quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ENTREVISTA DO GOVERNADOR ANTÔNIO ANASTASIA AO MG TV

Segue a entrevista do governador Antônio Anastasia ao MG-TV, nela o professor Anastasia, como ele gosta de ser chamado, desmistifica duas questões, a saber: 1) a sua suposta falta de experiência política, ao mostrar que tem grande experiência e que o que não possui é como diz: "Agora, o que eu não tenho de fato é a chamada envolvimento política baixa, na política ruim. Isso não é comigo." O outro ponto que ele esclarece é a mentira que a oposição mineira tenta fazer passar como verdade ao dizer que o governo Aécio-Anastasia não teve preocupação com o social. Falácia maior não há, porque o choque de gestão que "arrumou a casa" permitiu exatamente fazer investimentos sociais: em mais escolas, admissão de crianças aos 6 anos, hospitais, aumento do efetivo policial, estradas - infraestrutura geral. Mas é compreenssível que o Hélio Costa não tendo caráter para reconhecer a verdade e nem competência para propor algo novo investe na mistificação, que a imprensa alimenta acriticamente como na pergunta da jornalíesta Vivian Santos, que referenda na sua indagação, apesar da realidade mostrar outra situação, o falso argumento da pessoal do PT-PMDB. Abaixo leiam e se quiserem assistam a entrevista:

Vivian Santos: Ontem e hoje, estamos entrevistando, ao vivo, em rede estadual, os dois candidatos ao governo de Minas mais bem colocados nas pesquisas. Por acordo entre as duas candidaturas, ontem o entrevistado foi Hélio Costa, do PMDB. Hoje, está aqui no estúdio o candidato Antonio Anastasia, do PSDB. O tempo da entrevista é de oito minutos, com tolerância de 30 segundos para completar a última resposta. Antonio Anastasia é advogado, professor e ocupou vários cargos nos governos Federal e estadual. Vice-governador, assumiu o governo em março, quando Aécio Neves deixou o cargo para disputar o Senado. Boa noite, candidato, o seu tempo começa a contar agora.

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Vivian Santos: O senhor está, em média, 20 pontos percentuais atrás do seu principal adversário, de acordo com pesquisa do Ibope e do Datafolha. Qual será sua estratégia para tentar mudar esse número?

Antonio Anastasia: Bem, boa noite Vivian, boa noite a todos. Eu queria dizer que a campanha está começando agora. Na realidade, a campanha começou na televisão neste momento. Nós sabemos que as pessoas não estão muito vinculadas à eleição. As pessoas agora é que vão começar a se interessar pela eleição. Então, com o começo da propaganda eleitoral na televisão, no rádio, com as viagens no interior, eu tenho certeza que as pessoas vão se interessar mais, saber quem são os candidatos, quais são suas propostas, qual o seu perfil, o que eles já fizeram. E, aí, tenho certeza, nós vamos subir e vamos ganhar as eleições.



Vivian Santos: Até que ponto o senhor conta com a transferência de votos do ex-governador Aécio Neves para a sua candidatura?

Antonio Anastasia: Bem, na realidade, Vivian, o que acontece é o seguinte: eu estou junto o Aécio há oito anos. Há oito anos nós começamos um governo e introduzimos modificações que muito honraram Minas Gerais. Nós somos hoje modelo de gestão no Brasil e até fora do Brasil. E conseguimos modificações importantes, avançamos muito. A liderança de Aécio é conhecida. Mas eu não sou candidato de um projeto individual. Na realidade, sou candidato de um projeto coletivo, uma segunda etapa daquilo que realizamos ao longo desses anos. Então, por isso mesmo, acredito que a liderança de Aécio é importante, mas eu sou candidato, eu estou apresentando minhas propostas, e nós queremos continuar, avançar sempre com inovação. Então, eu acredito que nós tenhamos uma base política muito forte para apresentarmos inovações a Minas e não deixarmos retroceder, continuarmos sempre avançando, e colhendo os frutos de um trabalho tão belo que fizemos ao longo desses anos.

Vivian Santos: Agora, o senhor tem toda uma biografia como técnico e administrador, mas pouca experiência pública. Até que ponto isso dificulta a sua campanha?

Antonio Anastasia: Bem, eu não tenho pouca experiência pública. Na realidade, tenho muita experiência pública.

Vivian Santos: Política, perdão. Peço perdão. Pouca experiência política.

Antonio Anastasia: Mas mesmo política, eu tenho muita. E veja bem. Eu fui muito jovem secretário de estado do governo Hélio Garcia. Fui secretário-geral de dois ministérios. Ocupei os ministérios diversas vezes. Fui secretário do estado aqui. Fui eleito vice-governador. Aécio e eu tivemos 7,5 milhões de votos em 2006, 77% dos votos válidos. Tivemos uma confiança plena de todos os mineiros. Então, isso é muito importante. Então, eu tenho essa experiência política que começou comigo lá trás, quando eu trabalhei na Assembleia, quando eu trabalhei nos órgãos do estado, sempre envolvido na política. Agora, o que eu não tenho de fato é a chamada envolvimento política baixa, na política ruim. Isso não é comigo. Eu tenho, na realidade, um envolvimento muito forte com boas propostas, com conhecimento técnico, que é importante, porque, hoje, as pessoas que estão nos cargos, elas têm de ter conhecimento também, têm, então, de misturar a sensibilidade, o sentimento de liderança e, ao mesmo tempo, com conhecimento técnico para superar os problemas. E foi o que aconteceu ao longo desses anos, aqui em Minas.

Vivian Santos: O senhor é apoiado por uma coligação de 12 partidos. Caso o senhor seja eleito, não vai ser difícil compor um governo tendo que conciliar os interesses de tantos apoiadores?

Antonio Anastasia: Não, não me parece. Porque, na realidade, hoje, o governo, e eu sou o atual governador de Minas, ele já é apoiado por todos esses partidos. Durante o período todo de Aécio Neves, nós tínhamos todos esses partidos conosco. E fizemos um governo muito aplaudido. Um governo, como eu disse, reconhecido, não só internacionalmente, mas o mais importante, aqui pelos mineiros, com indicadores de popularidade extremamente altos. Então, esse apoio político é importante para termos a maioria na Assembleia, para termos deputados vinculados a nós no Congresso Nacional, para conseguirmos bons projetos, para termos o apoio político e esse reconhecimento. É claro que no momento da composição do governo, qual é o nosso critério? Competência, qualidade e honestidade para apresentar resultados. Assim foi durante todo esse período, assim é o meu atual governo. E eu tenho certeza que assim também nós teremos nos próximos anos em Minas Gerais.

Vivian Santos: O senhor foi o coordenador do chamado choque de gestão. O modelo, ele equilibrou as contas do estado, mas ele, recebe críticas porque ter dado, talvez, pouca importância para as questões sociais. É isso candidato?

Antonio Anastasia: Não. Aqui, um outro equívoco, Vivian. Me permita esclarecer, é até bom, uma boa oportunidade para nós dizermos de maneira clara. As questões sociais sempre estiveram no centro das nossas preocupações. O chamado choque de gestão foi feito em Minas para colocar ordem na casa. Para nós termos condições e oportunidades e instrumentos para avançarmos, para fazermos as estradas, para reformarmos as escolas, os hospitais, para levar telefonia celular a todos os municípios, para aumentarmos os efetivos das polícias. Então, o choque de gestão é a base. Agora, na questão social, é bom nós dividirmos em duas importantes dimensões. Primeiro, na política social de assistência social. Essa é muito importante. Nós fizemos muito, temos projetos importantes como o Travessia, como o Poupança Jovem. Enquanto havia um levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social em termos de qual estado vai melhor na área da assistência social, Minas sempre esteve em primeiro lugar. Fomos reconhecidos por isso. Mas a questão social vai além da assistência social. A questão social envolve emprego, que é o mais importante, e nos últimos meses, nós vimos, Minas gerou mais empregos do que todos os estados do Brasil. E, ao mesmo tempo, condições de atrair empresas para cá. A saúde, a educação, a infraestrutura, tudo isso é inclusão social. Na realidade, é um todo. E nós estamos muito por aquilo que fizemos ao longo dos últimos anos.

Vivian Santos: O seu governo enfrentou uma longa greve de professores. O que esperar para a educação?

Antonio Anastasia: A educação é uma prioridade. Não há ninguém mais do que eu, governador de Minas, que quero remunerar bem os professores. Mas nós temos que lembrar que o estado tem limite. Tem limite pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Atualmente, nós já estamos nesse limite. Isso é um dado público. Mas nós aprovamos uma lei, melhoramos o valor da remuneração, extinguimos aqueles chamados penduricalhos, colocamos uma remuneração em parcela única, o que torna a remuneração dos professores mineiros muito melhor, mais atraente. Mas a educação é uma prioridade por que? Porque ela envolve o futuro, as futuras gerações. Então, nós temos importantes inovações na metodologia, na qualidade do ensino. E não foi em vão que agora, o Ministério da Educação acaba de reconhecer Minas Gerais em primeiro lugar na educação. Exatamente por que? Porque nós conseguimos avançar, porque fomos o primeiro estado a colocar as crianças aos seis anos na escola. Isso foi muito positivo. Está gerando efeitos agora. É claro que nós vamos continuar avançando na questão da remuneração dos professores, vamos continuar avançando na questão da qualidade do ensino, no ensino técnico profissional, que fizemos um belo programa que já tem hoje mais de 100 mil alunos nas escolas públicas de ensino médio, no ensino profissionalizante gratuito, e eu pretendo expandir isso. Ou seja, é toda uma força, é todo um conjunto de ideias novas. E se me permite, vou colocar aqui uma ideia. Nós vamos criar um programa chamado Professor da Família, exatamente com o objetivo do professor visitar as famílias e ver a condição de cada aluno em cada casa, para dar uma assistência mais específica, para nós melhorarmos ainda mais a qualidade do nosso ensino.

Vivian Santos: Em dois mandatos, o governo estadual não conseguiu viabilizar com o Governo Federal obras importantes de infraestrutura, como a duplicação da BR-381 e o metrô de Belo Horizonte. Por quê?

Antonio Anastasia: Na realidade, faltou vontade política ao Governo Federal, que tem recursos financeiros para isso e é o responsável por essas grandes obras. Não foi uma, duas, mas foram inúmeras vezes que o governo do estado e a bancada federal de Minas apresentou ao Governo Federal propostas tanto para o metrô, como para a duplicação da BR-381, que é fundamental. Eu acho até que a obra mais importante hoje da União em Minas é a duplicação até Valadares.

Vivian Santos: Lembrando que o senhor tem 30 segundos para algumas considerações.

Antonio Anastasia: Bem, minha cara Vivian, eu gostaria, nessa parte final, só de dizer que eu não sou candidato para, exclusivamente, para falar o que nós fizemos, mas com o objetivo fundamental de dizer p que nós vamos dizer. Que precisamos fazer mais. E, por isso mesmo, eu peço sempre a confiança de todos. Muito obrigado.

Vivian Santos: Ok. Muito obrigada candidato.

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