quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Reunião na Câmara de BH termina em pancadaria


Vereadores, com receio, deixaram plenário para que sessão terminasse. Tumulto. Confronto foi entre grupo ligado ao MST e camelôs da capital

Por EZEQUIEL FAGUNDES, no O Tempo:
A reunião ordinária realizada ontem na Câmara Municipal de Belo Horizonte foi suspensa logo após o início da sessão por falta de quórum. O esvaziamento foi provocado por um tumulto generalizado ocorrido na Casa, envolvendo integrantes de movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores, que ocuparam as galerias da Câmara.

No plenário da Casa, militantes do Movimento Brigadas Populares entraram em confronto com camelôs da capital. Rapidamente, a galeria da Câmara transformou-se em um verdadeiro ringue, tomada por manifestantes, que exibiam faixas de protesto e gritos de ordem direcionados contra parlamentares.

Houve troca de socos, cotoveladas e ponta-pés até a chegada dos seguranças do Legislativo municipal. A Polícia Militar (PM) teve que ser acionada para conter o tumulto. Até o início da noite de ontem, os policiais estavam aguardando a saída de membros das Brigadas Populares das dependências da Câmara. Alguns diziam que iriam passar a noite na sede do Legislativo.

Entenda o caso. Ligados ao MST, o Brigadas Populares reivindica a retirada do artigo 13 do projeto de lei nº 728/09, que autoriza o Executivo municipal a doar terrenos ao Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Segundo o dispositivo, as famílias que invadirem terrenos públicos ou particulares a partir da data da publicação da lei não serão contempladas pelo programa federal.

Já os camelôs da capital protestavam a favor da aprovação do projeto de lei nº 639/2009, que permite o uso dos espaços dos shoppings populares sem o pagamento de aluguel.

O confronto entre os grupos começou quando as faixas de protesto foram arrancadas do corrimão da galeria. Como a confusão foi generalizada, a polícia não conseguiu concluir quem iniciou a série de agressões.

Prevendo o clima tenso, os vereadores da capital resolveram esvaziar, intencionalmente, o plenário da Câmara, apesar de terem 62 projetos de lei na fila para serem apreciados. Mais

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