitas mais...

Estes são relatos preliminares sobre o estado das coisas que a nova administração da cidade vem encontrando. Segundo a alta cúpula é uma situação sombria que vai exigir medidas impopulares; as irresponsabilidades que estão sendo identificadas serão levadas ao Ministério Público - parece que alguns dos problemas dizem respeito a um passado, como direi, passado mesmo, sabe?, - ou um passando mais distante...

A VERDADEIRA DILMA VOLTA PARA A CLANDESTINIDADE

Por Reinaldo Azevedo:
Viram a nova Dilma Rousseff?
Dizer o quê? Assistiram ao filme Meninos do Brasil? Pois é. O PT pode fazer o seu As Meninas (nem tanto...) do Brasil. O dito partido operário brasileiro tem, mais do que qualquer outro, incrível intimidade com a cirurgia plástica — recurso bastante distante ainda das camadas populares.

Dilma só resistiu à tentação de ficar loura, como Marta Suplicy e Marisa Latícia, mas o, digamos, shape é o mesmo. Aliás, fiquemos atentos: vai que, sob o nome de Dilma, seja Marisa a concorrer às eleições presidenciais...


Bem, não estou censurando a sua vaidade, é claro. Todos têm o direito de tentar melhorar de aparência — alguns dirão que ela melhorou, o que acho discutível. Mas é evidente que a reforma facial tem caráter político. Quem mexeu no rosto de Dilma procurou alguma coisa além de mais juventude: a suavização da expressão, de modo que ela parecesse, assim, mais “cute” — se alguém não quiser o adjetivo em inglês, pode escolher, então, algo como “mais cute-cute”...


Políticos corrigem isso e aquilo em suas feições — o botox e a tintura de cabelo se universalizaram, para mulheres e homens. Mas uma reforma como fez Dilma? Ah, isso é mesmo inédito. Ela, definitivamente, decidiu ficar com “outra cara”, o que me parece emblemático no petismo, sempre tão esforçado em parecer aquilo que não é. Nunca ninguém, no exercício do poder, havia renunciado ao ar de gerentona para se parecer com uma subcolunável da Barra da Tijuca... Só faltou se apresentar em público com o seu pet...


Bem, sou obrigado a lembrar outro “operado” famoso no PT, o companheiro José Dirceu, que ganhou outra cara em Cuba para viver clandestinamente no Brasil. Consta que, depois, a cirurgia foi desfeita. Assim, a cara que ele tem hoje seria a original das duas que ele teve. O Zé Dirceu falso teria desaparecido e dado lugar ao verdadeiro, que estava na clandestinidade.


Dilma, de certo modo, fez a trajetória contrária, não? A ditadura obrigou o Zé a esconder o verdadeiro e a apresentar o falso. No caso da ministra, é a democracia que parece pedir à verdadeira Dilma que vá para a clandestinidade. Ao menos até disputar a eleição.


Bem, sabemos todos: não existe plástica para a alma e para os anseios. Essa Dilma cute-cute esconde a outra. Quem votar na falsa pode acabar tendo de levar a verdadeira... Agora estou curioso para saber se ela mudou a sua mania de tornar supertônicas as sílabas tônicas, o que confere a seu discurso um certo tom marcial.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

EXCLUSIVO: VENCEMOS!!!!!!! A AMBEV SERÁ NOSSA

(O DIA DA VITÓRIA - Publicado originalmente: Terça-feira, 8 de Julho de 2008, às 23:05)
EM PRIMEIRA MÃO: O DEPUTADO ESTADUAL DOUTOR VIANA (DEMOCRATAS) ACABA DE ME COMUNICAR, QUE O PROJETO 725/O7, QUE PERMITE O CORTE DOS PÉS DE PEQUI FOI APROVADO NESTE INSTANTE PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS. ESTA É UMA VITÓRIA DE TODA MINAS GERAIS. EU ME ORGULHO MUITO DE TER PARTICIPADO DESTA LUTA. ESTE, 8 DE JULHO DE 2008, SE TORNA UM DIA HISTÓRICO PARA NOSSA CIDADE: REMOVEMOS UM GRANDE OBSTÁCULO QUE PODERIA TRAVAR O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO. PARABÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉNS A TODOS QUE PARTICIPARAM DESTA BATALHA. VENCEMOS AMIGOS!!!

Como foi a votação
Foram 37 votos favoráveis, 1 contra (dep. Carlos Pimenta) e uma abstenção (dep. Célio Moreira). Votação em primeiro turno.

Instante em que, eu, Leonardo Barros e o deputado, doutor Viana, fazíamos uma bem humorada "pressão" sobre o Aécio, pela vinda da AMBEV. Valeu a palavra governador, Valeu a Fábrica!

Garibaldi diz pela 1ª vez que pode desistir de candidatura

Da Folha:
Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente do Senado, admitiu que pode desistir de tentar se reeleger no posto se a bancada pedir DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante das articulações de José Sarney (AP) para ser o candidato do PMDB à presidência do Senado, Garibaldi Alves Filho (RN) admitiu ontem, pela primeira vez, que poderá deixar de disputar a reeleição para o posto. A decisão está nas mãos da bancada do partido. "Sem o apoio do partido, não posso concorrer. Só desisto se a bancada pedir", disse.
Garibaldi foi lançado em dezembro, no momento em que Sarney resistia em disputar contra o candidato lançado pelo PT, Tião Viana (AC). De lá para cá, o ex-presidente da República passou a se movimentar para se tornar consenso e ganhar o posto. A colegas ele tem dito que a bancada reivindica o comando do Senado -por isso, teria de ser candidato.
O principal defensor da candidatura de Sarney é Renan Calheiros (PMDB-AL), que deverá ser o novo líder da bancada. Senadores mais próximos a ele já começaram a dar declarações públicas de que Sarney "une o partido" e que a candidatura de Garibaldi "é frágil" por conta dos questionamentos jurídicos. Como é o atual presidente, ele não poderia concorrer. Garibaldi, porém, diz ter pareceres favoráveis a ele.
Senadores aumentaram as críticas à candidatura de Garibaldi. "Garibaldi tem uma situação delicada. Esperamos que ele reflita para que possamos ter outro candidato", disse Neuto de Conto (PMDB-SC). "Sarney tem unanimidade na bancada."

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Lula retoma agenda política

Da Agência Estado:
Depois de quase duas semanas em férias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma amanhã sua agenda política em Brasília e pode se reunir com o senador José Sarney (PMDB-AP) para definir o quadro eleitoral no Senado. A expectativa de aliados do senador é de que, nesse encontro reservado nesta segunda-feira, ele finalmente confirme a Lula o desejo de retornar ao comando da Casa a partir do dia 2 de fevereiro. Com uma condição: desde que seu nome seja consenso entre os partidos e tenha a bênção do próprio Lula.
O resultado dessa conversa será decisivo para que, amanhã, em reunião com os ministros da coordenação política do governo, o presidente possa traçar a estratégia a ser adotada pelo Planalto nos próximos 20 dias, que antecedem as eleições dos presidentes da Câmara e Senado. Lula quer evitar uma nova crise no Congresso por causa de disputa nas eleições das duas Casas.
Na reunião da coordenação, o presidente deve ainda avaliar os impactos da crise econômica no País, como o aumento do desemprego e o desempenho negativo da indústria. Outra preocupação são as altas taxas de juros. Lula gostaria que elas fossem reduzidas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para diminuir a pressão sobre o governo.
A reunião com Sarney pode ocorrer depois que o presidente voltar de São Paulo, onde participa da abertura da 36ª Couromoda. O presidente do PMDB e candidato do partido ao comando da Câmara, deputado Michel Temer (SP), sugeriu a Lula que o encontro com Sarney fosse reservado. Na sua avaliação, a situação do Senado precisa ser discutida apenas entre Sarney e Lula.
"O ex-presidente está acima dos partidos", resumiu o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um encontro da cúpula do PMDB com o presidente poderá até acontecer na quarta-feira, mas até agora o Planalto não fez nenhum convite ao partido. Temer disse que o quadro eleitoral da Câmara está equacionado e ressaltou não acreditar que uma eventual candidatura de Sarney fragilize sua posição."
Não tenho esta preocupação. A eleição da Câmara está inteiramente desvinculada da disputa no Senado", afirmou Temer. Ele conta com o apoio formal de 12 partidos e ainda deve receber a adesão do PDT, que pode antecipar na terça-feira sua intenção de abandonar o chamado bloquinho (PSB, PDT, PC do B, PMN e PRB), que tem reunião marcada em Brasília.
No próximo dia 21, a bancada pedetista deve selar oficialmente sua posição, o que enfraquecerá o nome do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), escolhido pelo bloquinho para disputar a presidência da Câmara.
Na conversa com Lula, Sarney deve traçar um quadro positivo das sondagens feitas entre a base aliada e a oposição. O maior obstáculo é o PT, que lançou o senador Tião Viana (AC). Os aliados de Sarney não acreditam em rebelião de senadores petistas: "O PT tem interesse na normalidade política do País", disse um ministro do PMDB. Nesse caso, a expectativa é que Lula compense Tião Viana com um cargo de destaque e o Ministério da Saúde já foi cogitado.
Outro empecilho a remover é o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que se lançou à reeleição. A oposição argumenta que sua eventual reeleição poderá ser questionada na Justiça, trazendo crise política. A oposição, por sua vez, estranha o fato de Lula não ter rebatido até agora a candidatura de Garibaldi, que inclusive prega a independência do Legislativo.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Provado! Fernando Pimentel fez realmente um péssimo negócio para si; e isso é ótimo para Minas

Fernando Pimentel, do PT investiu tudo na parceria com o PSDB para lançar um candidato do PSB em Belo Horizonte. E se deu muito mal com isso. Sorte de Belo Horizonte, que se livrou do petismo e ainda ganhou um administrador competente como Márcio Lacerda. Pimentel provou que é um péssimo político e se não fosse a ajuda que recebeu do governador Aécio Neves deixaria a prefeitura muito mal avaliado. Veja a reportagem do jornal O Tempo:
Dobradinha não resiste a 2010
A tese de que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) estarão do mesmo lado nas eleições para o Palácio da Liberdade em 2010 pode estar indo por água abaixo. Os dois estiveram juntos nas eleições municipais do ano passado e tudo indicava que poderiam estender a dobradinha até 2010, quando Pimentel seria recompensado com o apoio do governador, já que abriu mão de fazer um sucessor petista em 2008. Mas tudo caminha para uma realidade diferente e o PSDB já trabalha na candidatura do vice-governador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo no ano que vem.
Um dos principais articuladores políticos do partido e braço direito do governador, o secretário de Governo, Danilo de Castro, adiantou que a candidatura de Anastasia é tida como a mais provável pelo PSDB. "Tudo caminha para isso. Ele já é o vice-governador, está mais do que preparado. Vai estar no exercício do governo em 2010, devido à desincompatibilização de Aécio. Além de ser uma pessoa que conhece a estrutura do Estado e de política pública como ninguém", disse.

Ah, mas o EX-prefeito Fernando Pimentel (PT) talvez possa se consolar com a amizade pessoal que sobrou entre ele e o governador - se é que ela também já não se acabou, né?
"As eleições de Belo Horizonte se resumiram ao âmbito municipal. Não houve nada acertado para o futuro. É claro que se criou uma amizade (entre Aécio e Pimentel), uma relação estreita. Mas não foi nada político. Agora, cada um defende o seu partido", alegou o secretário[Danilo de Castro].
E portanto, o candidato de Aécio é o professor Anastasia e com enormes chances de vencer as eleições de 2010 em Minas Gerais, para o bem de nós mineiros; uma vez que ele já mostrou que é competente e por manter o PT afastado do Palácio da Liberdade.

O sec. Saúde, Marcus Pestana, eu, Leonardo Barros e o professor Antônio Anastasia

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Novo procurador geral da Câmara de Sete Lagoas

O novo Procurador Geral da Câmara de Sete Lagoas é Fernando Roque (foto). Foi certamente uma excelente escolha do novo presidente da casa, vereador Duílio de Castro. Fernando é funcionário de carreira do legislativo municipal, profissional respeitadissimo e é também muito prestativo, atendendo aos pedidos de ajuda, sobretudo, do executivo local que sempre recorre ao seu apoio. Ele merece todo sucesso nesta nova etapa de sua carreira.

Soberania sem fundo

Por VINICIUS MOTA, Folha:
SÃO PAULO - Esqueça a propaganda oficial. O Brasil não possui nada parecido com um fundo soberano. O que foi criado numa gambiarra legal, no dia 26 de dezembro, é um ser amorfo, que tenta escapar aos controles institucionais.
A armadilha contida no nome da criatura, denominada Fundo Soberano do Brasil, lembra o Fundo Social de Emergência, criado nos primórdios do Plano Real: não tinha nada de "fundo" nem de "social", muito pelo contrário. Ficava só na emergência mesmo; emergência para fechar as contas.
Fundos soberanos são constituídos com poupança. Poupança, com perdão da obviedade, é o dinheiro que sobra após a liquidação de todos os gastos. O setor público brasileiro fica no vermelho depois de saldadas todas as suas contas.
Não vale invocar o "superávit primário" do governo. Essa é uma poupança intermediária, que desconsidera as despesas financeiras. Quando os gastos com juros são computados, faltam recursos para tapar o buraco. Faltaram cerca de R$ 35 bilhões, nos 12 meses terminados em novembro, que foram tomados de empréstimo no mercado.
O governo brasileiro, portanto, endividou-se mais para dotar o novo fundo. Num contexto de crise, faz sentido relaxar o freio sobre a dívida pública e privilegiar investimentos em infraestrutura? Com uma série de condicionantes -a começar da necessidade de diminuir, também, a marcha das despesas de custeio da máquina estatal-, minha resposta seria afirmativa.
O que as pessoas pensam a respeito do tema é menos importante, contudo, do que a necessidade de uma decisão desse teor passar pelo crivo do Congresso. O Legislativo lavou as mãos e aprovou um fundo sem fundos. O governo fez pior e editou uma medida provisória que o autoriza a endividar-se sem limites para constituir o fundo e a aplicar os recursos onde bem entender. Tanta soberania precisa de freio.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sete Lagoas: salários atrasados serão pagos dia 21

Gustavo Paulino (foto), secretário de Desenvolvimento Econômico, acabou de me informar na reunião extraordinária da Câmara Municipal de Sete Lagoas, que os salários atrasados dos servidores municipais serão pagos no próximo dia 21. E a partir do próximo mês os salários serão pagos até o quinto dia útil, como prevê a lei.

Na reunião, foi aprovado o principal projeto de interesse do executivo Nº 001/2009 – "que delega ao Prefeito Municipal de Sete Lagoas atribuição para elaborar leis destinadas a alterar a estrutura da administração direta e indireta do Poder Executivo".

"Personograma" e corte de 20% de pessoal

E em entrevista a este escriba, o secretário de Planejamento, Estevão Bakô, disse que o primeiro grande desafio da próxima administração é a modernização administrativa de Sete Lagoas. "A questão da estrutura da administração, da funcionalidade; a administração por objetivos e resultados. A estrutura do jeito que tá não tem a menor condição,você não consegue fazer absolutamente nada. Você não consegue desenhar um organograma que seja exeqüível. Você tem dificuldade de saber quem é chefe de quem. Na verdade foi feito personograma: estabeleceu-se pessoas e criaram-se cargos. Bakô disse que o governo está trabalhando muito próximo da Câmara, e o objetivo é estabelecer um plano para fazer no primeiro instante a reforma administrativa para ter condições mínimas para trabalhar.

Para Estevão Bakô o segundo grande desafio é o equilíbrio fiscal. "Nós herdamos a prefeitura com um passivo do orçamento, o que pressupõe um corte de no mínimo 20% da folha de pagamento. Se não for feito um corte mínimo de 20%, o orçamento já não dá", informou o secretário.