segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Não há lugar para mototaxista em São Paulo"

Por Pedro Venceslau, no Estadão:
Se São Paulo fosse um prédio, Gilberto Kassab seria o síndico e Andrea Matarazzo o zelador. Como secretário das Subprefeituras, cabe a ele a missão de administrar a micropolítica da metrópole. E ele leva isso ao pé da letra. Notívago como José Serra, habituou-se a andar de carro pela cidade, de madrugada, anotando tudo o que vê de errado, para depois disparar ordens aos assessores.
Defensor da disciplina, afirma nesta conversa com a coluna que “não há lugar para os mototáxis no trânsito insano de São Paulo” e que para os motoboys é preciso “uma regulamentação rígida”. E, apesar de fumante inveterado, garante que está a favor da lei antifumo: “Acho que com ela, vou conseguir cortar 50% dos meus cigarros,”prevê.

Já tem carro circulando na cidade com o adesivo “Eu usava fretado”. Essa nova lei vai dar certo?
Imagino que a Secretaria de Transportes tenha analisado todos os aspectos dessa questão. É preciso ter certa disciplina em uma cidade como esta. Na região dos Jardins, por exemplo, já não dava mais para transitar em algumas ruas por causa do espaço tomado pelos fretados estacionados. Não havia como passar nem onde parar.
E os mototáxis, são viáveis?
Não existe lugar para mototáxi no trânsito insano de São Paulo. Se o Kassab me perguntasse, diria que eles devem ser proibidos. Para ser garupa em uma moto é preciso saber acompanhar os seus movimentos, difíceis para quem não tem experiência. Sei disto, sou motociclista de fim de semana.
Motoboys?
Acredito que uma regulamentação mais rígida é indispensável. Em nenhum lugar do mundo é permitido que motos de baixa cilindrada trafeguem por vias expressas, como as nossas marginais. No embate entre moto e carro a vítima é sempre o motoqueiro. É só ver as estatísticas e os mortos.
Mudando de assunto, o sr. teve que se dividir entre Geraldo Alckmim e Gilberto Kassab nas últimas eleições. Como conseguiu?
Foi difícil, sem dúvida. Afinal, sou vice-presidente da Executiva municipal do PSDB e, ao mesmo tempo, secretário da Prefeitura. Comuniquei aos dois que seguiria tocando os problemas da cidade, sem me envolver politicamente. Isso gerou muita futrica. Continue lendo no Estadão

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