terça-feira, 16 de março de 2010

OS CINCO PONTOS DE VANTAGEM DE SERRA NO IBOPE


A pesquisa CNI-Ibope, cujo resultado será divulgado na quarta-feira, deve trazer o tucano José Serra cinco pontos à frente da candidata petista Dilma Rousseff. Os números, assim , estarão próximos do levantamento divulgado pelo Datafolha no dia 27 do mês passado, com dados colhidos nos dias 24 e 25: Serra estava com 32% das intenções de voto, e Dilma, com 28%.

Pouco mais de duas semanas depois, os petistas esperavam comemorar o empate de fato — e ainda não será desta vez — ou “a virada”, ainda que dentro da margem de erro. E, nesse sentido, ainda que se possa dizer que os números do Ibope confirmam os do Datafolha, os “companheiros” ficarão um tanto frustrados.

Setores da imprensa que já decretaram a vitória de Dilma continuarão na toada de sempre. Vão comparar os números de agora com o levantamento anterior do Ibope feito para a CNI e anunciar: “Serra está em queda, Dilma está em ascensão”. Alguém então me indagaria, arqueando as sobrancelhas para marcar a obviedade: “E não é?” Em relação ao Datafolha — e estando certos os dois institutos —, a resposta é “não”.

Repito aqui o que disse no programa “Entre Aspas”, da Globonews: o cenário mais realista para o início da corrida para valer é mesmo o empate dentro da margem de erro, podendo qualquer um deles estar numericamente na frente. Mais: enquanto Dilma não chegar a 33% das intenções de voto, está abaixo do potencial eleitoral do seu partido.

Ainda sobre a abordagem que se fará: há 15 dias, o Datafolha trazia quatro pontos de diferença em favor de Serra, e a leitura que se fez foi esta: “Dilma sobe; Serra cai”. Duas semanas depois, o Ibope trará uma diferença de cinco pontos, e a abordagem será (já foi hoje): “Dilma sobe, Serra cai”. Não sei se vocês atentam para a graça da coisa. O que petistas, governistas e… jornalistas não confessam é que se surpreendem com a resistência de Serra: dado o massacre da máquina governista, apostavam na liderança de Dilma a esta altura do campeonato. Por Reinaldo Azevedo.

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