domingo, 21 de junho de 2009

A opinião do Escritor Sete-lagoano J. B. Drummond sobre o fim do Diploma Para Jornalista. E o Novo-Velho Brasil das PESSOAS MELHORES QUE NÓS

O escritor, J. B. Drummond, mandou ao blog o texto que vai abaixo em azul, é a sua opinião sobre diploma para jornalista, uma boa reflexão sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de acabar com a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Vale a pena ler. Ah, sim, minha opinião? Não sou contra o diploma para jornalista como também não sou contra o jornalismo sem diploma. O importante é que seja jornalismo.

O escritor João Drummond que em maio publicou dois livros: Palavras Flutuantes e Na Linha do Tempo, enviou seu comentário ao post onde critico o ministro Hélio Costa que diz ter ficado “muito triste com isso [fim do diploma], porque sou um defensor do diploma de jornalista.”

Mas por incrível que pareça ele, o famoso jornalista Hélio Costa, diz isso sem ter diploma. “Comecei minha carreira aos 16 anos. Sinto que é muito importante ter uma formação acadêmica para desempenhar uma profissão tão importante.” Ora, se ele pensa assim porque aceitou a oportunidade de fazer jornalismo uma vez que não tinha formação? Por exemplo, outro jovem hoje como ele que tenha o mesmo talento para o jornalismo, mas não tenha também o canudo deveria ser diferentemente dele impedido de trabalhar?

Quanta vigarice do jornalista não-diplomado Hélio Costa, não é fato? Afinal ele mesmo é a prova reluzente que não é preciso diploma para ser um excelente jornalista. Mas ao dizer isso não sendo ele um diplomado, Hélio Costa dá mais uma prova contundente de que o governo operário do PT de Lula veio para revitalizar o velho Brasil feudal, onde alguns são mais iguais que os outros. Como Lula deixou bem claro isso ao dizer que o Sarney “não pode ser tratado como se fosse uma pessoa comum”.

Óbvio que o próprio Lula também não se considera uma pessoa comum, ao contrário do diz a lenda corrente de que ele é gente do povo. Não é não, ele apenas usa a fachada de povo para ser cada dia menos povo e cada vez mais um senhor feudal membro nobre do novo-velho país lulopetista. E vale ainda dizer que a declaração de Lula em favor de Sarney não é nem um pouco de ignorância como imagina alguns ignorantes sobre Lula; e nem tanto é calculo, é a sinceridade companheira entre os mais iguais que nós "pessoas comuns".

É, acabei me estendendo um pouco mais que deseja nessa introdução, mas acho que valeu a pena. Agora leiam o comentário inteligente que o escritor João Batista Drummond enviou ao blog, este talento que ainda está para ser melhor descoberto, como acabo de fazer.


JORNALISTAS SEM DIPLOMA

Por João Drummond (foto)

A nobre profissão de jornalismo carece de diploma para ser exercida?

O Tema é polemico e vem dominando as rodas de debates depois que o Supremo votou contra o diploma.

Os argumentos contra e a favor se multiplicam e a Internet promete se transformar num ringue virtual de vale tudo onde todos os golpes são validos e as regras da baixaria ficam a critério dos moderadores.
Pessoalmente acho que o debate sobre o tema está mal direcionado. Neste caso um diploma por si só não qualifica ninguém, assim como sua ausência também não desmerece.

Podemos por exemplo pegar uma pessoa que se comunica com dificuldades e aplicar-lhe muitos diplomas e isto não vai transformá-la num bom jornalista.

Por outro lado sabemos de pessoas que não tem nenhum estudo e são extremamente comunicativas.

Acho que exatamente por ser uma profissão que exige independência e coragem ela não deve ser enquadrada nas regras acadêmicas.

Alguém já pensou em exigir diplomas de um poeta ou escritor. Já pensaram se fosse exigido de um Carlos Drummond de Andrade, ou de um Jorge Amado um diploma daquela atividade em que eles mais se destacaram?
Um diploma pode vir a ser mais uma qualificação de um jornalista, mas não pode nunca ser argumento para se tolher a expressão de um talento autentico.

A única coisa que a obrigatoriedade de um diploma neste caso pode fazer é instituir a mediocridade e a burocracia (Ou será burrocracia?) num campo de trabalho que exige ousadia, coragem e independência.

E não me venham comparar com profissões que requerem técnicas apuradas para a defesa e preservação da vida. O único estrago que um mau jornalista pode fazer (com ou sem diploma) é na sua própria carreira ao ser rejeitado pelo editor-chefe e pelo leitor.

Enfim este é mais um caroço para este angu indigesto.

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