terça-feira, 27 de outubro de 2009

Não é R$ 100 milhões, é muito mais

A poucos dias eu disse aqui que o SAAE seria um patrimônio de R$ 100 milhões de dívida, depois de contratar o empréstimo do BNDES. Estava errado. É bem mais. No calculo mais modesto que fiz com ajuda do competente contador Aluísio Barbosa Jr., o valor fica próximo de R$ 150 milhões, projetando um juro mínimo e com juro normal de mercado, em torno de 7%, a quantia chega próximo de R$ 270 milhões. Não sabemos ao certo quanto é, o governo Maroca não deixou isso claro, até agora.

Mas vocês estão vendo esse quadro abaixo, pois então ele é a projeção de despesas do Plano Plurianual Anual (PPA) da Prefeitura, e como podem ver em 2013, a dívida salta de 10 milhões para 22 milhões - e, creio, neste primeiro ano os pagamentos vão atingir somente alguns meses. É último item da tabela do lado direito, em baixo. O próximo gestor é quem vai ter que se virar para arcar com a decisão de endividamento de hoje, que considero uma tragêdia para as finanças de Sete Lagoas. Esse número quando foi apresentado na Audiência Pública, que tratou do PPA, na semana passa, criou alvoroço. É, pelo menos números sensibilizam e assustam.

E não é para menos, ele significa que as finanças da cidade estarão comprometidas, por 20 anos, com o pagamento da DÍVIDA SAAE. Endividamento que não resolve definitivamente a questão da água e nem tem um centavo para esgoto. Dessa forma bay, bay valorização dos servidores, investimento educação, saúde diretamente, assistência social... Ou seja, o cidadão-contribuinte além de estar financiando a dívida através Taxa de Resíduos Sólidos, vai estar pagando também com o sacrifício da restrição orçamentaria com baixo investimento público, porque o próximo gestor está obrigado a arcar com uma obrigação dívida estranguladora.


Em tempo, vou com outros colegas para São Paulo, a convite da IVECO, à noite já estarei de volta.

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