terça-feira, 23 de junho de 2009

Senadores querem Sarney fora da presidência da Casa

“Vossa excelência não precisa sobreviver, quem precisa sobreviver é o Senado”
Por Eugênia Lopes, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu nesta segunda-feira, 22, o afastamento do senador José Sarney (PMDB-AP) da presidência da Casa por 60 dias, até que todas as denúncias contra o Senado sejam apuradas. "Espero que ele se afaste e passe o cargo para o vice-presidente do Senado (senador Marconi Perillo)", disse Buarque em discurso no plenário. A avaliação do senador é de que as denúncias estão sendo apuradas em ritmo muito lento.
Mais cedo, em entrevista ao estadao.com.br,o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse pertencer ao "bloco dos indignados" em relação à revelação de atos secretos na Casa e contou entender como "uma espécie de chantagem" a divulgação de um ato que diz que a sua mulher, funcionária da Câmara há 26 anos, aparece "emprestada" ao Senado. "Eu nunca fui intimidado diretamente por Agaciel (Maia, ex-diretor-geral) não, mas eu entendo isso como uma espécie de chantagem sim, de ameaça. E aí ficou citando nomes, o meu, do Pedro Simon (senador do PMDB-RS) querendo me intimidar como se eu tivesse o rabo preso, mas eu não tenho rabo preso", afirmou.
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Do plenário, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), também deu um recado ao presidente da Casa: "Mas Sarney, lhe digo isso não com felicidade. Vossa excelência não precisa sobreviver, quem precisa sobreviver é o Senado". E disse que: "Se tiver senador envolvido nisso, precisa ir junto. Defendo a demissão." Ele acrescentou que a "quadrilha está costumada a mandar no Senado, dominando a vida dos senadores".
O líder atacou o ex-diretor da Casa Agaciel Maia em discurso. Ele chegou a chamá-lo de ladrão e chantagista: "É a lógica do chantagista, acumular poder. Não tenho dúvida de que ele chegou aqui humilde, servindo. Duvido de que ele fez tudo sozinho, tenho certeza de que ele teve ajuda de senadores." Virgílio também atacou o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi: "Agaciel tem de perecer como homem público. Caso dele e de Zoghbi é de demissão. Não respeitaram a Casa que os abrigou como funcionários." Leiam mais

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