quarta-feira, 11 de maio de 2011

Transformar estado requer mais do que discurso


Da Veja.com:

É preciso reduzir gastos, aumentar a eficiência do serviço público, melhorar e acelerar processos. Um longo processo

Dilma instala a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade em Brasília
Dilma Rousseff: estado tem de estar adequado ao desenvolvimento (Antonio Cruz/Agencia Brasil)
Discurso e vontade a presidente Dilma Rousseff já demonstrou que tem, quando admitiu que o estado precisa se transformar para que o país cresça. Nessa quarta-feira, durante a cerimônia de instalação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, ela afirmou que "a história demonstra (...) que não houve desenvolvimento econômico nos países que não enfrentaram o desafio de transformar o seu estado". No aspecto prático, contudo, ideias louváveis ainda levarão muito tempo para se tornarem realidade.
“Há muito a ser feito no estado brasileiro. É preciso reduzir gastos, aumentar a eficiência do serviço público, melhorar e acelerar processos etc. Estamos muito distante disso", disse o professor de economia da PUC-SP, Antônio Correia de Lacerda. Segundo o acadêmico, tanto o setor público precisa sair da inércia para se abrir a inovações, quanto o setor privado tem de entender a complexidade que é gerar um estado como o brasileiro.
O professor da PUC-SP explica que o país precisa não só de um choque de gestão para corrigir deficiências, mas também tem de estabelecer um trabalho contínuo de aprimoramento. “O desafio de melhoria de gestão é permanente. O mundo ficou muito mais complexo e as habilidades necessárias hoje são muito maiores do que se exigia dos estados nacionais trinta anos atrás. Atualmente, um bom governo precisar estar na linha de frente em tudo o que se refere a supervisão, regulação, planejamento de longo prazo e estratégia”, acrescenta.
Para tentar transformar o discurso em realidade, a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, que será vinculada à Presidência, terá justamente a missão de orientar o governo Dilma na tarefa de aprimorar a gestão. O órgão contará com a participação de quatro empresários: Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau), que presidirá a Câmara; Abílio Diniz (Pão de Açúcar); Antônio Maciel Neto (Suzano Papel e Celulose); e Henri Philippe Reichstul (ex-presidente da Petrobras entre 1999/2001). Pelo governo, participam os ministros Antônio Palocci (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Lacerda louva a iniciativa, mas já alerta que o comitê terá um árduo trabalho pela frente. Mais

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