terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AQUI ESTÁ O PORQUÊ DA SAÍDA DA PROFESSORA MARIA LISBOA

A ex-secretária Maria Lisboa foi exonerada pela sua competência assumiu o prefeito. A cidade de Sete Lagoas não estaria a altura da profissional Maria Lisboa, como ela detalhou em sua entrevista o prefeito assumiu que ela está "acima da forma como Sete Lagoas espera e deseja ser dirigida". E interpretando, então, o que ele disse a educadora foi perfeita no entendimento "você [prefeito] amesquinhou a sua cidade, o povo que a habita e o cargo que ocupa" ao pensar assim.

Mas por mais absurdo que pareça essa justificativa de que Sete Lagoas não está altura disso ou daquilo, é usado a torta e a direita para, supostamente, proteger o povo coitado disso e daquilo, seja de uma gestão mais qualificada e incompreensível, até a oferta de bens que prejudicariam o povo com serviços de saneamento da Copasa ou casas da Rodobens.

Bem, essa gente, como o prefeito Maroca, quer nós proteger, mesmo, de alguma coisa? Que nada. O querem na verdade é proteger o próprio domínio, sustentando ainda hoje as mais vigaristas teses na tentativa de manter o reinado coronelista, em pleno 2010. O problema para eles é que a cretinice vigarista é cada vez mais transparente e denunciada como fez a educadora Maria Lisboa na entrevista na Rádio Cultura.

- Sete Lagoas não estaria preparada pra receber e ter uma gestão que no fundo ela não foi mais que uma gestão democrática e pública, em oposição em uma gestão doméstica clientelista, eu nego, porque eu encontrei em Sete Lagoas, na área da educação um conjunto muito grande de profissionais que vieram para participar dessa proposta de gestão e vieram exatamente afirmando que a muito tempo aguardavam que se fizesse gestão pública e democrática na área de educação, buscando de fato qualidade e não uma gestão que privilegiasse grupos e etc, e foi muito grande esse grupo. Há uma população de Sete Lagoas que deseja, sim, uma mudança do ponto vista da questão da democracia.

Voltei. E aqui vale uma explicação sobre o seu entendimento de democrático. Democrática entendido como... democrática, ou uma gestão onde todos são iguais perante os critérios estabelecidos, como sempre esclareceu aos interlocutores o que entende por democrático a Professora. Muito diferente das visões particularistas que tem aí alguns oportunistas. Mas volto ao ponto. A justificativa dada pelo prefeito que reflete bem a vigarice média das classes dominantes locais e firmemente combatida pela educadora agora, e por mim desde o dia em que decidi assumir um papel ativo como cidadão em Sete Lagoas que cansou de ouvir mentiras.

Mas vejam amigos leitores antes de prosseguir faço uma síntese do resultado do trabalho de Maria Lisboa em um ano de gestão. Entre as ações mais transformadoras suas estão 1) colocação da secretaria de Educação a serviço das escolas e não a serviço da pessoas como era; 2) criação de um colegiado de diretores que discutem os problemas e soluções, participando diretamente da formulação das políticas públicas que terão de implementar nas suas escolas; 3) a criação da "Caixa Escolar" que assegura recursos para dar agilidade e resolução as demandas imediatas do dia-a-dia; 4) a criação da escola em tempo integral para mais de 2 mil alunos; 5) A implementação da proposta de eleição de diretores; 5) A informatização de todo sistema e qualificação dos operadores que vai integrar as escolas com tecnologia de última geração em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), maior centro de pesquisa da América Latina e um dos maiores pólos tecnológicos em telecomunicações e TI (tecnologia da informação) do mundo. E agora que ela saiu continua ajudando a denunciar a vigarice sintetizada na justificativa canalha desse prefeito para dispensá-la e dessa forma segue ajudando provocar uma revolução.

E que se note. Antes que os jornalistas de serviço e a soldo venham dizer que ela esta dizendo isso por estaria magoada, o que a educadora está combatendo é precisamente a justificativa sem vergonha, que como ela deixa claro amesquinha a cidade, o povo e até prefeito. Este último engana-se a professora. Ele já é mesquinho. O certo é que mesmo, agora, longe do governo ela continua ajudando a fazer uma revolução emancipatória, que iniciou, mas que atingia o alvo certo da mediocridade, em que o prefeito é representante hoje nº 1. Por isso, ela foi "desconvidada" a ficar, sob a mais vil justificativa de que Sete Lagoas não está a altura da sua gestão, quando na verdade é o prefeito que nunca esteve a altura do povo bom que a secretária encontrou aqui e trabalhou com e por ele.

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