terça-feira, 31 de março de 2009

IRRESPONSABILIDADE 1

LEITOR, EU PEÇO-LHE COMO NUNCA PEDI PARA DAR A ESTE POST UMA ATENÇÃO MUITO ESPECIAL E DIVULGA-LO JUNTO AOS SEUS AMIGOS, SOBRETUDO, PORQUE A CIDADE ESTÁ PRESTES A CONTRATAR UM ESTUDO SOBRE O QUE JÁ SE SABE, IGNORANDO O QUE NÃO SE SABE E É UMA GRANDE AMEAÇA. ENTÃO, EM PRIMEIRO LUGAR CLIQUE SOBRE CADA UMA DAS IMAGENS ABAIXO PARA AMPLIÁ-LAS E LER A MATÉRIA DA REVISTA SBPC, CIÊNCIA HOJE, RELATANDO O DESABAMENTO SUBTERRÂNEO QUE OCORREU EM 1998, EM SETE LAGOAS. ALÉM DISSO, LEIA ABAIXO OS TRECHOS DE MATERIAL COMPLEMENTARES DA PRÓPRIA PREFEITURA SOBRE UM GRANDE PERIGO QUE AS NOSSAS AUTORIDADES VÊM IGNORANDO AO LONGO DO TEMPO. VOLTO BEM LÁ EM BAIXO, ESSE É UM LONGO, MAS FUNDAMENTAL TEXTO PARA, CREIO, AJUDAR SETE LAGOAS A PENSAR E QUEM SABE (RE)AGIR!







TEXTOS PREFEITURA:
Em agosto de 1988, a cidade de Sete Lagoas, foi destaque na Revista da SBPC, Ciência Hoje, em artigo técnico intitulado de PERIGO SUBTERRÂNEO, relatando que na manhã de 04 de março deste ano (1.988), em Sete Lagoas/MG, (bairro Santa Luzia), uma cratera de 20m de diâmetro por cinco de profundidade, formada aparentemente por um tremor de terra, tragou as paredes de uma pequena mercearia, o muro e parte da arquibancada do estádio municipal e afetou dezenas de edifícios num raio de 40 m a partir do cruzamento de duas avenidas no centro da cidade...
Desabamento subterrâneo.
Em Sete Lagass, a equipe técnica do CETEC verificou que primeiro houve o rompimento de parte do teto da rocha carbonática de um cavidade de uma cavidade localizada a 58 m de profundidade, provocado provavelmente pelo rebaixamento da áqua subterrânea, o que acarretou instabilidade para as rochas argilosas situadas mais acima. Só nesta obra foram usadas 4. 620 toneladas de pedra, sendo que 960 desapareceram pela chaminé formada entre o buraco e a cavidade, migrando provavelmente pelas águas subterrâneas.
Foi recomendado pelo órgão técnico o mapeamento detalhado do subsolo da cidade, para que se identifiquem as áreas vulneráveis e sejam tomadas medidas de isolamento e de direcionamento da expansão urbana para locais mais seguros.
Há 40 anos a cidade já sabia da ameaça:
Em 1.969, o Engenheiro - Dr. Fernando Otto Von Sperling, sanitarista e Professor da UFMG, em seus estudos, já explanava sua preocupação no sentido de que no máximo em 1O(dez) anos, ou seja em 1.979, Sete Lagoas deveria partir para uma solução defínitiva em relação a captação de água, que seria concretizada por captação junto ao Rio das Velhas ou Rio Paraopeba.
(...)
Em 1991 o problema volta a se repetir:
Em 1.991, o então Prefeito Sérgio Emilio, contratou com o então Secretário de obras Dr. Emilio Vasconcelos Costa, parecer da Empresa ENGESOLO ENGENHARIA S/A, que emitiu Relatório Técnico relativo aos problemas ao trincamento de Estruturas na região do Bairro São Geraldo, destacando do mesmo, os seguintes aspectos relevantes:
“Sete Lagoas fica em região de rochas calcárias que apresenta em seu subsolo canais e cavidades por onde passa um lençol dágua, estando por isso sujeita a desnivelamentos.
Com o rebaixamento da água do lençol subterrâneio, por causa da seca ou pela retirada da áqua através de poços artesianos, os terrenos acima das cavidades podem trincar e se desnivelar. Esse processo pode ser lento ou instantâneo, dependendo das condições do solo e do lençol.
O grande consumo de água nas residências e indústrias está causando um rebaixamento no lençol subterraneo de cerca de 20 a 30 mnos últimos 05 anos e de 2 m nos últimos dois meses de 91. Isto quer dizer que a retirada da água tem sido mais rápida do que sua reposição natural (por chuvas e consequentes infiltrações). Daí a diminuição da pressão do lençol, que pode causar esses desníveis e trincas do terreno."
Nove áreas de risco:
Oficialmente em nossa cidade, há cerca de 09 (nove) áreas de abatimento.
Conclusão do próprio poder público. Fato incontestável é que:
  • o descontrole na captação de água do subsolo é absoluto, em relação a capacidade de absorção natural;
  • a extração descontrolada fatalmente irá gerar os mais diversos tipos de problemas, seja de afundamento de solo, danos a propriedades particulares, processos jurídicos indenizatórios que gerarão indenizações inimagináveis;
  • processos criminais advindos da falta deprovidências legais e também por possíveis perdas de vidas humanas;
Após estas considerações e comentários de vários pareceres contratados em Gestões anteriores, bem como de artigos técnicos citados, vê—se que por omissão, a população e a própria cidade, está a mercê de um colapso no sistema,não somente com contaminações, mas com possíveis acidentes de gravidade e proporções indeterminadas.
Como já dito, tais acidentes poderão incorrer em ações indenizatórias agravando sobremaneira as finanças públicas, bem como ações de responsabilidade civil e criminal contra os Gestores.
Portanto, é atitude irresponsável e inconsequente, continuar com o sistema de captação atual (...)
AQUI ESTOU EU DE VOLTA
Todas essas informações acima com exceção da introdução que fiz no início são da Prefeitura de Sete Lagoas. Bem, leitor não sei qual é a seu sentimento depois de tomar conhecimento sobre isso, mas eu imagino que você deve estar pasmo, indignado com a inércia e a irresponsabilidade das nossas autoridades, não é mesmo? Porém, infelizmente eu tenho outra má notícia: tudo indica que as coisas vão continuar do mesmo jeito!
Pior: como deve ter ficado muito claro para você a NOSSA, A SUA E A MINHA, VIDA ESTÃO SOB [AQUI É SOBRE MESMO, PORQUE O RISCO VEM DEBAIXO DOS PÉS] CONSTANTE AMEAÇA, SABIDA!!! CORREMOS O RISCO REAL DE UM NOVO DESABAMENTO SUBTERRANÊO!!! DIANTE DISSO, EM 1988 - HÁ 21 ANOS - QUAL FOI A RECOMENDAÇÃO DO CETEC - CENTRO TECNÓGICO DE MINAS GERAIS, "mapeamento detalhado do subsolo da cidade, para que se identifiquem as áreas vulneráveis" PARA "isolamento e de direcionamento da expansão urbana para locais mais seguros". BEM, E QUAL É ATITUDE DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO? IGNORA O PROBLEMA!
A atual administração dará prioridade, respondeu-me o Eng. Ronaldo Andrade, presidente do Saae, ao estudo Hidrogeológico. Assim, deixa de fazer o estudo para mapear as áreas "vulneráveis" da cidade. Ou seja, o governo Maroca deixa de fazer o fundamental para fazer o desnessário. Ou será que para eles as informações tão contundes deles mesmos, não são capazes de informá-los que a água que abastesse a população deve ser 100% de fonte superficial, de rio, e não subterrânea! E portanto a cidade não precisaria de gastar vultosos recursos para fazer um levantamento que o histórico Hidrogeológico da cidade já ensinou. Neste campo da ciência só nos resta aprender, porque a lição já sabemos de cor.
Mas não, igonorando todos, todos os fatos que ocorreram ao longo do tempo e o acelerado crescimento populacional vamos estudar o que já é sabido! Deixando de lado o que é uma ameaça real, que não se sabe em que lugar da cidade pode voltar a acontecer.

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