terça-feira, 31 de maio de 2011

Iveco e Sempre Um Papo trazem Juca Kfouri à Sete Lagoas

juca
O jornalista Juca Kfouri é o convidado do Sempre Um Papo e da Iveco para falar sobre o tema “O Futebol e a Vida Nas Cidades”. Sete Lagoas é, hoje, a cidade-sede do futebol mineiro. A Arena do Jacaré recebeu os principais jogos e ainda será o palco de grandes decisões nos próximos anos. O que o esporte influencia na vida de uma cidade em desenvolvimento? Quais são as perspectivas e os exemplos passados e presentes que podem ilustrar o  momento pelo qual passa a cidade? Kfouri, com sua larga experiência de vida e presença nos bastidores do futebol brasileiro, vai conversar com o público sobre este e outros assuntos que surgirem no decorrer do debate. Na oportunidade, seus livros serão vendidos ao preço simbólico de R$ 5,00 com o objetivo de incentivar o hábito da leitura. O encontro ocorre no dia 31 de maio, terça-feira, às 19h30, com entrada gratuita, no Auditório Dr. Marcelo Vianna, da Unifemm (Av. Marechal Castelo Branco, 2.765 – Bairro Santo Antônio).
O “Sempre Um Papo” é uma realização da Iveco, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura de Sete Lagoas e da Unifemm.
A programação do Sempre Um Papo em Sete Lagoas segue com o cientista político e jornalista Sérgio Abranches, no dia 18 de junho, sábado, às 11h, abordando “Ambiente, Sustentabilidade e Desenvolvimento”.
Juca Kfouri
Juca Kfouri é graduado em Ciências Sociais pela USP. Trabalhou nos principais veículos de comunicação, como TV Globo, SBT, Rede TV, jornais O Globo, Folha de S.Paulo e Lance! e Rádio CBN. Na carreira, atuou como diretor, comentarista, colunista e apresentador esportivo, desde 1979. Atualmente, está na ESPN-Brasil e mantém o Blog do Juca Kfouri no portal Uol.

Acordo nacional tira PSDB da aliança e une PT, PCdoB e PSB, diz jornal O Tempo

Entendimento entre aliados envolve outras capitais, como Porto Alegre

ANA FLÁVIA GUSSEN E DANIEL LEITE, O TEMPO

Reunião. Petistas se reuniram ontem, mas evitaram antecipar qualquer decisão sobre a sucessão

As articulações em torno da sucessão municipal em Belo Horizonte ganham um novo capítulo a partir de um entendimento nacional, que busca unir PT, PSB e PCdoB em alianças para as disputas das prefeituras das capitais e de outras cidades de grande porte. O acordo envolveria o apoio do PT e do PCdoB à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), em Belo Horizonte, com a exclusão do PSDB da aliança.

O entendimento também alcançaria Porto Alegre (RS), onde PSB e PCdoB já estariam fechados em torno da candidatura da deputada federal comunista Manuela D’Àvila. O PT deverá se juntar ao grupo. Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, as negociações já estão adiantadas.

"Tem uma conversa das direções nacionais do PSB e do PCdoB para um projeto comum que passa por Belo Horizonte e por Contagem", afirmou o deputado estadual Carlin Moura (PCdoB).

A exclusão do PSDB da aliança na capital mineira, embora não seja oficial, já provoca uma mudança significativa no discurso dos dirigentes tucanos em Minas. Segundo lideranças do partido, lançar candidatura própria na capital mineira seria uma estratégia fundamental para dinamizar a força do senador Aécio Neves (PSDB) em uma provável candidatura à Presidência da República.

"O PSDB não pode pensar pequeno. Não seremos considerados se não fincarmos uma posição e nos mantivermos a reboque de outros partidos. O PSDB precisa ter uma atitude de protagonista no processo eleitoral em Belo Horizonte", afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia e deputado federal, Nárcio Rodrigues (PSDB).

O presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, avalia que "o PCdoB é parceiro natural do PT" e afirma que há "negociações adiantadas entre as duas legendas".

Em relação à aliança em Belo Horizonte, Lopes diz que "é preciso ter nova compreensão sobre 2012". Apesar de não descartar acordo com os tucanos, ele acredita que os critérios para a composição da chapa serão outros. "Não queremos analisar se PT e PSDB podem estar ou não juntos, mas, sim, analisar a perspectiva da aliança a partir do governo do prefeito Marcio Lacerda", afirma.

Ontem, as executivas estadual e municipal do PT se reuniram para discutir o processo eleitoral. Segundo o vice-prefeito e presidente do PT de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, o partido não aceita a coligação com os tucanos.

Nos bastidores, a informação é que as cúpulas nacionais do PT, PSB e PCdoB já estão decididas a trabalhar juntas em favor da reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Para que a unidade entre os três partidos seja efetivada nas eleições municipais de 2012, cada um deles assumirá a cabeça de chapa de acordo com o critério de maior viabilidade eleitoral. PSB e PCdoB já estão mais acertados em uma tentativa de evitar que somente o PT assuma as cabeças de chapa das futuras alianças.

domingo, 29 de maio de 2011

Uma nova chance para o PSDB NACIONAL

Uma palavrinha sobre a convenção do PSDB ontem. Se esperava que José Serra saísse derrotado da convenção e grande parte da imprensa tomou a coisa como fato consumado logo após fim do evento. Noticiou isso. Teria Serra recebido um prêmio de consolação, a presidência do Conselho Político do PSDB. Um órgão até então que não havia saído do papel e que se posto em prática teria uma função meramente consultiva.

Pois bem, acharam os correligionários de José Serra que acomodá-lo ali seria o ideal. Afinal, ele ficaria com uma função figurativa e eles com o controle do partido, portanto, do processo. Mas...

Mas foi aí que o ex-ministro mostrou a sua competência: aceitou o Conselho, mas negociou um papel deliberativo para órgão. Desta feita, o Conselho é posto em prática com a função efetiva que deve ter um conselho maior em qualquer organização, é a última instância.

Aécio Neves e Sérgio Guerra foram surpreendidos com o novo status proposto por José Serra para o Conselho. Eles tiveram que ceder e órgão ganhou poder de fato.

E qual é saldo que se vê de todo esse imbróglio? O PSDB saiu como desejava Anastasia, mais nacional - equilibrado. O episódio uniu o PSDB de São Paulo. E no longo prazo o partido pode ganhar com essa nova configuração. E agora o que vai acontecer? Quem será o candidato a presidente?

A resposta é não existe um candidato do PSDB a presidente hoje certo. Aécio não foi ungido como é dito pela imprensa. E ele só teria isso certo ao custo de não ter um partido, nacionalmente falando. Ganhou o partido que ainda tem um longo caminho pela frente para se constituir numa força partidária assim como o PT conseguiu se tornar nacionalmente em 2002.

É bom recordar que o PSDB chegou ao poder em 1995 não por ter se tornando uma força capaz de conquistar a presidência, sua chegada se deveu a criação do Real por um membro do partido, FHC. Agora, o partido tem a chance de recomeçar tornando-se uma alternativa de poder de verdade como partido.

sábado, 28 de maio de 2011

Artigo da senadora Kátia Abreu, publicado hoje Folha de São Paulo

Os ambientalistas não gostam de democracia 


Política e ambiente
O longo processo de votação do novo Código Florestal, que só em sua fase final se arrasta por um ano, serviu para tornar claras as diferenças entre os produtores rurais brasileiros e os políticos que se definem como ambientalistas.  Não seria impróprio reconhecer que, de um modo geral, os ambientalistas são conservadores em sua visão do mundo e autoritários na sua ação política.  Além disso, só levam em conta aspectos ambientais, fechando os olhos para a rica complexidade da vida moderna que nos obriga a tratar com equilíbrio os fatores econômicos, sociais e culturais.

Os produtores rurais são otimistas em relação ao futuro e desejam o aumento da produção e da renda como aspiração legítima da sociedade. Para atingir seus propósitos, acreditam nos mecanismos da democracia representativa.  Por imaginar que os recursos da terra chegaram ao limite de utilização, os ambientalistas defendem a contenção e a modificação imediata do consumo das pessoas.  Tornaram-se o que se pode chamar de conservadores da era pós-moderna. Para eles, o que importa é recriar ambientes naturais que existiam antes do capitalismo moderno.  No fundo, a atual luta dos ambientalistas contra os produtores brasileiros é apenas um capítulo de sua guerra contra as formas de viver e de produzir que a ciência e a tecnologia permitiram, e que os homens naturalmente escolheram.

Essa visão tem graves consequências éticas, uma vez que implica limitar o jogo do consumo quando a grande maioria da humanidade ainda vive com baixa qualidade de vida e bem-estar.  Os produtores do Brasil, e grande parte da sociedade que os apoia, filiam-se a uma tradição mais otimista na capacidade que tem o homem de adaptar-se às mudanças no mundo material.  Desde os primórdios, a história não tem sido uma narrativa de fracassos e de desastres, mas, pelo contrário, de adaptação criativa e de superação.  Apesar de alguns insucessos, a marcha geral da civilização, invariavelmente, é positiva. No caso brasileiro, a adaptação da produção agrícola à evidente finitude dos recursos naturais já vem ocorrendo há tempos.

Nas últimas três décadas, a produção de grãos no país passou de 47 milhões de toneladas para 159 milhões de toneladas, enquanto a área plantada cresceu apenas de 37 para 49 milhões de hectares, com elevação de 151% na produtividade.  Se, em 2010, tivéssemos a mesma produtividade de 1977, teriam sido necessários, para a mesma produção agrícola, uma área total de 122 milhões de hectares, 73 milhões de hectares a mais do que efetivamente utilizamos.  O que poupa recursos e preserva o mundo natural de utilização não são normas, burocratas e retórica ambiental, mas a ação dos produtores e o apoio do avanço científico. Na prática, a política ambientalista não confia nas instituições da democracia representativa.

Longe dos principais partidos, seus integrantes exilam-se em pequenas siglas, em que desfrutam da comodidade do pensamento único, dispensando-se das canseiras do debate e do convencimento.  Com o apoio financeiro de empresas que se apropriam da natureza como ingrediente de marketing, procuram influir na burocracia do Estado para impor à sociedade sua visão restrita do mundo. E fogem da luta parlamentar -não propõem emendas nem projetos alternativos. No Brasil, até aqui, tiveram êxito.  Há 46 anos, o Congresso vem sendo privado de votar normas ambientais. A legislação em vigor foi criada ou modificada por meio de decretos, de resoluções e de portarias, decididas sem transparência e longe dos olhos da sociedade.

Os produtores rurais dependem da democracia para viver, produzir e progredir. Por isso, sua arena é o Parlamento e suas razões precisam ser compartilhadas pela maioria.  Como se vê, estamos diante de duas visões de mundo e de dois modos de ação política. O que prevalecer vai ditar os próximos rumos da sociedade, da economia e da política brasileiras.

KÁTIA ABREU (DEM-TO), 49, senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados, a cada 14 dias, neste espaço.

Jornal Sete Dias Errou FEIO DE Novo!

Jornal Sete Dias Errou de Novo! O Jornal Diz EM EDITORIAL ABAIXO que Múcio "Embrenho-se na Candidatura à REELEIÇÃO de Azeredo" ATENÇÃO, Enquanto Prefeito. ERRADO! QUANDO EDUARDO AZEREDO TENTOU A REELEIÇÃO MÚCIO JÁ ESTAVA FORA DO PODER HÁ 2 ANOS.

*

A volta de Múcio (Editorial Jornal Sete Dias)

A cidade ganha com a volta de Múcio Reis ao cenário político-partidário de Sete Lagoas. Independentemente de uma possível candidatura a prefeito e até de uma eventual conquista do poder, Múcio acrescenta ao debate tanto no presente quanto ao futuro daqui e da região.

Claro que há muita gente torcendo o nariz, por questões políticas ou pessoais passadas, mas a democracia é isso. E quem pode negar que trata-se de alguém que eleva o nível das discussões de temas que afligem a todos que gostamos da nossa terra?

A experiência de Múcio Reis como político marcou uma época, no início dos anos 1990. A classe média, os formadores de opinião, quem raciocina, estavam todos incomodados, assim como hoje, com o quadro político vivido naqueles tempos. As pesquisas mostravam que a cidade queria um empresário de sucesso para administrar os seus destinos, principalmente porque os políticos falados para a sucessão do então prefeito Sérgio Emilio não eram do agrado da maioria.

Oposição e situação saíram à procura de nomes que se encaixassem neste perfil. O prefeito Sérgio Emilio optou por Múcio, na época um dos empreiteiros mais fortes do estado. A oposição conseguiu convencer Antônio Pontes, nome de peso, correto e respeitado, porém, na época, liderança de destaque do gusa, um setor não simpático à população.

A campanha entrou para a história como uma das melhores que já se viu, com dois candidatos de alto nível debatendo o futuro, apresentando propostas.

Escorado em um bom discurso e pela força da administração Sérgio Emilio, que mantinha ótimos índices de aprovação, Múcio foi eleito.

Mas, o novo prefeito era empresário e não tinha traquejo em articulações com a classe política. Cercou-se de técnicos, profissionais de alto nível, em sua maioria, porém, nada de costuras partidárias. Não conseguiu detectar a tempo que quem está em cargo político tem que dialogar e, negociar com políticos e siglas partidárias.

Foi dragado pela máquina da burocracia administrativa, totalmente diferente da iniciativa privada, e pelas conspirações políticas.

Empolgou-se com o status que o então governador Eduardo Azeredo lhe dava, tornou-se presidente da Associação Mineira dos Municípios e depois embrenhou-se na candidatura à reeleição tucana no estado.

A cidade vivia incontáveis problemas, arrecadação em baixa e politicamente o prefeito ia de mal a pior no seu quintal.

Fracassada a reeleição de Azeredo, Múcio tentou dar novo rumo à sua administração, mas já era tarde. Para piorar, a sua empresa, Marialva, não assimilou bem a sua ausência do dia a dia e também entrou em crise. Terminou mal o mandato e passou anos difíceis para se reerguer.

Mas ficaram marcas positivas: até hoje, quando se fala em educação e saúde, áreas vitais para a cidadania, todo setelagoano cita Múcio Reis como um dos melhores prefeitos que tivemos.

E outro fato fundamental, que, na política praticada no Brasil, hoje, o mais importante para um gestor público: foi um prefeito probo, e durante os seus quatro anos de mandato, nenhuma notícia de desvio ético, nepotismo, perseguição política ou corrupção.

Vinte anos depois da sua primeira inserção na política partidária, certamente Múcio Reis volta mais experiente. Inteligente que é, sabe onde errou e onde acertou.

Seu retorno é muito bem vindo ao atual cenário político de Sete Lagoas e região.

(data original da postagem, 27 de maio de 2011, às 11:04)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Uma em cada 4 metas estão atrasadas na Gestão Kassab; Na 'Gestão' Dilma é diferente: 4 em cada 4 nem começaram

Segue matéria da Folha:

Kassab diz que há tempo para cumprir metas em São Paulo

DE SÃO PAULO
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira (26) em entrevista àTV Folha (veja vídeo acima) que ainda há tempo para que sua administração tente concluir seu plano de metas para a cidade até o final do próximo ano.
Documento da própria prefeitura aponta que uma a cada quatro metas propostas pelo prefeito está em fase de execução abaixo do esperado.
Na entrevista, o prefeito ainda afirma ter um "sentimento pessoal de que a (sua) gestão é bem avaliada", embora pesquisas feitas pelo Datafolha mostrem uma queda em sua taxa de aprovação a partir de 2008.
Kassab também fala sobre seu futuro político e cita nomes de quem ele gostaria de ver em seu cargo a partir de 2013.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

PSDB deve se 'nacionalizar ' para vencer, diz Anastasia

 Da Folha de São Paulo:


O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, disse nesta quarta-feira (25) que o PSDB só terá condições de voltar à Presidência quando "se fortalecer no Brasil todo" e se tornar um "partido nacional".
"Partido não pode ser de um Estado, de uma região ou de uma pessoa. Todos têm de se sentir pertencentes, para que ele tenha força", afirmou em entrevista no estúdio da TV Folha, em São Paulo (veja vídeo abaixo).
O fortalecimento do PSDB fora de São Paulo tem sido o mote do grupo do senador Aécio Neves, aliado político do governador, e deve ser um dos temas da convenção do partido, no sábado (28).
Anastasia disse acreditar em um acordo e afirmou que o ex-presidenciável José Serra "tem um papel fundamental" a desempenhar. O ex-governador de São Paulo é cotado para assumir o ITV (Instituto Teotônio Vilela), ligado ao partido.
Em outro trecho do vídeo, o governador evitou críticas ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e disse que cabe a ele decidir a melhor forma de explicar o aumento de seu patrimônio de quase 20 vezes em quatro anos.
Anastasia ainda afirmou que Minas cumprirá o cronograma de obras para a Copa e disse que tentará levar abertura do evento para o Estado. "O Mineirão estará pronto em dezembro de 2012. Inclusive para a Copa das Confederações", garantiu.
Ele criticou a falta de planejamento do país e previu que "ainda vamos ter muito sofrimento daqui até 2014".

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Itamar é internado em SP para tratar leucemia

Itamar é internado em SP para tratar leucemia

Por GABRIELA GUERREIRO, Na Folha:

DE BRASÍLIA

O senador Itamar Franco (PPS-MG), 80, está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar uma leucemia descoberta na semana passada.
Segundo a assessoria do senador, Itamar foi diagnosticado com a doença há uma semana ao realizar exames devido a uma forte gripe.
O senador pediu afastamento de suas atividades no Senado por 30 dias para tratar a doença.
Sérgio Lima - 14.abr.2011/Folhapress
Itamar Franco é internado em SP para tratar leucemia
Itamar Franco é internado em SP para tratar leucemia
Boletim médico divulgado hoje pela assessoria do senador afirma que Itamar está internado no centro de hematologia e oncologia do hospital, na unidade Morumbi, desde o último sábado (21).
Assinado pelos médicos Nelson Hamerschlak e Oscar Fernando Pavão dos Santos, o boletim diz que o senador vai realizar tratamento "a fim de alcançar a cura para a leucemia".
Os médicos também afirmam que a doença foi diagnosticada "bem no seu início" e o paciente se sente "muito bem com todas as suas funções vitais normais".
A expectativa, segundo os médicos, é que Itamar tenha alta "em breve" do hospital. O médico solicitou ao senador que se afaste por 30 dias do Senado, mas prometeu fazer "nova avaliação" depois desse período.
Pelo regimento do Senado, o suplente de Itamar só assume a cadeira do senador se ele se afastar por um período superior a 120 dias.

Revolta se amplia! Mais um protesto em Sete Lagoas, este "termina em confusão e três presos em Sete Lagoas", informa Jornal O tempo

Por FELIPE REZENDE, no O Tempo

Siga em: twitter.com/LeonardoBarros

Uma manifestação terminou em confusão na manhã desta quarta-feira (25) em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. Segundo informações da Polícia Militar, o protesto foi realizado por moradores do bairro Bela Vista II, na MG-238, em frente à sede de duas fábricas.

Os manifestantes pedem o início das obras de contenção de águas da chuva e da rede de esgoto no bairro. De acordo com a assistente de telemarketing Flaviane Lopes, 22, os moradores se concentraram na porta das fábricas por volta das 5h. “Até as 6h, contávamos com o apoio da polícia. Quando vieram conversar com a gente para que liberássemos a entrada dos funcionários das empresas, começou a confusão”, conta a moradora da região.

Segundo a jovem, tiros de borracha foram disparados e três manifestantes foram presos. “Pelo menos duas pessoas passaram mal por causa da confusão”, afirmou.

Conforme a PM, o protesto foi encerrado por volta das 6h30 e a entrada dos funcionários, liberada.

Obras

No início do ano, moradores do bairro tiveram as casas alagadas pelas águas da chuva, que ocasionaram o transbordamento de uma fossa.

O acordo firmado entre a Prefeitura de Sete Lagoas e os moradores para o início das obras previa que os trabalhos começassem logo após o fim do período chuvoso. Em nota, a prefeitura informou que o edital das obras foi aberto na última sexta-feira. A expectativa é que as intervenções fiquem prontas em agosto.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Múcio não se Sustenta!

A juiza Adriane Luisa Vieira Trindade de 24ª Vara Federal mandou sequestrar todo o dinheiro disponível na poupança e na conta corrente de Leone Maciel no dia 16 de maio de 2011, tomou-lhe R$3.323, 54 da conta corrente e R$54.317,08 (cinquenta e quatro mil trezentos e dezessete reais e oito centavos) que ele tinha na poupança por causa de uma dívida. Então o ex-prefeito está devendo na praça? Sim, mas o ex-prefeito mal pagador é outro. O leitor que não sabe minimamente deste fato não está obviamente entendendo nada. Compreensível. O imbróglio é mesmo complicado. Vamos explicar direito. O devedor é sim ex-prefeito, mas não o ex-prefeito que teve o seu dinheiro sequestrado pela justiça. Este só está pagando o calote do outro. Seu erro? Foi o de confiar em Múcio José Reis Junior que foi prefeito de Sete Lagoas de 1993 a 1996.

E ele não vai repor o prejuízo do par, não? Segundo o ex-prefeito que ficou sem um tostão não conta o colega disse que não tem dinheiro, sem mais explicações. E pior: ainda se aparecer mais dinheiro na conta o prejuízo vai aumentar afinal a dívida em aberto no processo 96000658802 é de um milhão e meio ou precisamente R$ 1.491.063, 48 (Um Milhão Quatrocentos e Noventa e Um Mil e Sessenta e Três Reais e Quarenta e Oito Centavos). E detalhe: essa é uma sua dívida na Pessoa Física. A da sua Pessoa Jurídica falida estima em montantes muito mais robustos. A sua  empresa Marialva foi à bancarrota faz tempo. O que causou uma série de outras dificuldades como a dos comerciantes que também confiaram comprando lojas do shopping que prometia inaugurar desde meados da década retrasada.

Entretanto, veja que estranha justificativa é dada para o seu frangoroso fracasso frente a gestão financeira quando ele foi prefeito de Sete Lagoas. Segundo o jornal que admite um errinho temporal em seu editorial da semana passada quando o erro foi bem mais, como direi?, complexo. Afinal o jornal fala de reeleição dele Múcio Reis quando reeleição nem sonhava em existir no país em 1996. Prática que só foi votada no Congresso um ano depois (1997) para entrar em vigor na reeleição de governador e presidente em 1998. Vejam o que diz o jornal sobre seu erro e o que diz com a ajuda do petista Ênico Eduardo em relação ao ex-prefeito Múcio Reis que terminou seu mandato devendo 5 meses de salário dos servidores, além de dívidas com fornecedores. Volto em seguida:

P s : No editorial da edição anterior, erramos o período do mandato então prefeito Múcio Reis. O erro mereceu e-mail do leitor Enio Eduardo que escreveu o seguinte: 

"Há um erro temporal no Editorial do dia 27/05/11. O então Prefeito Mucio Reis, viu seu governo declinar não por causa da Campanha de Reeleição de Azeredo, mas por confiar em Azeredo nos repasses estaduais necessários para fazer face à folha de pagamento dos servidores.


O final do Governo Mucio foi lamentável, pois os servidores ficaram 5 meses sem pagamentos, uma vez que o Azeredo não repassou os recursos que Sete Lagoas precisava. Lembrem-se: O final do Governo Mucio foi em 1996 e a campanha de Reeleição do Azeredo foi em 1998, vencida pelo atual Senador Itamar Franco."

Voltei
Entenderam? A culpa do Múcio Reis não ter pago os servidores é de Eduardo Azeredo do PSDB. Esse tipo de argumento só podia vir mesmo de um correligionário do Palocci. Os petistas são mestres em transferir responsabilidades para o PSDB, mesmo quando é responsabilidade terceiros no caso. Não, essa não é a unica desculpa que se tenta para o problema da gestão financeira de Múcio Reis na prefeitura. Tem outra tese que culpa Cecé. Dizem que ele orientou o contribuinte a não pagar os impostos no final da gestão Múcio que ele ira anistiar os contribuintes quando assumisse. Ora, ora, a coisa só não pega porque não existe explicação para o fato de que ele Cecé teria que na suposição de vencer a eleição ficar como ficou com pepino gigante para enfrentar. Ou seja, se ele fez isso criou um problema para si mesmo. E nesta suposta farra incerta o contribuinte  também teria sido parceiro. Quem acredita?

O fato é outro, não existe desculpa para o fracasso de Múcio Reis. É... pode não haver justificativa para sua fracassada gestão financeira na Pessoa Física, na Pessoa Jurídica e na sua Gestão Pública, mas uma coisa ele tem: a cara de pau para pedir de novo um voto de confiança. 

Múcio não se Sustenta!

A juiza Adriane Luisa Vieira Trindade de 24ª Vara Federal mandou sequestrar todo o dinheiro disponível na poupança e na conta corrente de Leone Maciel no dia 16 de maio de 2011, tomou-lhe R$3.323, 54 da conta corrente e R$54.317,08 (cinquenta e quatro mil trezentos e dezessete reais e oito centavos) que ele tinha na poupança por causa de uma dívida. Então o ex-prefeito está devendo na praça? Sim, mas o ex-prefeito mal pagador é outro. O leitor que não sabe minimamente deste fato não está obviamente entendendo nada. Compreensível. O imbróglio é mesmo complicado. Vamos explicar direito. O devedor é sim ex-prefeito, mas não o ex-prefeito que teve o seu dinheiro sequestrado pela justiça. Este só está pagando o calote do outro. Seu erro? Foi o de confiar em Múcio José Reis Junior que foi prefeito de Sete Lagoas de 1993 a 1996.

E ele não vai repor o prejuízo do par, não? Segundo o ex-prefeito que ficou sem um tostão não conta o colega disse que não tem dinheiro, sem mais explicações. E pior: ainda se aparecer mais dinheiro na conta o prejuízo vai aumentar afinal a dívida em aberto no processo 96000658802 é de um milhão e meio ou precisamente R$ 1.491.063, 48 (Um Milhão Quatrocentos e Noventa e Um Mil e Sessenta e Três Reais e Quarenta e Oito Centavos). E detalhe: essa é uma sua dívida na Pessoa Física. A da sua Pessoa Jurídica falida estima em montantes muito mais robustos. A sua  empresa Marialva foi à bancarrota faz tempo. O que causou uma série de outras dificuldades como a dos comerciantes que também confiaram comprando lojas do shopping que prometia inaugurar desde meados da década retrasada.

Entretanto, veja que estranha justificativa é dada para o seu frangoroso fracasso frente a gestão financeira quando ele foi prefeito de Sete Lagoas. Segundo o jornal que admite um errinho temporal em seu editorial da semana passada quando o erro foi bem mais, como direi?, complexo. Afinal o jornal fala de reeleição dele Múcio Reis quando reeleição nem sonhava em existir no país em 1996. Prática que só foi votada no Congresso um ano depois (1997) para entrar em vigor na reeleição de governador e presidente em 1998. Vejam o que diz o jornal sobre seu erro e o que diz com a ajuda do petista Ênico Eduardo em relação ao ex-prefeito Múcio Reis que terminou seu mandato devendo 5 meses de salário dos servidores, além de dívidas com fornecedores. Volto em seguida:

P s : No editorial da edição anterior, erramos o período do mandato então prefeito Múcio Reis. O erro mereceu e-mail do leitor Enio Eduardo que escreveu o seguinte: 



"Há um erro temporal no Editorial do dia 27/05/11. O então Prefeito Mucio Reis, viu seu governo declinar não por causa da Campanha de Reeleição de Azeredo, mas por confiar em Azeredo nos repasses estaduais necessários para fazer face à folha de pagamento dos servidores.

O final do Governo Mucio foi lamentável, pois os servidores ficaram 5 meses sem pagamentos, uma vez que o Azeredo não repassou os recursos que Sete Lagoas precisava. Lembrem-se: O final do Governo Mucio foi em 1996 e a campanha de Reeleição do Azeredo foi em 1998, vencida pelo atual Senador Itamar Franco."

Voltei
Entenderam? A culpa do Múcio Reis não ter pago os servidores é de Eduardo Azeredo do PSDB. Esse tipo de argumento só podia vir mesmo de um correligionário do Palocci. Os petistas são mestres em transferir responsabilidades para o PSDB, mesmo quando é responsabilidade terceiros no caso. Não, essa não é a unica desculpa que se tenta para o problema da gestão financeira de Múcio Reis na prefeitura. Tem outra tese que culpa Cecé. Dizem que ele orientou o contribuinte a não pagar os impostos no final da gestão Múcio que ele ira anistiar os contribuintes quando assumisse. Ora, ora, a coisa só não pega porque não existe explicação para o fato de que ele Cecé teria que na suposição de vencer a eleição ficar como ficou com pepino gigante para enfrentar. Ou seja, se ele fez isso criou um problema para si mesmo. E nesta suposta farra incerta o contribuinte  também teria sido parceiro. Quem acredita?

O fato é outro, não existe desculpa para o fracasso de Múcio Reis. É... pode não haver justificativa para sua fracassada gestão financeira na Pessoa Física, na Pessoa Jurídica e na sua Gestão Pública, mas uma coisa ele tem: a cara de pau para pedir de novo um voto de confiança. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quanto é o IDEB da escola do seu filho?

- Como está o IDEB da sua escola?
- Não sei não, eu só dou aula não trabalho na direção, não.
- Há quanto tempo você dá aula?
- Há 21 anos.

O diálogo acima eu tive com um professor de Português do ensino básico esse final de semana. Como podem constatar ele não se interessa pelo resultado do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da sua escola porque considera isso de interesse apenas da direção da escola. Ou seja, o profissional não se interessa pelo próprio resultado do seu trabalho. E como o que não é medido não é gerenciado significa que ele não tem como avaliar o próprio desempenho.

Isso é um grave erro que se pode constatar de forma bastante ostensiva na junto aos profissionais da educação brasileira. Ainda não desenvolvemos o hábito de monitorar o resultado do trabalho seja ele qual for, muito menos na Educação. Não fazendo isso não se tem como intervir na ação - na própria, inclusive, que é feita por fazer. Isso só pode levar naturalmente a perda de competitividade comparativa globalmente do Brasil. E numa área chave como a Educação o dano é estratégico e irreparável.

O professor assim como funcionário da iniciativa privada é obrigado a se interessar pelo resultado da organização, mas ele resiste muito ainda. E o país depende de criar essa cultura do resultado. Sim, o país! Uma economia forte é resultado de empresas competitivas internacionalmente, que por sua vez é resultado de uma Educação comprometida em formar mais do que "cidadãos" engajados, pessoas competentes. Afinal, quando não se sabe o que se esta produzindo como resultado do trabalho, fazer de qualquer jeito tá bom.

Nesse sentido de despertar o Brasil para a importância dos números na Educação, especificamente de despertar pais, educadores, gestores públicos para os resultados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi fantástico o JN no AR que terminou na última sexta-feira. A reportagem que se desloca rapidamente pais afora com o avião exclusivo visitou escolas de todas as regiões brasileiras indo na cidade sorteada a duas escolas a de maior e menor IDEB. Louvável iniciativa. Ela deu, aos olhos do Brasil inteiro, a importância que a Educação deve ter e ajudou a todos nós a também dar atenção ao resultado da Educação. E então quanto é o IDEB da escola do seu filho?

domingo, 22 de maio de 2011

Minha ética no TRATO da informação. Ou: Ética pode estar na reserva da informação como na sua socialização.

Na tarefa de fazer jornalismo a informação é para ser socializada. Essa é a essência da atividade. É o que os leitores vêm buscar num blog como o que escrevo: informação, sobretudo, aquela que não está disponível em veículos tradicionais, mais preocupados em garantir boas relações com o poder, que expô-los a sociedade.

Ou seja, a ética no jornalismo de verdade pressupõe o trabalho de socializar a informação; a falta de ética está na ocultação da mesma.

Isso, repito, no jornalismo. E pode ser totalmente o contrário, e quase sempre é, quando se é um servidor público ou privado. O papel em que se está exercendo altera completamente o que é ser ético ou anti-ético no trato da informação. Ou saindo da teoria para prática eu vivi os dois papeis no ano passado, onde em um instante eu era o escrutinador buscando informação e no momento seguinte eu participava da construção do acontecimento. O que eu fiz? Enquanto escrutinador que levantou informações sensíveis eu as socializei, até sob o protesto. Enquanto no papel de fazer eu tive acesso a informações também sensíveis, porém, eu NUNCA lhes revelei.

O caso prático referenciado acima aconteceu no dia 18 de maio de 2010, onde nos reunimos eu, o vereador Marcelo da Cooperseltta (PMN), o vereador Caio Dutra (PMDB) e o secretário de Saúde Jorge Corrêia Neto na Câmara Municipal para discutir soluções emergênciais até, para o estado das coisas. E alí surgiram informações significativas para um blogueiro, jornalísta, porém, alí não estava um blogueiro, jornalística, sim um individuo no papel de colaborador, ainda que voluntário. Desta feita, às informações reservadas disponibilizadas ficaram exatamente alí no que dependeu de mim. Aliás, é até estranho: porque tento lembrar o que é e não consigo, tal foi a disciplina mental do exercício da atividade, naquele momento, NÃO jornalística.

E isso para mim é o comum, o normal, por mais surpreendente que possa parecer para o leitor antigo deste blog, acostumado ao trabalho feito por mim aqui. Afinal a maior parte das minhas atividades não foram com jornalismo. Eu só o exerci quando senti falta de JORNALISMO DE VERDADE.

Vejam um outro exemplo. Eu tenho acesso a informações privilegiadas e estratégicas da Educação do Estado, interessado que sou no assunto, discuto-as particularmente quase todo dia com a fonte dessas informações, entretanto, quantas vezes vocês leram aqui alguma coisa a respeito? Nunca. Podem procurar, entre os quase 5000 textos. Não tem nada.

Concluindo. Em minha vida inteira lidei com informações estratégicas sejam nas empresas que trabalhei como Bradesco, Fiat Automóeis, Sharp e na Consultoria em Gestão e Marketing e... no jornalismo. Em todos estes casos cumpri a risca a ética: reservando a informação ou socializando-a. Fui claro?

CONFORME ANTECIPADO, ARNALDO NOGUEIRA DESISTE DE TENTAR A CANDIDATURA

Conforme previsão antecipada aqui no dia 5, Arnaldo Nogueira desiste da sua pretensão de ser candidato a prefeito de Sete Lagoas. Segue sua nota publicada esse final de semana nos jornais locais:

Carta aos amigos,

Nos últimos meses me senti honrado em ter meu nome indicado como possível pré-candidato ao cargo de Prefeito de Sete Lagoas.
Ouvi amigos, ouvi minha família, ouvi a razão e principalmente, ouvi o coração.
Pensei, repensei e decidi que não serei candidato a nenhum cargo político e tomo esta decisão contrariando muitos amigos que me são valiosos.
Ao ter meu nome cogitado para ocupar tão importante cargo me senti enaltecido, exaltado e disposto a me entregar de corpo e alma na busca de realizar um projeto que conduzisse Sete Lagoas ao seu lugar de destaque no cenário estadual e nacional.
Tenho a convicção de que contribuiria para revolucionar nossa cidade, não permitindo que visões deturpadas e envelhecidas pelo tempo continuassem a prejudicar o futuro de nossos filhos, do nosso povo e de nossa terra.
Conheço Sete Lagoas, suas necessidades e sua vocação para o futuro. Toda minha experiência, conhecimento e ideais, estariam focados num projeto audacioso de atualizar nossa cidade para os próximos anos, onde idéias e ideais seriam perfeitamente plausíveis e realizáveis.
Com tristeza, nestes poucos dias em que participei da vida política, percebi que estava perdendo amigos antigos, me dei conta que passei a incomodar outros tantos que se diziam também amigos.
Não levarei à frente uma possível candidatura, pois acredito do fundo de meu coração que não preciso criar inimizades, não preciso ultrapassar o bom senso, a educação e muito menos, não preciso de cargo de Prefeito para conquistar solidez financeira ou simplesmente alimentar meu ego.
Como todos sabem, sou engenheiro e sempre trabalhei buscando um futuro melhor para mim, para minha família e minha cidade.
Agradeço a todos que procuram, me incentivaram, que colocaram seus ideais ao lado dos meus.
Serei, contudo, um eterno colaborador e incentivador de novas ideias, de novos projetos sólidos, que poderão vir a mudar o destino de nossa Sete Lagoas.

Muito obrigado.

Arnaldo Nogueira.

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE 1,5 MILHÃO SÃO INÚTEIS PARA FILTRAR E DESCONTAMINAR Á ÁGUA; MAS POPULAÇÃO COMEÇA A REAGIR

(DATA ORIGINAL DESTA POSTAGEM: segunda-feira, 30 de novembro de 2009, às 04:54)
Investimento de 1,5 milhão em Estações de Tratamento de Água (ETAs) que prometia "filtrar e retirar o excesso de manganês e de ferro existente da água" nos bairros "CDI, Monte Carlo, parte do Montreal, Morro do Claro, São Sebastião, Industrial e Vapabuçú, Progresso, Ermitage e adjacências, fracassa. A prova está aqui (imagem do fundo do vazilhame com água, retirada do filme que está abaixo neste post mesmo) Estes pontos pretos no fundo de um vasilhame é a sujeira que vem na água fornecida pelo SAAE ao Sr. Marco Antônio Perácio, morador do Bairro Montreal. Uma prova que as ETAs não resolveram o problema da água contaminda com ferro e manganês.
A promessa era que a instalação das ETAs, iria resolver o problema da contaminação da água. Assim, como o PAC ÁGUA que promete agora o que não pode cumprir, em dezembro de 2007, o SAAE anunciava que "Essas estações de tratamento de água com capacidade para 260 m3/hora irão filtrar e retirar o excesso de manganês e de ferro existente na água daquela região."

Na época o diretor presidente do SAAE, Dr. Lairson Couto, dizia que essa também era uma preocupação do prefeito Leone Maciel Fonseca: “Nós estamos buscando melhorar não só o atendimento aos usuários, mas também a qualidade da água que eles recebem em suas casas.

Promessa renovada no atual governo
Em fevereiro desse ano o novo presidente do SAAE, Sr. Ronaldo Andrade, anunciou "que após o Carnaval já estariam em funcionamento duas novas Estações de Tratamento de Água (ETA) de Sete Lagoas." Na época ainda revelei que elas não tinham entrado em operação na data prometida. E quando entraram não resolveram o problema da concentração de ferro manganês na água. Um compromisso que outro o engenheiro da autarquia, Antônio Otávio Gontijo, reforçou "com as estações, será solucionado o problema de concentração de ferro manganês destinado aos bairros localizados na região da industrial do município."

Vejamos o que isso mostra, dois governos diferentes garantindo por fim a grave ameaça da água subterrânea contaminada. Isso revela no mínimo: desconhecimento ou o mais provável, estão pouco se lixando realmente para a qualidade da á'gua que a população recebe. Ou será que estes governos não sabem que o tratamento da água do subsolo contaminado para abastecimento de uma grande população é quase sempre ineficiente. Os especialistas da área são unânimes em afirmar isso. O problema é que em Sete Lagoas a população é tratada como animal, e para bicho qualquer porcaria serve, não é mesmo?

Acontece que nós que somos tratados como animais pelos seguidos governos de Sete Lagoas podemos dizer-lhes: NÃO, NÓS NÃO SOMOS ANIMAIS, MAS SERES HUMANOS E EXIGIMOS SER TRATADO COMO TAL, EXIGIMOS RESPEITO. E FOI ISSO O QUEFIZERAM ALGUNS CIDADÃOS DE SETE LAGOAS NESTE FINAL DE SEMANA, QUE SE REUNIRÃO PARA DISCUTIR OS PROBLEMAS QUE TÊM COM O SERVIÇO DO SAAE. ABAIXO ALIÁS VOCÊS PODEM VER O EXEMPLO DO SR. MARCO ANTÔNIO PERÁCIO, QUE NO SABADO PELA MANHÃ EM SUA CASA FALA DA ÁGUA CONTAMINADA (A PRIMEIRA IMAGEM ACIMA FOI RETIRADA DO VÍDEO A SEGUIR) QUE CHEGA A SUA CASA NO BAIRRO MONTREAL E À TARDE ELE VAI LUTA DO OUTRO LADO DA CIDADE NO BAIRRO ALVORADA. (ATENÇÃO PARA ASSISTIR OS DOIS FILMES UM APÓS OUTRO CLIQUE ANTES EM ATUALIZAR NO SEU COMPUTADOR)



Não, não éramos milhares, apenas duzentas e poucas pessoas de alguns bairros como Alvorada, JK, Planalto, São Francisco, Manoa, Carmo, Montreal, Centro... E lá estávamos em um movimento cívico em favor de um direito básico: ter água de qualidade e um bom padrão de serviços. Algo que a maioria das cidades mineiras já têm há muito tempo. Enfim, foi uma importante mobilização inicial em favor da cidadania em Sete Lagoas. São pessoas que decidiram ir a luta e estão fazendo a sua parte.

Bem, volto a questão do investimento nessas duas ETEs. Como diz os especialistas e a lógica elementar o tratamento da água do subsolo é muito complexo ainda mais estando o manancial contaminado como admite as autoridades. E mais: estamos numa região cárstica populosa, onde a penetração de sujeita ocorre com facilidade devido a grande permeabilidade solo. Todo esse risco da água contaminada para a saúde mais ameaça de novos acidentes geológicos com a captação subterrânea e o risco de colapso no abastecimento deveriam ser mais que suficientes para fazer as autoridades terem responsabilidade com a população. Mas isso só aconteceria se elas tivessem respeito pessoas. Coisa inexistente em Sete Lagoas como água de qualidade.

Sr. Marco Antônio Perácio há um mês em matéria sobre a contaminação da água, o problema continua. Mini-ETAs, as da foto abaixo são inúteis.







SITUAÇÃO CRÍTICA DA SAÚDE DE SL DEIXA DE SAIA JUSTA NOVAMENTE O GOVERNADOR ANASTASIA

(data original da postagem, 28 fevereiro de 2010, às 21:21)
Em entrevista ao jornalista Rayder Bragon, do UOL Notícia22s, o governador Anastasia (PSDB) é cobrado novamente pela ineficiência da saúde de Sete Lagoas. Abaixo segue a pergunta e o que disse o governador. Agradeço a visita a Sete Lagoas da reportagem nacional para mostrar as mazelas locais:

UOL - A reportagem do UOL Notícias esteve no penúltimo fim de semana
no Hospital Municipal de Sete Lagoas e encontrou (pacientes em) macas nos corredores. Como está a saúde no Estado e que o senhor pretende fazer em relação à saúde?

ANASTASIA - Não há nenhuma enquete de opinião pública que não coloque a saúde como maior demanda da população. E esse dado objetivo existe por duas razões: primeiro a saúde se refere ao nosso bem mais valioso, que é a nossa vida, e segundo porque a saúde pública como um todo, no Brasil, nos Estados e nos municípios, enfrenta muitas dificuldades. O que nós temos de fazer? A [questão] da saúde tem de ser enfrentada em diversas frentes. Um primeiro grande esforço é exatamente a questão da descentralização da saúde. Isso eu estou falando em termos da realidade mineira. Porque até há alguns anos, a estrutura do atendimento era concentrada em BH. Tínhamos a ambulanciaterapia, as pessoas vinham para aqui por qualquer coisa. Resultado havia um inchaço muito grande no atendimento em BH. O objetivo maior foi criar nos últimos anos uma rede regional de atendimento, chamado Pró-Hosp, com objetivo de dar a hospitais de cidades maiores e médias condições de dar um atendimento razoável dentro da sua especialidade. Isso aconteceu também com CTIs e UTIs no norte de MG, que não existiam. O segundo passo foi a tentativa de nós fortalecermos muito a estrutura de atenção primária, que são as unidades básicas de saúde. Foram feitas mais de 1.600 unidades nos últimos anos. Isso dá um primeiro atendimento para, muitas vezes, a pessoa não precisar sobrecarregar desnecessariamente essa rede de atendimento secundária, que são os hospitais. E é claro com atendimento de alta complexidade com investimentos feitos em cidades maiores, como foi o caso de Uberlândia (Triângulo Mineiro), onde nós inauguramos um novo hospital, e a reforma completa do pronto-socorro (João 23, em Belo Horizonte). A inauguração do pronto-socorro Risoleta Neves, em Venda Nova (BH), e outras unidades que foram construídas com esse objetivo. Mas a descentralização não está concluída. È um processo que não vai estar concluído completamente ao cabo do meu mandato nem nos próximos 12 anos.

Quanto mais eu faço investimentos na saúde, muitas vezes, a demanda aumenta, porque a pessoa tem uma demanda reprimida e ela naturalmente se desloca ali em razão de um valor muito alto que é a vida. Então o processo de descentralização continua. No programa de governo, nós propusemos a construção de alguns hospitais regionais maiores, que também não é uma solução por si só.

Legislativo de BH adota esquema de controle de presença que abona 90% das ausências


Por Leonardo Augusto , EM.COM.BR:

Quantas vezes o chefe já aliviou aqueles dias em que você não compareceu ao trabalho? E, se aconteceu, qual a argumentação usada com o patrão para não ter o dia cortado? Teve estresse? Na Câmara Municipal de Belo Horizonte não ir ao serviço é uma prática que raramente significa redução no contracheque. Esquema adotado pela Mesa Diretora da Casa prevê que, ao faltar às sessões, os vereadores apresentem uma justificativa afirmando apenas que a ausência ocorreu ou por encontros com a comunidade que representam ou por participação em audiências com a prefeitura, estado ou governo federal. É o suficiente para evitar cortes no salário. Mas não é só o excesso de ausências que chama atenção no Legislativo da capital mineira. Mesmo presentes, os vereadores, em grande parte das vezes, gastam seu tempo em um trabalho pouco produtivo, como apresentação de projetos sem sentido, a maioria de utilidade pública ou para dar nome a ruas, e distantes dos interesses coletivos.

Leiam também o que escrevi sobre a Câmara ainda em 2009: Câmara Municipal de Belo Horizonte e o sinal dos tempos políticos brasileiros

As normas para justificar as ausências estão previstas no regimento da Câmara, no entanto, não há qualquer fiscalização para comprovar a veracidade das informações fornecidas pelos parlamentares, conforme afirma o secretário-geral da Mesa, Cabo Júlio (PMDB). O vereador é responsável pelo recebimento das justificativas das ausências e por decidir se os dias serão ou não abonados. “É desnecessário mostrar provas. Se houver qualquer irregularidade, o próprio colega no bairro denuncia, e aí é quebra de decoro”, diz o parlamentar, apostando em um suposto “dedo de seta” entre vereadores que disputam uma base eleitoral para denunciar irregularidades.

Para escurecer ainda mais o que pode ser chamado de caixa-preta das ausências justificadas da Câmara, o eleitor não tem acesso à documentação usada pelos vereadores para explicar a falta ao trabalho e que serve, ao mesmo tempo, para a manutenção dos vencimentos. Com tanta moleza, o campeão das ausências, o vereador Moamed Rachid (PDT), faltou a 117 (45,3%) das 258 sessões na atual legislatura, entre fevereiro de 2009 e março de 2011. O período entre agosto de 2009 e março deste ano pode ser consultado no site da Casa, liberado para dar transparência ao Poder Legislativo municipal. Os dados dos meses anteriores foram fornecidos pela própria Câmara.

Conforme Cabo Júlio, que assumiu a secretaria-geral no início de 2011, 90% das justificativas apresentadas pelos vereadores são abonadas. O total engloba licenças médicas. Porém, os afastamentos por motivo de saúde são em escala muito menor que as ausências justificadas. Moamed, por exemplo, apresentou apenas um atestado médico. A vice-campeã, Neusinha Santos (PT), com 106 ausências justificadas, deu entrada com nove licenças por motivo de saúde. Moamed não retornou contato feito pela reportagem. Já Neusinha afirma que, por ser integrante do Conselho Nacional das Cidades, vinculado ao Ministério das Cidades, teve que ir a Brasília participar de reuniões.

O próprio Cabo Júlio, líder do PMDB, está em sexto lugar entre os vereadores que mais apresentaram justificativa para as ausências. O parlamentar não compareceu a 75 sessões. “Tenho reuniões com a comunidade e com o poder público. Como líder, vou muito à Secretaria de Governo da prefeitura para discutir projetos e pauta, e minha agenda sempre bate com os dias de sessões”, argumenta.

As reuniões ordinárias e extraordinárias na Câmara de Belo Horizonte são realizadas invariavelmente nos 15 primeiros dias do mês. O presidente da Casa, Léo Burguês (PSDB), que está em sétimo lugar entre os parlamentares que mais apresentaram justificativas para as ausências, 70 no total, não retornou contato feito pela reportagem. Na sexta-feira, ele participava de seminário em Florianópolis (SC).

Cortes chegariam a 4 meses de salários

Conforme o regulamento da Câmara, cada ausência não justificada equivale à perda de 1/30 do salário de vereador, hoje de R$ 9.208. Cada falta, portanto, custaria ao bolso dos parlamentares R$ 306. O campeão das justificativas, o vereador Moamed, perderia R$ 35.802, com suas 117 faltas, valor quase igual a quatro meses de salários.

Entre os ex-vereadores que venceram as eleições de 2010 para deputado, Luís Tibé (PTdoB) é o que mais apresentou justificativas para ausências, 72, entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2010. Tibé venceu disputa por vaga na Câmara dos Deputados. No período, foram realizadas 238 sessões ordinárias e extraordinárias. Ele perderia, então, R$ 22.032, o equivalente a mais de dois meses de salários.

Em nota, Tibé afirma que as ausências ocorreram porque estava participando de missão oficial da Câmara nos Estados Unidos – segundo o parlamentar, sem custos para a Casa. Outra justificativa foi que, depois de eleito deputado federal, esteve em Brasília para “para reuniões de bancada e para equacionar algumas questões relacionadas com a posse na Câmara dos Deputados”. A justificativa não está prevista no regimento da Câmara Municipal como passível de abono.

MUDANÇAS NA FEIRA HIPPE DE BH PROPOSTA PELA PREFEITURA - MINHA OPINIÃO

(Data original das postagem: 11/01/11, às 02:02)
Segue abaixo uma excelente matéria da jornalísta Iracema Amaral, do jornal Hoje em Dia, antes faço o comentário que segue sobre a mudança que PBH está fazendo na Feira Hippie, também postado em meu Facebook:

PBH decidiu fazer uma nova seleção dos expositores da Feira Hippie da Afonso Pena, e vai privilegiar os candidatos com base na condição financeira. “Estamos tentando contemplar quem tem uma condição socioeconômica pior”, afirma Andrea Fernandes, gerente de Feiras. O estranho além do critério principal não ser a produção de ARTE é o fato da prefeitura NÃO ter feito uma seleção pública para quem vai selecionar os feirantes.

A organização escolhida sem licitação foi o Centro Cape. Nada, em princípio contra essa ONG, tudo contra a forma de sua escolha e muita objeção também ao critério principal, a situação socioeconômico – inclusive dos feirantes já estabelecidos.

Completo minha argumentação em outras postagens abaixo e no blog (www.leonardobarros.com), mas adianto que essa decisão pode trazer sérios prejuízos a este evento que já se tornou um produto turístico de BH tipo exportação, que gera emprego e renda em boa quantidade. Claro, claro, não sou contra agregar outros talentos artísticos e eliminar a manufatura industrial da feira, mas o princípio da discriminação dos artesãos que cresceram pelo mérito artístico ali mesmo e fizeram da feira o que ela é um grave erro.





Por Iracema Amaral, no Hoje em Dia - (9/01/2011)

Depois de 27 anos na feira, artesão teme perder o direito de vender artigos feitos com sisal

Os expositores da Feira de Artes, Artesanato e Variedades da Afonso Pena vão ser obrigados, a partir de amanhã, a revelar à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) dados pessoais sobre sua situação financeira e patrimonial, entre outras respostas de caráter socioeconômico. O feirante que não fornecer as informações vai perder a primeira batalha para manter a licença para expor e vender produtos no local.

A iniciativa da PBH está detalhada em edital, divulgado na semana passada, com os critérios do processo seletivo para as 2.292 vagas de expositores. A concorrência é para quem já trabalha na feira e outros interessados com residência fixa na capital ou nas 34 cidades da Região Metropolitana. A inscrição e o preenchimento do questionário socioeconômico vão até 14 de fevereiro.

“Estamos tentando contemplar quem tem uma condição socioeconômica pior”, afirma Andrea Fernandes, gerente de Feiras Permanentes da Regional Centro-Sul da PBH. Ela explica que o resultado da primeira avaliação vai funcionar como etapa classificatória. Nesta fase, vão ser considerados, entre outros itens, o grau de instrução do candidato. O analfabeto ganhará mais pontos do que os demais concorrentes com algum nível de escolaridade.

Outra pergunta diz respeito à situação financeira do interessado. Pagar aluguel pesa mais do que ser proprietário do imóvel que serve de moradia. A PBH quer saber, ainda, o número de filhos dos candidatos (incluindo se há algum portador de necessidades especiais). A renda e a despesa familiar, além de bens patrimoniais e dados sobre o produto comercializado, também serão questionados.

A PBH espera a inscrição de no mínimo 20 mil pessoas às vagas. Feita a primeira peneirada, os escolhidos serão submetidos a uma avaliação técnica para verificar a qualidade e o domínio do processo de produção. A prefeitura quer, com esse critério, obter condições para retirar da feira os revendedores de produtos industrializados e importados.

O edital não especifica a entidade responsável pela segunda etapa da seleção. No dia seguinte à publicação das regras, a gerente de feiras da PBH informou que a escolhida foi o Centro Cape, uma ONG com carimbo de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que atua na área de capacitação e apoio ao empreendedorismo. O título de Oscip é conferido pelo Ministério da Justiça e permite aos governos firmar parcerias com entidades sem o uso de licitações, eliminando concorrências públicas.

A presidente do Centro Cape, Tânia Machado, revelou que já assinou contrato com a prefeitura. A Oscip que administra vai receber R$ 129 mil pelo trabalho, que deve durar no máximo três meses. Tânia informou que 20 técnicos do Centro Cape, com formação em Economia, Administração e Design, vão treinar 80 profissionais para checar nas oficinas dos candidatos se eles executam toda a produção do artesanato e têm estrutura compatível com o que determina o edital e no máximo dois ajudantes.

Tânia diz que concorda com os critérios definidos pela PBH. Para ela, a Feira da Afonso Pena tem que voltar a ser exclusivamente de quem domina o processo artesanal. “Artesão não precisa ser rico. O humilde também consegue trabalhar com qualidade”.

11 mil empregos diretos

A Feira de Artes e Artesanato da capital começou com um grupo de hippies, em 1969, na Praça da Liberdade. Há 20 anos, foi transferida para a Avenida Afonso Pena diante do sucesso que alcançou entre os belo-horizontinos, em função também dos produtos variados. Hoje, o público estimado é de 80 mil visitantes, a cada domingo, vindos também de cidades que ficam fora dos limites de Minas, incluindo turistas nacionais e estrangeiros.

Além do público, outros números conferem à feira destaque por se tratar do maior evento turístico da cidade. Os dados são da Associação dos Expositores da Feira de Artesanato e Variedades da Afonso Pena (Asseap), que representa 72,9% dos atuais 2.336 expositores – conforme pesquisa realizada pelo Banco do Brasil em parceria com o Centro Universitário Izabela Hendrix .

O evento gera 11 mil empregos diretos e movimenta, a cada domingo, R$ 5 milhões. “Como um evento que cria tanto emprego pode ser considerado invadido por revendedores a ponto de ser essa a justificativa para o processo seletivo?”, questiona o coordenador da Asseap, Alan Vinícius.

A gerente de Feiras da Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Andrea Fernandes, diz não saber o percentual de revendedores entre os expositores da feira.

A pesquisa do BB, em parceria com o Izabela Hendrix, foi realizada em 2008. O estudo aponta que, naquele ano, a maioria dos produtos era de artesanato (59%), 18% tinha origem industrial e o restante (22,9%) era um misto de produção artesanal e manufaturada. A fiscalização da PBH não atualizou os números nos últimos dois anos, de acordo com Andrea.

Endereço também é alvo de polêmica

Não é de hoje que os expositores e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) discordam sobre os destinos da Feira de Artes, Artesanato e Variedades. Além de não aprovarem os critérios do processo seletivo, os feirantes temem ser retirados pela segunda vez do local onde fidelizaram seu público.

A gerente de Feiras Permanentes da Regional Centro-Sul da PBH nega qualquer mudança de endereço, mas não explica porque a prefeitura contratou, em 2009, projeto de lay-out para a feira ser transferida para a Avenida Augusto de Lima. O trabalho foi encomendado à arquiteta Tânia Maria Dias de Carvalho, ao preço de R$ 9.900, conforme publicado no Diário Oficial do Município. “Não tenho conhecimento desse assunto”, afirma.

A assessoria de imprensa da Regional Centro-Sul informou que a PBH contratou a arquiteta apenas para fazer um estudo técnico capaz de mostrar se o local comportaria a feira.

Outro projeto da PBH seria levar o evento para um terreno com área de 70 mil metros quadrados, na Avenida dos Andradas (Região Centro-Sul). O estudo foi revelado por vereadores após reunião com o prefeito Marcio Lacerda (PSB). O local abrigaria também megaeventos e espetáculos de grande porte.

“Tudo isso deixa a gente inseguro para trabalhar”, reclama Robson José de Carvalho, há 27 anos expositor de peças feitas com sisal, confeccionadas com palha de Taguaraçu. Carvalho diz que produz de 250 a 300 peças por semana e teme perder a vaga pelo critério socioeconômico.

A pesquisa do Banco do Brasil em parceria com o Centro Universitário Izabela Hendrix revela que a maioria dos expositores (69%) não tem outra fonte de renda.

“O mundo evoluiu e artesanato é tudo aquilo que você transforma com criatividade. Não podem nos tirar da feira pelo critério socioeconômico”, reage o produtor de bijuterias Edvar Pereira de Matos Júnior. Expositor há 20 anos, ele tem uma produção média de 800 peças semanais e diz que falta fiscalização.

A Gerência de Regulação Urbana da PBH não revela o número de fiscais porque, segundo a assessoria de imprensa, trata-se de uma “estratégia de trabalho”.

sábado, 21 de maio de 2011

ÍNTEGRA DO MEU ARTIGO: "O CAMINHO É MINAS GERAIS" - EMBRÓGLIO METRÔ DE BH

(data original da postagem 14 de março de 2011, às 08:59
O Caminho é Minas Gerais
Por Leonardo Barros

Dos supostos recursos que o governo Federal destinou para mais uma modalidade de PAC, o intitulado desta vez de “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade em Grandes Cidades” dois terços são para se tomar emprestado. De acordo com essa proporção BH teria R$ 800 mil de investimento da União, o restante do programa R$ 1,6 bilhão é para endividar-se.

A prefeitura informou que destinará esse Programa para expansão do metrô. Mas formatado dentro da burocracia estatal sem a devida negociação com o distinto público alvo como é habito no governo do PT, o dinheiro não basta para pagar as obras do metrô, faltariam R$ 1,1 bilhão.

Pois bem, ainda que insuficiente e oneroso, o dinheiro se liberado, já seria um fato auspicioso para o transporte de BH e região Metropolitana. Entretanto, o histórico de execução do PAC de menos de 50% do programado é razão mais que suficiente para que as autoridades mineiras coloquem as barbas de molho. E mais do que ficar de sobreaviso é hora de agir.

Aliás, é o que de certa forma já está fazendo o prefeito Márcio Lacerda (PSB), que reuniu-se na capital paranaense com os colegas Luciano Ducci (PSB), de Curitiba, e José Fortunati (PDT), de Porto Alegre. Atento, suponho, ao risco dessa promessa não sair da prateleira dos PACs para a obra, ele e os colegas se anteciparam numa união de cidades com demandas “similares”. A intenção da iniciativa parece ótima, a estratégia para BH um tanto deslocada e perigosa.

Reparem que a justificativa para a articulação com essas cidades segundo o prefeito de Curitiba é que “as três capitais têm interesses comuns e projetos similares”, mas não dá para ignorar que esses interesses também são conflitantes na medida em que eles competem entre si.

Ou seja, o prefeito de BH apadrinhou os interesses de outras duas cidades e desta feita fica ele impedido de, a partir de então, defender exclusivamente o projeto de BH, na sua bagagem agora tem os peixes de Curitiba e Porto Alegre. Esse pode ter sido um grave equívoco.

Estratégia mais eficaz seria a mobilização que unisse o povo de Minas Gerais em torno de uma demanda premente que já esgotou todos os limites de paciência. Somos o 2º colégio eleitoral do país, a terceira maior economia. Desta feita, é mais estratégico mostrarmos a força de Minas Gerais tão propalada e pouco explorada a reunir-se com quem é competidor.

É uma situação parecida com a do Brasil no Mercosul onde o país escolheu ficar preso a um tratado coletivo regional que o impede de fazer bons acordos bilaterais. O próprio governo federal pode usar espertamente esse fato político para não atender a demandas individuais de BH.

Claro, não se trata de ser contra a busca da solidariedade mútua para defender interesses comuns, mas na causa em questão BH deveria buscar a solidariedade de seu estado. E estou certo de que Minas Gerais se uniria em toda a sua dimensão na defesa de sua capital.