quarta-feira, 24 de março de 2010

DO NOVO LÍDER AO NOVO GOVERNO MAROCA


Marcelo da Cooperseltta (PMN) estreou oficialmente ontem como líder do prefeito na Câmara rebatendo, com personalidade, o "amigo" Caio Dutra (PMDB). O pemdebista ao ocupar a Tribuna disse que torcia para que "eles [Governo] não fizessem com você, Marcelo, o que fizeram com o ex-líder do prefeito, o vereador Renato Gomes": que foi "fritado". Marcelo respondeu pelo ex-líder, que permaneceu impassível, que ele não foi fritado. Será que não foi mesmo? Atenta ao debate uma assessora parlamentar emendou "ele não foi fritado, mas frito". Não lhe perguntei qual era a diferença, mas o fato é que Renato fez de conta que era o líder, e o prefeito fez de conta que tinha um líder, não é mesmo?

Adiante. O novo líder tem um estilo muito distinto do anterior, mais combativo e voluntarioso, além de mais sintonizado com o Executivo. Não, não estou afirmando que a parceria vai vingar, porém....

Porém ele chega num momento comparativamente muito melhor para o governo. Não que eu concorde que a gestão melhorou como querem fazer acreditar alguns, mas é evidente que o cenário econômico de Minas melhorou e, assim, o governo Estadual pode como já anunciou aumentar o investimento na cidade, cobrindo a lacuna municipal. Ademais, a entrada da velha guarda já arrefeiçou seus ânimos que estavam aflorados por não ter sido acomodada na maquina da prefeitura como sempre ocorreu de gestão em gestão há uns 25 anos pelo menos. Assim, a verdadeira mudança que aconteceu do primeiro para o segundo ano na gestão Maroca foi a volta ao de costume. Diante da inoperância do líder pode até ser uma alento para sociedade que se decepcionou em ter votado “na mudança”. Dessa forma, é como se tudo voltasse ao que era antes da população se aventurar na canoa do Maroca.

Aliás, animadinhos eles já ensaiam um clima de triunfalismo, aproveitando-se dos recursos aportados aqui graças à mérito do Governo Aécio Neves em fazer acontecer. Neste ambiente é provável que o novo líder de perfil entusiástico, mas pouco disposto enfrentar qualquer desgaste junto ao "povo" seja o Cara adequado para ajudar sustentar o clima de euforia. Acho que vamos entrar num período de calmaria política, com a oposição que não é assim uma oposiçãããão e atua tática e eventualmente, e não de forma estratégica também abaixando o tom, se também não aproveitar o ambiente para aderir. É possível.

Para encerrar o maior risco que avisto é o de um governo que é claramente patrimonialista, loteado entre diferentes grupos de interesse, que vai da esquerda sindical ao antigo coronelismo passando pelo grupos tradicionais familiares mais nostálgicos, sem um líder personalista que o perfil desse tipo de velho governo pressupõe. Diante de tal arranjo esquizofrênico o mais certo é assistirmos a um autonomismo interno sem precedentes na cidade, até que o caldo entorne. Neste cenário é bem possível que venhamos a testemunhar um arranca cabo, uma verdadeira guerra, com cada um por sim, e todos "em nome do povo" contra o...

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