quarta-feira, 17 de junho de 2009

Algumas causas da crise de governabilidade em Sete Lagoas

Maroca se valeu da possibilidade de colocar parentes no primeiro escalão para praticar o nepotismo legal. Seria como se o governador Aécio Neves usando dessa prerrogativa colocasse nas principais secretarias os seus parentes mais próximos e desse a um irmão DUAS secretárias, a exemplo do que fez o prefeito Maroca que colocou na secretária de Obras o seu irmão Paulo Rogério e na secretária de Infra-estrutura... o seu irmão Paulo Rogério. Quer dizer, ele deu ao irmão super poderes. Agora imagine qual seria a reação do Estado de Minas a esse possível afronta moral e profissional? Tenho certeza que seria o mais alto repudio e desprezo ao governador Aécio Neves.

Bem, Sete Lagoas não é o Estado de Minas, mas é Sete Lagoas, uma cidade que caminha para 300.000 habitantes. Esse tipo de escolha pela ocupação familiar do poder certamente é uma das maiores fontes de insatisfação com o governo Maroca. Afinal, será que a sociedade o teria eleito caso soubesse que ele colocaria sua família para administrar? A cidade não é propriedade particular e mesmo as empresas particulares procuram cada vez mais profissionalizar a gestão, não é fato? Uma parte dos problemas que a gestão Maroca enfrenta pode ser explicada pelo divisão de poder familiar.

Outro problema está na falta de articulação política. Como devem se lembrar a eleição foi disputada por 4 grupos políticos: PMDB, PSDB, DEM E PSB. Porém acabou a eleição o grupo vencedor se isolou totalmente, até mesmo o vice-prefeito foi posto de lado no primeiro momento. Ora, é claro essa arrogância também se traduz em fonte de insatisfação. Vejam, que antes da eleição se falava em "união das oposições", sim, eu sabia como disse na época que era apenas uma tentativa de despolitizar o pleito e não fazer um debate político de verdade. O que acabou mesmo acontecendo, mas pelo fraco desempenho dos candidatos. Mas se a união precitada era um erro, a somatória de forças políticas posterior a eleição era salutar para a cidade e para governabilidade. E não me refiro nem a divisão de poder não, mas a desejável gesto de humildade e busca de cooperação para o bem da cidade. Essa iniciativa era fundamental e não foi feita.

E as proposições e ações do governo? Eles não dizem nem o que pretendem fazer. Exceção é a secretaria de Saúde que foi clara nas intenções, porém, esta devendo o Hospital Regional que nem da prancheta ainda saiu para o papel. Falta o projeto FINAL que nunca fica pronto. Ah, quanto ao saneamento, Maroca sempre diz que vai tentar fazer o SAAE dar certo antes de pensar em outra solução, acontece que como já dito o SAAE resolver os seus problemas é bem diferente de ele resolver os problemas da cidade. Vejam que não tem dinheiro nem para comprar a frota de veículos que precisa a autarquia, imagine então os milhões e milhões que Sete Lagoas precisa para começar a fazer sua infra-estrutura de saneamento? E o governo Maroca vai continuar insistindo nessa opção????? Quer dizer as coisas não acontecem e tudo está aí parado.

Claro, eu poderia elencar mais uma enorme lista de erros, mas vou poupar o leitor. Esse governo precisa entender que o tempo esta se esgotando, a sociedade está a cada dia mais decepcionada e aflita por respostas que eles parecem não apenas não conseguir dar, mas não querer dar.

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