quarta-feira, 15 de julho de 2009

É preciso acabar com esse absurdo

(Leiam primeiro o post abaixo)
Como sabem alguns sou casado com uma servidora pública estadual, ela trabalha na secretaria de Educação do Estado de Minas, e como sabe todo mundo o salário do funcionalismo é modesto. Ela tem como função ajudar as escolas sob sua coordenação como o Arthur Bernardes a implementar as políticas do Estado dentro da unidades de ensino. Apesar de exercer uma função chave na cadeia educacional ela ganha em torno de um quinto que uma pessoa da iniciativa privada que exerca um cargo da mesma importância. Além disso as condições são muito restritas: em sua sala de trabalho na Superintendência de Ensino, por exemplo, só há um computador para toda a equipe pedagógica, o uso do telefone para o TRABALHO é racionalizado, e até o número de viagens para atender as escolas dos municípios próximos é limitado. Tudo isso é para conter gastos.

Não, nada contra a racionalização dos gastos e o gerenciamento de custos. É certo que se busque mesmo o maior ganho de produtividade possível. Agora o que não é certo são os servidores para realizarem o trabalho fazerem uma economia tamanha e assistirem aos senhores senadores da Republica esbanjando dinheiro público a torta e direita. Vejam, agora que vieram a tona essa enxurrada de notícias sobre os absurdos que se comente na Câmara Alta, testemunho a sua frustração e o seu lamento de "nós termos que fazer tanto sacrifício" para trabalhar enquanto eles, senadores, políticos, vivem com tantos privilégios... É mesmo desestimulante.

E sua indignação que também é a de centenas de milhares de outros servidores por todo Brasil é totalmente compreensível, não é mesmo? Como aceitar uma situação tão absurda quanto esta, onde uns queimam dinheiro público e outros mal têm recursos para trabalharem em um mesmo país? Nem falo agora de outras classes de trabalhadores que também são injustiçadas, mas sei que se quisermos ser uma nação de verdade está na hora de começarmos enfrentar esses absurdos.

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