domingo, 29 de agosto de 2010

"Não vou fazer promessas vãs", diz Antônio Anastasia

Irrealista. Anastasia faz crítica velada ao adversário Hélio, que fala em reduzir ICMS e aumentar salários. Mas candidato diz que é necessário dar incentivo fiscal para determinadas áreas

MATHEUS JASPER NANGINO
O candidato do PSDB ao governo do Estado, Antonio Anastasia, disse ontem em entrevista coletiva que não vai ficar fazendo promessas que serão impossíveis de ser cumpridas. A afirmação é uma resposta às últimas promessas feitas por seu adversário Hélio Costa (PMDB), que tem dito que vai diminuir o ICMS, aumentar o salário dos servidores, comprar laptops para todos os estudantes da rede pública e criar um complemento do Bolsa Família no Estado.

"Não vou ficar fazendo promessas que todo mundo sabe que são impossíveis de ser cumpridas, absolutamente irrealistas. Tenho responsabilidade e, mais do que isso, autoridade. E, como sei que vou ganhar as eleições, eu pretendo cumprir tudo aquilo que estou prometendo", afirmou.

Carga tributária. Ontem Anastasia participou de uma sabatina na capital com representantes do Fórum de Entidades Empresariais, onde ouviu mais uma vez pedidos de redução da cargas tributária.

"A carga tributária muito maior é a nacional: 70% de tudo que se recolhe no Brasil é da esfera federal. E isso só vai ser resolvido quando fizermos uma ampla reforma tributária no Brasil que é reclamada já há décadas", disse. Mesmo assim, Anastasia defendeu que incentivos específicos para determinadas áreas são necessários. "Diversos segmentos têm de ter modificações tributárias", defendeu. Durante a sabatina, o tucano recebeu um documento com propostas de dez federações mineiras com sugestões dos setores para 13 diferentes áreas.

Estado pode ser referência em logística
Antonio Anastasia voltou a defender que Minas tem condições de se tornar o Estado referência em logística, por sua localização e pelas obras de infraestrutura que têm sido feitas. Segundo ele, é preciso que se pense também nas ferrovias, em parceria com o setor privado.
"As ferrovias são concessões federais, em razão da Constituição. Mas nós temos que apresentar alternativas. E as alternativas passam pelo setor privado". (MJN)

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