quinta-feira, 19 de maio de 2011

"ESTARÁ SETE LAGOAS DANDO O PASSO CERTO?"

(DATA ORIGINAL DAS POSTAGEM: 10/11/09, ÀS 01:40)

Até então eu estava sozinho na tentativa de chamar a atenção da sociedade para o encaminhamento da questão sócio-ambiental-sanitário de Sete Lagoas. Ao que parece não estou mais. O jornal Hoje Cidade em um primoroso Editorial, intitulado "Questão em Aberto" sintetiza as questões chaves da discussão que NÃO está sendo feita pela cidade. E provoca: "ATÉ AQUI, POUCO FOI DISCUTIDO E NADA ESTÁ RESOLVIDO. OU TUDO JÁ ESTEJA RESOLVIDO SEM CONHECIMENTO DO POVO."

Além alertar a sociedade para falta de discussão o jornal fez as perguntas fundamentais. Sim, não são novas para o leitor deste blog, mas pela relevância que têm, merecem mesmo serem feitas por cada vez mais gente que pensa no futuro dessa cidade, como o editorialista do jornal, o Márcio Vicente. Aliás, elas se parecem mais afirmações deste grande mestre que questionamentos, vejam o que o jornal perguntou:

1) O processo de tratamento da água do Velhas que abastecerá a Cidade é suficientemente adequado?;

2) A seqüência lógica não seria primeiro despoluir o Rio para depois captar sua água para atender à população?;

3) Quem vai bancar o elevado custo de implantação do sistema de tratamento e, depois, quem vai pagar a conta, se a água aqui fornecida já tem tão elevado preço?;

4) Afinal, o SAAE tem mesmo capacidade financeira e estrutura gerencial para responsabilizar-se por um projeto de tal envergadura?

5) ESTARÁ SETE LAGOAS DANDO O PASSO CERTO?

E o Editorial toca na ferida, ao tratar o "compromisso", quer dizer, o endividamento irresponsável que está sendo feito pelo governo Maroca, uma conta que recai nos ombros do povo elevando o peso desse caro negócio de 70 milhões de dívida para a população pagar. Leiam esse trecho:

"A OPINIÃO PÚBLICA PRECISA SER MELHOR INFORMADA E NENHUM COMPROMISSO DEVE SER FIRMADO SEM QUE O POVO TOME CONHECIMENTO PLENO DO COMPROMISSO FEITO EM SEU NOME. A captação do Rio das Velhas para o abastecimento da Cidade, a despoluição desse curso d’água e a proposta de esgotamento sanitário de Sete Lagoas, queiramos ou não, é uma questão ainda em aberto."

Voltei

A grata satisfação que tenho é ver que a opinião pública começa a indagar-se sobre o que estamos fazendo ou não para resolver "a velha questão" da água e do esgoto sanitário que tanto atormenta a população. Algo deveras vexaminoso para cidade que fica há 60 KM de Belo Horizonte, no centro de Minas Gerais, que também vê cidades vizinhas, bem menores, passarem a sua frente em qualidade de vida, enquanto Sete Lagoas se isola atrás de um muro mental de uma classe dirigente arcaica, que ainda tenta segurar o crescimento da cidade para preservar os privilégios dos velhos grupos. Estamos na Berlim Oriental de Minas Gerais: Sete Lagoas.

Tá passando da hora de derrubar esse muro mental. E a minha esperança se renova quando vejo que essa luta que travo ganha a adesão de outras pessoas que também tem a coragem de enfrentar a minoria que segura o progresso. Desta feita, o escritor, pensador e jornalista, Márcio Vicente, a quem eu tenho grata satisfação de ter leitor diário, nos é um exemplo inspirador de contribuição cidadã. A propósito, fiz questão de lhe telefonar para parabenizando-o e ao jornal, ao que ele me comentou que acompanha com atenção o assunto aqui e sugeriu que é fundamental a sociedade discutir a questão.

Ao debate Sete Lagoas.

Um comentário:

julio disse...

até quando seremos obrigado a receber uma água de pessima qualidade e nossos mandatários sempre fugir da verdade? neste particular estamos atrazado 40 anos, e o pior, se dependermos da vontade da câmara nunca isto acontecerá, temos a imprensão de que algo bom existe na existência da companhia atual, e o que não pode se esquecer, é que no caso de trocá-la, os funcionários, por força de leis são obrigados a permanecerem, no máximo uma reciclagem, nada mais