quinta-feira, 26 de março de 2009

Sim, eu gostaria de contribuir, mas...

Seria oportunismo da minha parte recorrer ao próprio Gustavo Paulino, secretário de industria, comércio e turismo e ainda cair na apelação fácil, incluindo o fato de sua esposa também pertencer ao primeiro escalão para argumentar que é a família quem manda. Mas não faço isso porque não o incluo nesse núcleo, ainda que ele mesmo considere-se parte do grupo. Quem dera que fosse de verdade. Tenho absoluta certeza que as coisas não ocorreriam como estão ocorrendo, o rumo seria outro, o ambiente seria outro. Ou então o Gustavo que eu conheço e admiro não existe. Para mim seria uma enorme decepção porque gosto desse cara, de seus valores e princípios, essas coisas que a gente admira em quem demonstra espírito público e grandeza.


Agora, vamos à questão do meu interesse em participar desse governo que Gustavo falou em sua entrevista ao João Carlos de Oliveira. Ele disse que eu conversei com o Maroca, depois o procurei colocando-me a disposição para trabalhar em duas áreas do governo: secretaria de Indústria e Comércio, a qual ele é o titular e a de Planejamento, cujo o titular é Estevão Bakô. Bem, eu confirmo ou não o que ele disse? Sim, eu confirmo. EU QUIZ FAZER PARTE DO GOVERNO DE MAROCA. E revelei esse interesse na penúltima vez em que estive no mesmo programa que ele foi o entrevistado ontem, o Sem Censura.


Vamos aos fatos: No dia 9 de janeiro, entrevistei na Câmara, o Secretário Estevão Bakô. E após ouví-lo sobre as ações que se pretendia implementar, confesso que fiquei entusiasmado e bem satisfeito pelo Maroca ter trazido gente, que, a meu juízo são bons profissionais, como o próprio Bakô, o Gustavo e o Nadab. Assim não tive dúvidas em telefonar no dia seguinte para parabenizar o Maroca pelas escolhas – era um sábado. E neste telefonema Maroca me disse "estamos modernizando Sete Lagoas Léo". Então, eu o parabenizei e disse-lhe "meu medo era o provincianismo". E a partir daquele momento eu coloquei uma pedra sobre o que conheço da visão de Maroca. E disse-lhe: que se ele queria fazer um grande governo eu estaria a disposição dele para colaborar com Sete Lagoas. Maroca foi receptivo e pediu que eu telefonasse na semana seguinte para agendar uma reunião.


Para resumir a história: Maroca me recebeu conversamos e ele me disse que iria falar com os secretários (Planejamento e Indústria) sobre mim, mas que ele não interferiria na decisão deles. Fiquei muito satisfeito em saber que as coisas estavam funcionando profissionalmente. Então, após duas semanas entrei em contato com Estevão Bakô e agendei uma conversa. Mas, nesse dia em que eu esperava o secretário minha ilusão momentânea em relação ao governo de Maroca começou a cair por terra. Enquanto esperava por Bakô comecei a conversar com uma moça que também o aguardava, e ela me contou que seu pai era amigo do prefeito, e ele, prefeito, em função da amizade antiga com seu pai a convidou. Assim, ela estava lá aguardando o secretário para receber as instruções iniciais. Dessa forma, eu passei a entender como funcionava de verdade a coisa no governo de Maroca. Porém, ainda pensei, não, isso foi só uma exceção. Mas quando falei com o secretário por telefone depois, neste dia ele teve um imprevisto e não conversamos, ele me disse que a contratação dependeria do prefeito, aí caiu a ficha. Ah, minha conversa com Gustavo aconteceu nesse intervalo do encontro com o Maroca e após o primeiro contato com Estevão. E logo em seguida o governo Maroca iniciou essa série sem fim de besteiras, então tomei a decisão de não fazer parte do governo, uma vez que eu discordo do rumo que as coisas estão tomando, ainda que eu concorde com muitas decisões de cunho técnico-administrativo. Adiante, porque tem outro ponto interessante.


Outro ponto. Gustavo também questionou "se eu pensava assim antes", creio que se referindo às críticas que tenho feito ao governo de Maroca. Imagino, que aí o meu amigo Gustavo deve ter tido um lapso momentâneo de memória. Se não, vejamos: Ele, Gustavo deve se lembrar que ainda como colegas de legenda eu em muitas das conversas que tivemos lhe relatei fatos e reclamei do encaminhamento do partido em Sete Lagoas. Ah, e falando-lhe na época inclusive de uma reunião onde o "pau" literalmente quebrou, porque exigi que o partido se abrisse e fizesse campanha de filiações o que Maroca era totalmente contra (mas acabou cedendo). Eu mostrei-lhe desde então, o meu temor em relação a visão fechada de Maroca.


E vale falar um detalhe revelador sobre como já agia o tal grupo íntimo ao qual não incluo Gustavo. Esta reunião do partido a que me refiro, eles iriam fazê-la sem me chamar, mesmo sendo eu o secretário geral da legenda em Sete Lagoas. Acontece que eles tiveram que na última hora mudar o local de realização e aí pediram que uma das pessoas informasse às pressas o novo endereço onde a reunião ocorreria, e então fui avisado acidentalmente dessa reunião, porque a pessoa encarregada de ligar não sabia que eu não havia sido chamado antes e não era para me convidar. Bem, o outro detalhe é que o Gustavo também não foi chamado. Mas, eu entendo, eles devem ter tido um pequeno lapso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda bem que você nao faz parte da atual administração municipal Leonardo, considera-se premiado. A coisa tá feia. Só não concordo com você em um ponto: a família do Gustavo Paulino pode ter orgulho de possuir todos os adjetivos que você destacou, mas o próprio não. Ele é um arrogante cheio de piadinhas de péssimo gosto e não faz nada, aliás nunca fez, vive do nome da família. Será que é requisito para trabalhar na Prefeitura.