segunda-feira, 9 de agosto de 2010

PÁRA-QUEDISMO ELEITORAL

Na entrevista que fiz com o assessor de Luis Tibé no sábado ele revelou que o candidato desconhece as demandas específicas da cidade em que estava buscando votos, no caso Sete Lagoas. O assessor do candidato que também é o seu chefe de gabinete na Câmara de vereadores de BH, primeiro engoliu seco quando perguntado "especificamente o que vocês propõem para Sete Lagoas" e depois disse que as "demandas estavam chegando", para em seguida abruptamente e grosseiramente interromper a entrevista, tacando a mão na frente da câmara, diante da conclusão óbvia de que eles não conheciam previamente as demandas do município.

O que isso revela? Revela que o candidato é um pára-quedista sem compromisso com a cidade que esta buscando votos. Ah, então eu sou contra que um candidato a deputado estadual ou federal, como é caso dele, busque votos em outras regiões, que não a sua área de atuação? Sou e não sou. Explico-me. De acordo com a legislação vigente é legal e considero legítimo que um candidato a deputado estadual ou federal busque votos onde quer que seja dentro do seu estado. Mas para isso esse sujeito deveria ter, pelo menos uma noção da demanda daquela comunidade alvo.

No caso em questão é fundamental que eles tivessem feito o dever de casa antes de sair de Belo Horizonte, conhecendo as demandas do município de Sete Lagoas. E aqui dou um exemplo invertido. Eu moro em Sete Lagoas e faço o caminho inverso ao do candidato Tibé, indo a BH fazer campanha. O que faço de diferente, nessa atuação? Estou inteirado a muito tempo das demandas de BH, como ampliação do metrô, a criação de novas rotas: norte-sul, Barreiro e também outras demandas como a construção do anel rodoviário metropolitano, a necessidade desafogar a saúde, evitando o deslocamento de pacientes do interior à capital. Ou seja, a legislação faculta que qualquer candidato de qualquer região busque votos em qualquer lugar dentro do seu estado, mas para haver o mínimo de compromisso tem de fazer o dever de casa: conhecer as necessidades da comunidade a qual se quer o voto. E eu conheço não apenas porque sou natural de BH e nem é porque vivo semanalmente entre uma e outra cidade, mas pela busca de conhecer das demandas.

Mas este é o ponto nem todos fazem o dever de casa ou tem qualquer compromisso com aquela cidade ou região onde estão tentando o voto, portanto, o melhor é que a legislação mude para o voto distrital, assim voto e atuação seriam bem delimitados por região e o eleitor teria mais controle sobre o político que votou. E mais: no caso do tipo de atuação política deste senhor Luis Tibé, que falo no post seguinte creio que deve haver uma mudança na lei também que impeça não só uma busca de voto oportunista fora da área distrital, mas que impeça principalmente a forma como vem atuando que tratarei em seguida. Fiquem agora com filme onde o assessor deste candidato, para conhecer um pouco do próprio candidato.


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