sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Aloysio Nunes diz que PSDB-SP ignora ele e Serra

POR MÁRCIO FALCÃO, NA FOLHA:

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) usou o Twitter nesta sexta-feira (30) para reclamar que ele e o ex-governador José Serra (São Paulo) foram "ignorados" pelo diretório do PSDB em São Paulo na propaganda política da legenda.
Nunes disse que não foi consultado sobre as peças publicitárias que estão sendo exibidas. "Resolvi passar recibo publicamente porque sequer fui consultado a esse respeito. Há quase uma década sem representação no Senado, o PSDB paulista me ignorou na propaganda política que está no ar", disse o tucano no microblog.
E completou: "A propaganda do PSDB ignora também o líder político com a trajetória e o prestígio popular de @joseserra_ [referência ao perfil do ex-governador]. Vamos bem assim".

"Um sonho que se tornou realidade"

Com está frase do título da postagem o deputado Alexandre Silveira (PSD) abriu nesta noite a reunião com partidários do PSD em BH. Ele referia-se ao fato do Partido Social Democrático (PSD) ter se tornado uma realidade com sua aprovação pelo TSE na noite desta terça-feira (27). Alexandre que também é o secretário do partido em Minas estava empolgado assim como a audiência que recebia com entusiasmo suas palavras. Ele falou do sucesso da nova sigla e disse que motivo que explica a grande adesão ao partido é causado pela ditadura partidária de siglas que são "empresas privadas com um dono em Brasília e outro nos Estados." Ele explicou ainda que a principal causa dessa ditadura é a fidelidade partidária que foi imposta via justiça eleitoral, "sem uma reforma política ampla". Certo, errado está o Congresso que deixou de fazer necessária reforma em tempo hábil, o que levou o Supremo a legislar sobre questão. O que nunca é positivo porque esta não é a sua função constitucional e ao usurpar pela omissão do outro poder a sua função, a do legislador, sendo um fórum de julgamento, acaba por produzir um resultado insatisfatório, que leva a exemplos como da absoluta insatisfação dentro dos partidos. Nesse sentido Alexandre lembrou também que pelo PSD ser constituído de "vítimas" dessa ditadura, que não permite o debate o PSD deverá ser diferente - ter democracia interna. Bem, esse debate válido é assunto para outra hora, fiquem com as fotos do nosso encontro que se tornou comemorativo pela criação oficial do partido - este foi primeiro encotro, com grupo de políticos que aderiram ao PSD, nestes dias se seguiram vários mais com outros membros. 

Alexandre Silveira (PSD), Neto, seu chefe de gabinete e Dr. Guilherme Fábregas


E a mais nova conquista do PSD Minas deve ser o dep. Neilando Pimenta - em pé  a direita

Alexandre e eu, Leonardo Barros.


Dhara do Gabinete do deputado, que organizou o evento - parabéns amiga!

Neilando e Fernado Barbosa, cotado para candidato em Teófilo Otoni

Aí os amigos do norte de Minas com Alexandre

Alexandre e um amigo também do partido.

Meu amigo Abrão, que prestou serviços em SL na candidatura de Dr. João Batista.


E aqui a turma que fez toda diferença para criação o PSD-MG! Eles extrapolaram muito a questão profissional, fez questão de dizer o deputado Alexandre Silveira sobre a atuação dos jovens e competentes advogados. Justo reconhecimento! Tive a oportunidade acompanhar  o fundamental trabalho deles para o partido em Minas. Deixo os meus parabéns ao Dr. Guilherme Fábregas (ao centro), Dr. Ricardo Matos de Oliveira (a esquerda) e Dr. Adriano Cardoso Silva (a direita). 

Líder do PSD agradece, mas recusa convite para participar de reunião de partidos da base governista, diz líder na Câmara

Por Maria Clara Cabral, na Folha Online (mais aqui)
O líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), afirmou que não deve aceitar o convite para participar das reuniões semanais realizadas pelos líderes da base aliada ao governo. O motivo: a “independência” da nova legenda, comandada nacionalmente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.”Agradecemos o convite, essa é um atitude elegante e respeitosa ao PSD, mas nós somos independentes. Se aceitássemos esse convite cairia por terra tudo que temos falado, pela simbologia de participar desses encontros”, disse Campos. Mais cedo, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), havia dito que convidaria Campos para participar dos encontros, que acontecem tradicionalmente durante os almoços das terças-feiras.
(…)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"Fica a esperança de que estejamos no início de uma nova era" com o nascimento do PSD no Brasil



O novo partido criado no Brasil nesta noite, o PSD, nasce como uma das maiores siglas partidárias, com cerca de 55 deputados federais. E diferente de muitos nanicos que não se entende por que foram criados, a formação do PSD resulta de um movimento político maior. A justificativa que explica o seu surgimento vai muito além da dissidência do grupo do prefeito de SP, Gilberto Kassab, de dentro do DEM. Vê-se que a maciça a adesão a sigla vinda de todos os outros partidos representa a maior movimentação política brasileira desde a criação do PSDB, há 23 anos. Esse fato político reconhecido e oficializado nesta noite pelo TSE tem de ser visto como mais do que o surgimento do 28º partido nacional. Se fosse apenas o surgimento de mais um partido não haveria nada para destacar, mal noticiar. Não é o caso desse partido que coincidência ou não, a sigla PSD, foi a que JK pertenceu. Localmente o partido será presidido por Leonardo Barros, que assim como Kassab pertenceu ao Democratas. Agora é ver a atuação do partido para que possamos concluir a que ele veio - se para o bem ou não da nossa política. A torcida de quem quer ver mudanças é que seja um diferencial positivo. E como o país sonha com um novo tipo de política fica a esperança de que estejamos no início de uma nova era.


PS.: O partido informa em Release encaminhado-nos, que quem quiser se filiar em Sete Lagoas ao PSD e até disputar a eleição do ano que vem (2012) pela nova sigla, entre em contato através dos telefones (31) 3774-9834 ou (31) 9681-9898.

Mais dezoito


Com a vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cúpula do PSD espera que ao menos mais 18 deputados federais, além dos cerca de 50 já contabilizados pelo partido, se filiem à nova sigla nos próximos dias.
Explica-se: os parlamentares já teriam assinado o documento de fundação do PSD, condição necessária para que troquem de legenda sem perder o mandato. Mas, à espera da decisão do TSE, preferiram não se manifestar publicamente até o momento, para não criar constrangimentos em seus partidos caso o registrado da nova sigla fosse negado.
Nesta lista, estariam, inclusive, tucanos e petistas. Os nomes dos parlamentares, porém, são mantidos em sigilo.

TSE APROVOU POR 6 X 1 A CRIAÇÃO PSD: VEJAM O 12 MANDAMENTOS DO NOVO PARTIDO


1. Desenvolvimento com liberdade, liberdade para desenvolver
Desenvolvimento é o conjunto de transformações política, econômicas e sociais por que passa uma sociedade. É um fenômeno que transcende ao do crescimento econômico, que se limita a expansão da produção de bens e serviços pela nação

2. Desenvolvimento exige liberdade

O caminho para o desenvolvimento exige liberdade. Liberdade de opinião, liberdade de empreender, liberdade de escolher. O desenvolvimento tem a democracia como mecanismo político, a livre iniciativa como instrumento econômico e a igualdade de oportunidades como objetivo social

3. Democracia e voto distrital 

A democracia, para cumprir o seu papel de assegurar seu papel de assegurar a vontade do povo, necessita aproximar o eleitor do eleito, permitindo ao cidadão acompanhar e fiscalizar a atuação dos políticos. O voto distrital é a melhor forma de assegurar esse objetivo

4. Direito de propriedade e respeito aos contratos

A liberdade econômica pressupõe como requisito fundamental a garantia do direito de propriedade e o respeito aos contratos. Exige também a ética como norma de conduta e a responsabilidade como contrapartida. 

A livre iniciativa necessita de regras claras e estáveis, de instituições e de segurança jurídica que garantam o cumprimento das regras. Precisa também contar com um ambiente econômico que estimule o espírito empreendedor. A burocracia deve ser a mínima necessária para assegurar o bom funcionamento do mercado e a tributação deve ser moderada

5. Igualdade de oportunidades 

A igualdade de oportunidades visa garantir a possibilidade de cada um se realizar pelo esforço individual e por seus próprios méritos. Os programas de apoio às famílias carentes são fundamentais, mas é preciso oferecer mecanismos para que as pessoas possam gradativamente superar a pobreza. Isso exige que se assegure educação e saúde de qualidade, com o envolvimento do governo, da família e da sociedade

6. Sustentabilidade e inovação tecnológica 

A busca do desenvolvimento em seu sentido amplo – social, econômico e ambientalmente sustentável – depende de maior uso de fontes renováveis de energia e de tecnologias verdes, do investimento em ciência, tecnologia e infra-estrutura e da criação de um ambiente regulatório que estimule a iniciativa empreendedora dos brasileiros e a inovação em todos os campos de atividade. 

O Brasil, por sua ampla disponibilidade de recursos e a capacidade de seu povo, tem condições de preservar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, expandir sua produção agrícola, colocando-se como grande fornecedor de alimentos para um mundo cada vez mais carente

7. Transparência e respeito ao cidadão contribuinte

Para promover um desenvolvimento ético é preciso assegurar o respeito ao cidadão-contribuinte, que, independente de sua condição econômica ou social, é, antes de tudo, quem paga os impostos que sustentam as ações do governo.

Quem paga tem o direito de exigir educação, saúde, justiça e segurança de qualidade, compatível com sua contribuição como pagador de impostos. Tem também o direito de saber como e quanto paga de impostos, para poder exigir a contrapartida. A transparência dos impostos e dos gastos é dever do estado e direito do cidadão. É isso que permite aos cidadãos competirem por uma vida melhor

8. Liberdade de imprensa

Defendemos a liberdade de pensamento e de expressão sem qualquer discriminação racial, étnica ou religiosa. Defendemos a mais ampla liberdade de imprensa e lutaremos contra qualquer forma de controle dos meios de comunicação, pois a imprensa livre é a maior garantia para o direito dos cidadãos

9. Livre associação

Defendemos o direito de livre associação entre pessoas. Defendemos sindicatos autênticos, com liberdade e pluralidade de representação. Defendemos a modernização das relações de trabalho, com liberdade de negociação entre empresas e empregados e o predomínio do negociado sobre o legislado

10. Descentralização e subsidiariedade

Defendemos uma federação justa, que descentralize sua atuação, repartindo os poderes e recursos com estados e municípios, dentro do princípio da subsidiariedade. Tudo o que poder ser bem feito por uma entidade menor não deve ser feito por uma entidade maior.

O que puder ser feito pelos cidadãos deve ser feito por eles; o que eles não puderem fazer deve ser feito pelo município; o que o município não puder fazer deve ser feito pelo estado. Ao governo federal caberá fazer apenas aquilo que não puder ser feito nos âmbitos individual, municipal ou estadual

11. Livre comércio e defesa de valores

Queremos um Brasil forte e influente nas decisões internacionais, defensor do livre comércio e da busca de soluções negociadas e pacíficas para os conflitos entre nações. A atuação internacional do país deve ser pautada pelos valores inscritos na Constituição: democracia, direitos humanos e justiça social

12. Liberdade e responsabilidade individual

Tudo isso se baseia na crença na liberdade e na responsabilidade individual como valores supremos para promover o desenvolvimento não como um fim em si, mas para assegurar a melhoria de padrão de vida do povo brasileiro. É o que nos anima a buscar novos caminhos na vida pública, na certeza de poder contribuir para fazer do Brasil um país mais próspero e mais justo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Justiça Eleitoral aprova criação do PSD de Kassab



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FELIPE SELIGMAN
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
Atualizado às 20h26.
Por 6 votos a 1, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou nesta terça-feira a criação do PSD, partido idealizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O julgamento do pedido de registro, que começou na semana passada, foi concluído hoje. Com a decisão, o partido poderá disputar as eleições municipais do ano que vem.
O julgamento foi retomado após pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro. O tribunal viveu um impasse na semana passada, pois uma resolução do TSE exigia que o partido incluísse em seu pedido de registro as listas de apoio da população certificadas pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), mas o PSD apresentou essas listas certificadas apenas pelos cartórios eleitorais.
Veja a cronologia da criação do PSD de Gilberto Kassab
Acontece que a legislação eleitoral não chega a falar sobre as certificação dos tribunais, limitando-se à apreciação dos cartórios. Ribeiro entendeu que tratava-se, na realidade, de uma "falsa incompatibilidade".
Segundo ele, a resolução do TSE cita os tribunais regionais somente porque o partido precisa do registro em pelo menos nove Estados para fazer o pedido à corte superior.
Sérgio Lima/Folhapress
Plenário do TSE ficou lotado durante a sessão que julgou a criação do PSD
Plenário do TSE ficou lotado durante a sessão que julgou a criação do PSD
Ribeiro disse que, como nos TREs, o partido precisa apenas do apoio de 0,1% do eleitorado local, e no TSE, necessita de apoio equivalente a 0,5% do total de votos recebidos nas eleições para deputado federal, o partido não precisa entregar todas as listas certificadas nos tribunais regionais.
Ao final de seu voto, Ribeiro entendeu que o PSD entregou tudo o que era necessário, tendo conseguido cerca de 510 assinaturas --a lei exige 492 mil--, seguindo a relatora Nancy Andrighi. "A resolução não contraria a lei, apenas não cogitou da hipótese [de listas certificadas apenas pelos cartórios]".
Após o voto do ministro, o colega Teori Zavascki, que tinha votado pela realização de investigações, mudou de voto. Ele, Arnaldo Versiani, Cármen Lúcia e o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, também acompanharam a relatora. O único voto contra a criação do partido foi de Marco Aurélio Mello.
RELATORA
Na quinta-feira passada, Nancy Andrighi votou a favor da criação do PSD. Segundo ela, o PSD conseguiu comprovar que obteve o registro de diretórios regionais em 16 TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e que colheu 514,9 mil assinaturas de eleitores em apoio à sua criação da sigla --4,9 mil a mais do que contabilizou Marcelo Ribeiro.
O processo de criação da nova sigla ocorreu sobre fortes suspeitas de fraude na coleta dessas assinaturas, entre elas uso da máquina da prefeitura e fraude na coleta de assinaturas --algumas de pessoas mortas.
BANCADA
O PSD já nasce com 40 deputados federais em exercício --representando a sexta maior bancada da Câmara dos Deputados, ao lado do PP --mas planeja chegar a 52. Com a criação do novo partido, o DEM perde 17 dos 44 deputados em atividade, ficando com uma bancada de 27. Maior alvo do PSD, o DEM cai um ponto no ranking de bancadas, passando de sexta para sétima maior da Casa.
Oficialmente, o PSD tem 43 deputados eleitos e mais quatro suplentes. Mas sete de seus titulares estão licenciados para ocupar cargos de secretários em seus Estados. Por isso, na atual configuração da Câmara, ele fica com 40 deputados federais em exercício.

PT ESTÁ DIZENDO QUE O VEREADOR DR. CELSO PAIVA, ATENÇÃO, NÃO DEVE SER REELEITO - APROVEITE, CELSINHO, E CAIA FORA SEM PERDER O MANDATO

Tem alguns bobos que ainda caem na lorota petralha. A maioria desses é adepta do me engana que eu gosto PT. Acreditam, por exemplo, na lorota esfarrapada que o partido decidiu por 21 vereadores, afrontando a sociedade, porque os petralhas queriam, como dizem agora, maior "representatividade política" "pluralismo político-partidário". Ou seja, maior número de partidos representados na Câmara Municipal. De acordo com essa falácia "Claudinei e Dalton demonstraram porque precisam e devem ser reeleitos pelo PT", ao votarem por 21. Assim o outro petista, ainda, Dr. Celso Paiva, votou contra 21, demonstrou porque não precisa e nem deve ser reeleito. É o que estão dizendo, claramente. Eles são realmente um bando de safados e oportunistas, que de tão incoerentes acabam por se auto-desmentirem. Ou qual é a lógica: a Dr. Celscinho que teria votado contra "pluralidade" ou dos petralhas Claudinei e Dalton que teriam votado a favor dela. Dr. Celson Paiva agora, se quiser, pode alegar traição partidária e deixar os petrahas, sem correr o risco de perder o mandato - tem defesa. É só ele pegar essa justificativa e dizer que seu partido está trabalhando contra ele, está o traindo, está afirmando que ele não deve ser reeleito.

A seguir leiam a lorota petralha completa, que eles divulgaram:

Na tarde desta sexta, a direção do PT, pelo seu presidente, veio a público fazer a defesa da posição do partido a favor do aumento do número de vereadores para 21 e em defesa do voto partidário dos vereadores Dalton e Claudinei. Os dois trechos que me pareceram mais importantes estão descritos abaixo. 

Antes, um breve comentário. De antemão, quero dizer que acho a nota oportuna e necessária. E que acho legítima a defesa de posições, sejam quais forem. Especialmente posições coletivas e partidárias. A certa altura, a nota fala da falta de uma discussão de fundo sobre o tema, que merecia ter sido objeto de uma audiência pública. Concordo inteiramente com essa posição também, tanto que cheguei a defendê-la em entrevista ao Edvar Gamela. Seria uma oportunidade de contrapor ou conciliar a tese da 'representatividade', que o partido adota, com a da 'profissionalização', que defendemos aqui, por exemplo. De fato, não se deve temer a 'opinião pública', como a nota diz; mas é necessário disputá-la. Minha dúvida: ao perceber que o assunto estava sendo mal debatido e mal encaminhado, o próprio PT não poderia ter tomado a iniciativa de abrir e aprofundar o debate, não internamente, mas com a sociedade? Mesmo esta nota, ela não teria sido mais eficaz se publicada antes da votação na Câmara, buscando adesão à sua tese? Por último, acho que a nota cumpre o dever de fazer a defesa de vereadores que, mesmo em desacordo com as próprias opiniões, seguiram a orientação partidária.

NOSSA OPÇÃO POR 21
O diretório municipal do PT de Sete Lagoas optou pela aplicação da emenda Constitucional que garantia a Sete Lagoas 21 cadeiras no parlamento municipal. Fizemos o debate interno, houve quem defendeu opinião diversa, porém, prevaleceu a tese de que o partido deveria optar pela representatividade política. Predominou o argumento de que, com a ampliação das cadeiras, o princípio constitucional do pluralismo político-parditário estaria sendo respeitado pelo PT. Prevaleceu também o entendimento de que com 21 não haveria aumentos de gastos, mas repartição dos recursos.
Eleição também é matemática, tanto é verdade que se em 2008 fosse 21 cadeiras, legendas como (PC do B e PSB), e muitas outras teriam vagas garantidas. Pela a lógica dos grandes partidos, o PT deveria defender ou a manutenção de 13 ou no máximo 17. Mas o que prevaleceu no partido dos trabalhadores foi a vontade em garantir maior representatividade política. A decisão foi partidária e não individual.

VEREADORES DO PT: CLAUDINEI E DALTON
No mesmo sentido alguns veículos de comunicação (que também tinham interesse nesta votação) criticaram a votação dos vereadores do PT que seguiram a orientação partidária e votaram pelos 21. Porém, porque os críticos a 21 cadeiras não oportunizaram a sociedade sete-lagoana  pela existência de um debate a cerca da questão de fundo. Uma audiência pública que convocasse entidades de classe, partidos políticos, igrejas e o cidadão, não seria um caminho para a legitimidade. Pergunto por que em todo o país a mídia massacrou quem defendeu ampliação dos vereadores? Será que a mídia não sabia que não haveria aumento dos gastos? Será que existiu algum interesse externo no número de vereadores no Brasil?

Na verdade, Claudinei e Dalton demonstraram porque precisam e devem ser reeleitos pelo PT. Eles não pensaram apenas nos seus mandatos eles pensaram na vontade partidária, no sentimento dos nossos pré-candidatos, sentimento dos pequenos partidos e também deste [o presidente do PT] que subscreve que se fosse vereador também votaria 21 sem medo da “opinião pública”. Dalton e Claudinei não pensaram em garantir maiores recursos para seus mandatos, mas se colocaram dispostos a repartir o “bolo”.


Até quando vamos continuar nos iludindo ou deixando que nos iludam na questão do saneamento em Sete Lagoas? Mais quantos Ronaldos, Lairsons, Gilbertos terão que passar pela presidência do SAAE para nos rebelarmos contra este estado de calamidade?


Detesto ter razão, as vezes. Em 30 de março de 2009, fiz o post que segue em azul abaixo intitulado: "Tem algum líder aí, ou só um bom gerente?" Falava da falta que fazia um líder capaz reconhecer que a cidade não tem mais tempo para o SAAE se recuperar. E disse ironicamente: "o Eng. Ronaldo Andrade vai deixar o Saae tiníno: ágil, com uma frota de serviços recuperada, um SAC - Serviço de Atendimento -informatizado de última geração com gente bem treinada para receber as milhares reclamações, não faltará mais uniforme, haverá atendimento pela Internet e tudo mais que o homem for capaz de sonhar e executar de bom para fazer do nosso Saae uma 'empresa que dá certo', não é mesmo?" E foi feito muita coisa disso, Ronaldo Andrade melhorou o SAAE.

Mas infelizmente eu tinha razão como disse há 2 anos e meio isso não resolveria o problema do saneamento de Sete Lagoas. Era preciso alguém com a grandeza para reconhecer que fazer "o SAAE dar certo" não é resolver o passivo gigantesco do saneamento de Sete Lagoas. Ronaldo Andrade passou, foi-se embora, fez muita coisa boa para o SAAE mostrou como eu disse ironicamente com razão de novo: "É, vamos lhe conceder alguns anos, assim, ele mostra toda sua capacidade gerencial-executiva, e torna o nosso Saae uma autarquia altamente eficiente, que tal? Gente, paciência... vai continuar faltando água, o esgoto vai continuar voltando pra dentro de casa, mas o que é isso, temos que ter calma e deixar o homem trabalhar para nos provar suas 'ótimas idéias'."

Ronaldo Andrade foi um bom gerente, mas lhe faltou ser líder e mudar não o SAAE, mas o saneamento de Sete Lagoas. Ele fez um bom trabalho, mas poderia ter feito história. Sim é muito frustrante ter razão nessas coisas saber o que está acontecendo, antecipar acertadamente que as coisas vão continuar ruins. E elas continuarem ruins.

E aqui vai crítica uma pessoa que eu tinha bastante consideração. Falo do ex-secretário Gustavo Paulino que um dia me disse que com o SAAE eu teria um apelo para tratar, fazer política etc. Sua visão estava absolutamente equivocada a meu respeito. Eu não faço o que faço para fazer política e ter ao que recorrer como causa. Não eu faço o que faço para mudar e melhorar as coisas e não ter que voltar a elas.

A seguir a cópia do post que me referi acima na íntegra. Leiam e se façam uma pergunta: até quando vamos continuar nos iludindo e deixando que nós iludam na questão do saneamento em Sete Lagoas?


segunda-feira, 30 de março de 2009


Tem algum líder aí, ou só um bom gerente?

Leiam o que vai em azul, volto em seguida:
De novo? A Copasa parece ter reatado o namoro com Sete Lagoas, já se veicula na imprensa local a mídia simpática da empresa, já tem gente defendendo publicamente a vinda da empresa estadual, etc.

Penso, o assunto é prematuro, vinda Copasa ou da Andrade Gutierrez, enfim, de qualquer mudança. É preciso esperar o resultado do choque de gestão que o Saae iniciou, com o comando de Ronaldo Andrade.

Esse moço que dirige o Saae tem ótimas idéias, mostra ter competências para gerenciá-las, mas, convenhamos, as mazelas do Saae perduram há décadas, não há como organizar a Casa da noite para o dia
. Calma gente, é preciso dar tempo para o moço trabalhar. Depois façam as cobranças!

Voltei. O Ronaldo Andrade, o "moço que dirige o Saae" é este da foto ao lado. Vamos deixá-lo mostrar que é um bom gerente? É o que nos pede agora o seu mais novo neoamigo, João Carlos de Oliveira, no texto acima, publicado em sua coluna "Cornetando". É, vamos lhe conceder alguns anos, assim, ele mostra toda sua capacidade gerencial-executiva, e torna o nosso Saae uma autarquia altamente eficiente, que tal? Gente, paciência... vai continuar faltando água, o esgoto vai continuar voltando pra dentro de casa, mas o que é isso, temos que ter calma e deixar o homem trabalhar para nos provar suas "ótimas idéias". Depois desses anos o Eng. Ronaldo Andrade vai deixar o Saae tiníno: ágil, com uma frota de serviços recuperada, um SAC - Serviço de Atendimento -informatizado de última geração com gente bem treinada para receber as milhares reclamações, não faltará mais uniforme, haverá atendimento pela Internet e tudo mais que o homem for capaz de sonhar e executar de bom para fazer do nosso Saae uma "empresa que dá certo", não é mesmo?

Eita coisa boa que vai virá o "nosso patrimônio" só! O Saae vai resolver o seu problema e vai dar certo se a gente tiver, claro, a paciência que o dirigente precisa para "organizar" a Casa. Afinal, como assume o próprio texto acima "convenhamos as mazelas do Saae perduram há décadas, não há como organizar a Casa da noite para o dia".

Ou seja, nos estão pedido mais alguns anos, décadas talvez, de sacrifício, para que esse "moço", Ronaldo Andrade, possa mostrar que sabe trabalhar. Depois desse tempo certamente o Saae vai resolver o seu problema; o nosso é depois que as coisa miorar. Como disse conversei com Ronaldo e ele me pareceu, sim, um bom profissional, um ótimo gerente. E isso é realmente uma péssima notícia para Sete Lagoas. Por quê? Porque ele vai lutar para melhorar o Saae e provar para a cidade sua capacidade, já tem até o discurso na ponta da língua: "a cidade escolheu o Saae", disse na reunião da Câmara - eu não participei dessa decisão, você participou? -, mas não importa, agora nós seremos reféns da sua luta para provar que "o Saae pode dar certo", ele também, claro.

Sabe o que esse "moço" já provou para mim? Que bom gerente pode ser; líder não é. Se fosse teria a grandeza suficiente para reconhecer que o Saae precisa de tempo para SI RECUPERAR. E aí está o X da questão: a cidade não tem mais tempo para o Saae se recuperar, ela, a cidade, tem muito pouco tempo para construir/recuperar a sua infraestrutura de Saneamento Básico. O que são coisas bem distintas, não Sr. Ronaldo? Mais: a cidade não quer um gerente, exige um líder com a honestidade e a grandeza suficiente para reconhecer que o povo não pode ser mais refém de corporativismos, saudosismos, e, sobretudo, neste momento, de vaidades profissionais.

Tem algum líder aí, ou só um bom gerente?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Segue carta de uma eleitora de Maroca encaminhada ao blog


Sr. Prefeito Mário Márcio Campolina Paiva (Maroca)
Sou professora aposentada e tenho acompanhado, de perto, tudo que vem acontecendo na nossa cidade.
Votei no senhor por acreditar na sua honestidade, nos seus princípios morais, na sua boa índole, virtudes raras nos nossos políticos atuais, porém me surpreendi negativamente nos últimos dias com a sua postura e de seus assessores diante de fatos ocorridos no seu governo.
É notório o trabalho de alto nível, competência e profissionalismo realizado pelo recém- saído secretário de Saúde, o Sr. Jorge Corrêa.
Acompanhei todo o seu trabalho pelos jornais, pelos programas de rádio, pela internet e não tem como negar o grande benefício que ele trouxe para a Saúde Pública de nossa Sete Lagoas. Se ele abriu mão do cargo, ele deve ter tido os seus motivos e tem que ser respeitado, apesar de ser uma grande perda para a cidade, porém o que vi, foi o senhor e os seus assessores tentando tirar os seus méritos, tentando menosprezar o trabalho por ele realizado e tentando denegrir a sua imagem. Isto é, no mínimo, uma atitude mesquinha, pequena, desprezível que não condiz com a imagem que eu tenho do senhor, principalmente por ter conhecido o seu pai, um homem honrado, de caráter impecável que, tenho certeza, não aprovaria isto.
Se hoje o senhor está tendo a oportunidade de inaugurar tantas obras na Saúde, com certeza, deve-se ao esforço e competência do seu 
ex-secretário.
 Uma das grandes virtudes do homem, é saber ter reconhecimento e agradecimento, foi o que lhe faltou. Sinto-me envergonhada como cidadã setelagoana.
 Espero não ter lhe dado o meu voto em vão.
Sete Lagoas, 26 de setembro de 2011
Profª Sônia (bairro Santo Antônio)

Sete Lagoas e mais 13 cidades oficializam candidatura para hospedar seleções na Copa de 2014


A cidade de Sete Lagoas apresentou oficialmente ao Comitê Organizador Local (COL) a candidatura para ser um Centro de Treinamento de Seleções (CTS) para a Copa do Mundo de 2014. Os CTS são os locais escolhidos pelas seleções de futebol para treinamento até 15 dias antes do início da competição. Seis cidades do Estado já haviam sido pré-selecionadas como CTS: Araxá, Extrema, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Montes Claros e Uberlândia.

Além de Sete Lagoas, outras 13 cidades também apresentaram suas candidaturas: Caxambu, Caeté, Divinópolis, Formiga, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Lagoa Santa, Patos de Minas, Poços de Caldas, Sacramento, Uberaba e Varginha. As cidades aproveitaram a segunda oportunidade de inscrição aberta pela FIFA, que foi encerrada no último dia 16.Juiz de Fora aparece novamente na lista porque apresentou novas estruturas (novo hotel e novo centro de treinamento) em sua ficha de inscrição, o que é considerado uma nova candidatura.

Ao todo, foram apresentadas 19 estruturas, sendo que Poços de Caldas apresentou três e Sete Lagoas e Uberaba inscreveram duas cada. Três municípios formalizaram candidaturas pela primeira vez: Caeté, Lagoa Santa e Uberaba.

O secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa), Sergio Barroso, destaca a importância de levar a Copa ao interior do Estado. “A escolha de uma cidade como CTS representa benefícios perenes à região. O título atrai turistas, gera mais empregos e expõe a cidade numa vitrine mundial, fortalecendo a sua imagem”, diz.

Quem não for escolhido nesse segundo momento poderá se adequar e tentar novamente em 2012. No primeiro semestre de 2013, a FIFA pretende lançar um catálogo com, no mínimo, 64 opções de cidades, podendo chegar a 90. A definição dos locais de treinamento das 32 equipes, porém, é de responsabilidade exclusiva das comissões técnicas das seleções. 

A escolha de um CTS está baseada em critérios rigorosos de avaliação de hotéis, aeroportos e campos de treinamento como:
Hotel. O hotel deve ter disponibilidade de mínimo de 55 quartos com ar-condicionado ou aquecedor (considerando o clima na região nos meses de junho e julho). Algumas seleções podem precisar de 100 quartos ou mais. O serviço de restaurante deve atender, no mínimo, 55 pessoas, estilo Buffet, que seja reservado 24 horas para uso exclusivo da seleção. A sala para conferência de imprensa deve ter estilo cinema e capacidade mínima de 100 pessoas.
Aeroporto. A cidade deve ser próxima de um aeroporto, com capacidade para receber aeronaves de aproximadamente 120 passageiros e que permita vôos noturnos. As seleções exigem uma distância máxima de até 60 minutos de deslocamento Hotel-Aeroporto, via ônibus.
Centro de treinamento. O centro de treinamento deve ter, pelo menos, um campo em excelentes condições e medidas oficiais, além de SPA, piscina e área fitness.  O tempo de deslocamento hotel-centro de treinamento, em ônibus, deve ser de, no máximo, 20 minutos.

domingo, 25 de setembro de 2011

COMO EU DISSE EM 2009 (LINKS ABAIXO): "Que Luxo! Ou: que lixo! O SAAE agora tem água ENVASADA (DO COPINHO). Mas é prá pouquíssimos. Um luxo EXCLUDENTE E ELITISTA"


  • VEJAM A INFORMAÇÃO DE ENDA FERNANDINO, COMENTÁRIO DE RAFAEL E O MEU:

    • Enda Márcia Fernandino SOLICITAMOS AO SAAE, COPOS DE ÁGUA PARA AS CRIANÇAS QUE IRIAM PARTICIPAR DE UM PROJETO SOCIAL DO ROTARY MUCURI E A RESPOSTA QUE OBTIVEMOS FOI QUE SÓ FORNECEM ÁGUA PARA O EVENTO QUE O SR. PREFEITO COMPARECE!!!!!!!!! LAMENTÁVEL!!!!!!!!!!!!! ESSA É PARA VC, AMIGO LEONARDO...
      há 2 horas ·  ·  2 pessoas

    • Rafael Lavarini na verdade o saae nao tem fornecido agua de forma alguma ne...
      há 2 horas ·  ·  2 pessoas

    • Leonardo Barros 
      Enda Márcia Fernandino Ótimo esse fato que vc trouxe. Quanto eles criaram o envasamento de água no copinho fiz estas críticas antecipando o que viria, disse era uma iniciativa de luxo para uma autarquia, que como falou Rafael Lavarini não fornece "água de forma alguma" a população em quantidade e qualidade. Escrevi alguns textos em 2009, sobre esse verdadeiro afronta doSaae Sete Lagoas alguns estão nestes links http://bit.ly/o2Du04http://bit.ly/nAT7JX http://bit.ly/mTqtSH http://bit.ly/rrc3rE E veja que absurdo ainda maior: Maroca queria, acredite, comercializar essa água envasada (do copinho) veja aqui http://bit.ly/qZNY0r Aí denunciei, então, eles recuaram. Bem, obrigado pela informação que vou usá-la depois em matéria do blog - acho que vc conhece um pouco da nossa longa luta pela água.

      www.leonardobarros.com
      O cidadão comum esse terá que ou se sujeitar a beber água sem passar pelo “sistema” especial, essa que o leitor Julio José de Melo diz que dá vontade de vomitar ou mete a mão no bolso e compra água mineral, como faz quem pode. Esse, amigo leitor, é o risco para o qual eu vivo alertando de se ter uma...

ENTREVISTA DO PREFEITO MARCIO LACERDA AO JORNAL O TEMPO PUBLICADA HOJE

Descontraído e entusiasmado com a gestão, em entrevista exclusiva para O TEMPO, ele defende uma aliança formal entre seu partido, o PSB, com PT e PSDB. Diz que o mote da campanha serão as obras e que gostaria de ter um vice mais agregado

 O senhor vai fazer o anúncio da sua candidatura em dezembro?

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Essa coisa se antecipou muito por causa da pressão da imprensa. Um pergunta, o outro pergunta, daí um fala uma coisa, o outro vai e responde, aí, tem uma movimentação. Eu preferiria ter começado a lidar com esse assunto em 2012. Mas houve toda essa antecipação e a gente tem que se mexer. O que eu venho fazendo desde fevereiro, março, quando me perguntavam se era possível reeditar essa aliança, daí eu dizia: olha, se as eleições fossem hoje ou daqui a quatro meses, eu diria que era praticamente impossível, mas, daqui a oito meses, poderá ser diferente. Então, esses oito meses se passaram e, agora, a realidade é outra.

Por quê?

Porque as cúpulas dos partidos refletiram bem e entenderam que era melhor para todos, principalmente porque - e isso a gente repete sempre - a cidade votou na aliança, a aliança está dentro da prefeitura e trabalhando harmonicamente. Se um partido sai e vai criticar um trabalho do qual ele participou, então, ele vai ter que trazer uma proposta nova, o que não é fácil. Então, eu tenho muito receio de antecipar muito as coisas e prejudicar a gestão. Se houver um rompimento entre partidos aqui dentro, é ruim para a cidade.

Mas os partidos estão mais tranquilos?

Claro que sim. Mas tenho que tomar cuidado. Fica aquela coisa - algodão entre cristais - para que realmente não seja dado nenhum passo agressivo. Você sabe também como os partidos são. Você pode até chegar à convenção de junho e ter uma surpresa. Pode ter alguma mudança enquanto a convenção de junho não chegar e dizer: "olha, a nossa chapa é esta".

A situação com o PT agora é inversa à de 2008?

É, em 2008, o diretório municipal e o estadual queriam a aliança e a direção nacional do PT não queria. É a questão da informalidade. Agora, a questão é diferente, o clima na direção nacional é a favor da aliança formal, inclusive. E tem aí um setor dentro do PT que polarizou, mas a gente entende que isso é negociável. Então, o fato novo em relação a isso, pelo quadro atual, é que parece que a gente vai ter candidato do PMDB, do PV e vamos ter a nossa. Hoje (quinta-feira) veio o pessoal do PR pedir para marcar uma reunião aqui. Eu tenho que me reunir com PPS, PTB e esses outros que nos apoiaram. Com o PRB adiantamos bem a conversa.

O senhor acha que vai fazer uma aliança muito mais ampla do que a de 2008? 

Em relação a 2008, o que nós temos de diferente, até agora, é o PCdoB e só, por enquanto. O PDT é uma incógnita, a gente não sabe ainda. Eles iam participar do governo, mas tiveram um recuo que partiu deles, não foi nosso. E o PRB, que esteve com o PCdoB na outra eleição. Na realidade, é uma aliança para a cidade, porque esse pessoal todo já coopera para o nosso governo através da Câmara. Com exceção de alguma ou outra posição mais política e ideológica do PT e de alguma posição pequena do PMDB, a Câmara tem uma posição de parceria conosco. E esses partidos estão todos lá. Então, assim, não é um aliciamento. Não é isso, eles já estão aqui.

O quanto a presidente Dilma está influenciando nessa reedição da aliança? 

Eu vejo a presidente Dilma da mesma forma que o presidente Lula, na posição de magistrada que tem que olhar o interesse do país. Em 2008, o presidente Lula deu a bênção para a aliança aqui em Belo Horizonte. E ele tinha conhecimento, até onde eu sei, das articulações que eram feitas pelo Pimentel, Aécio, Ciro e o Eduardo Campos. Antes mesmo de eu saber, Lula já sabia e participava. Dilma, tal como o Lula, tem esse papel. Mas foi noticiado que ela via com bons olhos a aliança. E é verdade. Assim como o Lula, que esteve aqui e, daí quatro dias, fui visitá-lo com o Walfrido, em São Paulo, e conversamos por quase duas horas. O próprio Aécio e o Eduardo Campos, todo mundo é favorável. A nossa conversa com o PSDB foi muito boa, tanto com o estadual quanto com o municipal. O Walfrido tem me ajudado, mas o ritmo, a estratégia, está sendo conduzido por mim.

É uma posição difícil ficar aí no centro de uma aliança tão difícil entre o PT e o PSDB? A convivência com o PT municipal e com Roberto Carvalho está difícil? 

Olha, o Roberto Carvalho é pré-candidato desde o início de 2009. A gente tem notícia das movimentações dele, desde o primeiro mês, conversando com vereadores. Ele foi convidado e participou de todo o planejamento nosso, seja no detalhamento do mandato como no planejamento estratégico. Quase não falou, mas esteve presente nas reuniões. Ele recebeu tarefas importantes para cuidar de assuntos da região metropolitana, da questão de idosos e da juventude. Mas não teve muita motivação para isso. A motivação dele foi sempre mais para a articulação política. Até um ano atrás, ele participava, nós temos uma reunião toda segunda-feira de coordenação política. Ele participou até um ano atrás, depois, não veio mais. Então, não tem assim nenhum conflito pessoal com ele. Tem diferentes projetos, vamos chamar assim. Eu acho que o PT reconhece que nós ampliamos os projetos sociais e inovamos em algumas coisas. A gestão participativa, nós ampliamos, demos uma avançada. Então, assim, eu não sei qual é a crítica. O PT municipal está orientando a bancada a votar contra as Parcerias Público-Privadas (PPP). E as PPPs foram aprovadas nas instâncias da saúde, da educação, inclusive na Conferência Municipal de Saúde. Então, é uma questão mais política mesmo. Seria muito importante ter o PT conosco. Eu acho que vai dar certo.

O senhor gostaria de ter um vice mais entrosado para a próxima campanha? 

Naturalmente, eu acho que o perfil do vice tem que ser um perfil de gestor com sensibilidade política. E que seja agregador não só dentro do seu partido, mas na relação com os outros partidos. Então, ter um vice que hostilize companheiros de aliança não seria bom.

Mas o senhor tem alguma preferência?

Não. Eu acho que tem que ser uma escolha do PT.

O pessoal fala sobre o Miguel Corrêa, o senhor gosta dele? Gosto, eu gosto do Miguel. Mas é aquela história, a decisão é do PT. Mas eu não tenho nenhuma restrição ao nome do Miguel não.

O senhor está apostando em uma aliança formal com PT e PSDB? 

Claro, claro. E o PPS também.

E o vice tem que ser do PT?

A proposta é essa, e o PSDB concorda com isso.

Vamos supor que o senhor seja reeleito, como que o senhor vai fazer em 2014?

A questão municipal é muito diferente da estadual e da nacional. Nós tivemos a aliança em 2008 e, em 2010, eu estava de um lado para governador e de outro lado para presidente. Esse é um aspecto. Outro aspecto é que, na eleição municipal, a cidade não está preocupada com questão ideológica. Há um consenso sobre o que é o melhor para a cidade. Eu acho que vamos chegar a 2012 com uma boa marca de cumprimento de metas. Interessa, então, aos partidos estarem associados a esse bom momento da cidade. Agora, para 2014, o ideal seria esse: eu estar na prefeitura e o meu partido estaria tomando alguma decisão em relação à eleição estadual e à eleição para presidente. Eu vou influir nesse processo, mas não posso antecipar o que vai acontecer.

O senhor não teve que escolher para 2010 e não vai ter que escolher agora para 2012, mas admite que em 2014 vai ser mais complicado? 

Deixa eu ganhar a eleição de 2012 primeiro.

Falam do nome do senhor, inclusive, como candidato ao governo para 2014. Primeiro, eu acho que a prefeitura é uma experiência fascinante. Do ponto de vista de realização, e todo político fala isso, a melhor experiência da vida foi ser prefeito. Porque você vê o resultado do seu trabalho muito próximo, a demanda do seu trabalho também é mais próxima. No governo do Estado, é uma coisa mais distante. O governo federal, então, é muito mais. Aqui a gente consegue mobilizar as pessoas para resolver um problema. Veja bem, tem tanta coisa para fazer e a gente está construindo tanta coisa boa para a cidade...

O senhor está dizendo que não gostaria de sair da prefeitura em 2014? 

Não, realmente eu não gostaria. Eu falo isso de coração. É um trabalho que você vai construindo, construindo. A cidade é algo que tem uma construção difícil, uma costura minuciosa. O resultado não aparece de imediato. Tem tanta coisa sendo preparada e que só vai aparecer no futuro.

Então, o senhor quer completar um eventual segundo mandato? Ah, sim. Certamente! O governo do Estado não é algo que eu tenho no meu coração, não está na minha cabeça. Eu acho até que a cidade não gostaria disso.

O que o senhor acha que vai ser a marca do seu governo numa eventual campanha no ano que vem? O senhor acha que vai ser conhecido como o prefeito que fez obras?

Olha, eu acho que é o mote central do meu discurso, se eu tivesse que decidir hoje. O diagnóstico, em 2008, era esse: "nós queríamos fazer isso aqui e fizemos isso. Fizemos isso aqui e mais". Teve coisa nova que a gente nem pensou. Para você ver: a questão de inundação, de enchente, em 2008, ninguém fala disso, embora a gente já tivesse inundação na cidade, mas não era coisa pesada. De repente, entrou na agenda e a gente teve que ir buscar recursos e gastar recursos que não estavam previstos. Tem essas surpresas. Então, nos comprometemos com isso, fizemos isso e o nosso programa para os próximos anos é esse. Então, acho que o discurso tem que ser esse e é bem prático mesmo.

Então o senhor vai trabalhar mesmo a questão das obras, dos projetos para a cidade? Não só obras. Se você, hoje, entrar em uma reunião de idosos, eles vão dizer: "essa administração fez muito por nós". E o que você vai ver não é obra. Tem uma obrinha aqui, outra ali, academia da cidade, mas tem, assim, uma série de coisas que levou o idoso a falar: "opa, estou mais protegido". Para as crianças, a gente avançou muito na educação. Se você perguntar aos médicos da cidade que lidam com saúde pública, é a mesma coisa. Vai ter um ou outro funcionário da prefeitura que critica, mas é um ou outro. A classe médica, de modo geral, diz: "olha, estou com você, prefeito".

Quando o senhor foi candidato em 2008, tinha um segmento do funcionalismo público que não o apoiava e que até veio a público falar disso. Como que é a relação hoje com o funcionalismo público? O senhor não enfrentou muitas greves... 

Não, nós tivemos greves. Eu não tenho negociações diretas com sindicato. Eu sempre delego as negociações, mas acompanho passo a passo. Sempre procurando manter uma postura, digamos, "soft" no processo. Embora não tenhamos tido greves políticas assim. Como a gente implantou várias coisas novas, um programa de saúde do servidor público é uma coisa nova que nós fizemos. Estamos implantando o sistema de previdência da prefeitura, que não tinha. Estamos introduzindo em algumas carreiras o salário variável, introduzindo na guarda municipal, nos agentes de saúde, no pessoal de zoonoses. Vamos ter. Na auditoria, já foi aprovada. Resolvemos questões de várias categorias do funcionalismo que estavam amarradas há muito tempo. Na verdade, o passivo de pendências era muito grande. Mas, felizmente, o custo da folha tem subido menos do que o crescimento da arrecadação. (Carla Kreefft)