domingo, 18 de abril de 2010

LUDIBRIAÇÃO, AUMENTO DE TARIFA E TURISMO NA SUÍÇA

A indignação que tomou conta dos servidores do SAAE logo deve se estender a população. Os funcionários da autarquia estão indignados porque o benefício prometido de R$ 80,00 em vale- alimentação estava atrelado a um reajuste de 13% da tarifa do SAAE. Ao que tudo indica foi uma maneira de traficar o aumento da conta dentro do projeto que trataria desse benefício aos servidores, forçando, desta forma os vereadores, a sua aprovação conjunta. E conta ficaria para população que recebe um serviço de péssima qualidade, quando este não está ausente, seja pela falta esporádica com é água, sua falta de qualidade constante, assim como o tratamento do esgoto.

É bom lembrar que a tarifa do SAAE foi reajustada há pouco tempo para aplacar o custo PAC, que endividou não o SAAE, mas a cidade com um dinheiro de empréstimo e as contrapartidas obrigatórias. Custo que não teríamos se Copasa tivesse assumido serviço. Mas o que também deixa indignado os moradores de Sete Lagoas, que tem arcar com custos ruins é falta de transparência. É caso da viagem da comitiva sete-lagoana para a Suíça.

Não sou contra a busca de benefícios justificáveis onde quer que seja, entretanto, existe alguns requisitos fundamentais para este apoio. E o principal é o jogo limpo. Nesse sentido, que realmente sabemos desse negócio em questão? É um investimento de R$ 180 milhões como disse o líder do prefeito? Ou é uma proposta de compra de uma usina de lixo para ser implantada com investimento custeado pela cidade - população, como o PAC do Lula -? Estou certo que é a segunda opção, mas onde está a clareza das autoridades?

Não existe transparência, debate honesto e alguns bobos ainda acham que mesmo agindo assim eles tem o direito de ir conhecer. Eles tem o direito se isso fosse feito com transparência, porque eles não estão lidando com um bem particular, mas algo público. Dessa maneira a viagem perde a sua legitimidade, porque as cartas não foram postas sobre a mesa. E se ficar claro que o serviço, como imagino não couber dentro da capacidade financeira da cidade, não há nada que justifique a viagem, por melhor que seja o produto, a questão quanto não necessita de uma viagem dessa monta para se saber. O único que vereador que eu vi alguma ponderação foi Dr. Euro Andrade (PP), que questionou, não a viagem, mas quantidade de vereadores. Ele sugeriu que fosse um só.

Mais: como confiar em autoridades que tem o descaramento de ludibriar até os servidores em vale-alimentação? E essa não é primeira vez que isso acontece, lembram-se do maior reajuste da história de Sete Lagoas ao servidores no ano passado? Pois é, não passou da mais pilantra enganação, neste caso, com a totalidade dos servidores. Trapacear, ocultar e enganar já virou método de governar da gestão Maroca.

PS.: Viagem que pode ficar mais cara, se o trafego áereo europeu segurá-los mais tempo por lá.

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