sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"É, COMO ERA BOM EU NÃO SABIA", VOCÊ AINDA PODE DIZER ISSO EM RELAÇÃO AO 1º ANO DE GOVERNO MAROCA

Muita gente, muitos mesmos, me incluo entre eles, considera o primeiro ano do governo Maroca lastimável. O que nós, talvez, não imaginávamos é que este pode ter sido o melhor ano do governo Maroca. Pois é, tá ruim? Pode piorar muito. O governo dos Paivas vai dando sinais de estar caminhando para dentro, se fechando ainda mais.

No início ano passado a equipe de governo era formada por um time de pessoas de origem diversa. Eram pessoas como Gustavo Paulino, Maria Lisboa, Léa Braga, Estevão Bakô, Cláudio Raposo e Geysa Mendes, Lairson Couto, José Orleans, Nadab Abelin, Fred da Cultura e Comunicação. Agora, neste segundo ano o governo deve perder muito da diversidade inicial, passando a ser formado por um grupo de pessoas muito mais próximas do prefeito.

Os principais cargos a partir de agora devem ser ocupados por pessoas da estrita confiança pessoal e conhecimento do prefeito: na educação foi anunciado com exclusividade aqui há duas semanas que o titular já confirmado agora é Fernando Campos, amigo da família do Maroca, que soma-se a outro amigo do prefeito, Humberto Marcondes, na licitação, ao irmão do prefeito, Paulo Rogério, ao primo do prefeito, Túlio Avelar, na Fazenda, ao ex-colega de trabalho do prefeito, Ronaldo Andrade, no SAAE, e de acordo com um leitor muito bem relacionado e esclarecido o primo do prefeito, Rodrigo Paiva, deve assumir a chefia de Gabinete do Maroca. Portanto, estaria se formando um forte escudo protetor para o prefeito e uma barreira impenetrável para sociedade, que inclui também a sua mulher, Márcia Filizzola, com cada vez mais ascensão no governo.

No que essa mudança vai dar? Vejam saem do governo ou perdem muita influência um grupo de profissionais com experiência em gestão pública e se fortalece um grupo íntimo ao prefeito Maroca. O critério passa a ser essencialmente a confiança, é a chamada "reunião de família". Com isso a influência social que vinha, sobretudo dos chamados "forasteiros", que ao contrário do que foram rotulados estes eram mais acessíveis e sensíveis ao meio ambiente. Agora, o meio de influência dessa gente é o próprio grupo fechado em si. A tendência é ser um governo cada vez mais autocrático.

Reparem que são pessoas que tem uma forte atitude bairrista de auto-suficiência local, e a consequência fundamental disso é um maior fechamento do mercado, criando toda sorte de empecilhos ao investidores externos. O consumidor tem, com isso, menos ofertas de produtos e também menor acesso a bens de melhor qualidade. Um exemplo são os imóveis feitos com novas técnicas construtivas que os tornam melhores e mais acessíveis a população. Assim, a cidade perde competitividade e deixa de criar empregos. É ufanismo que leva a irrelevância.

Outra ameaça é a política patrimonialista que vai do nepotismo a contratação dos serviços dos amigos, formando um círculo vicioso, isto já até não estaria acontecendo e vai se ampliar mais agora? Reparem que Maria foi visionária ao dizer em sua carta "com isso, Prefeito, a cidade pode vir perder as chances de mudanças". Era a constatação de que essas alterações do primeiro para segundo ano de governo vão provocar a piora que o cidadão deve constatar muito rapidamente e vai, SIM, sentir saudades do primeiro ano de governo Maroca.

“Por tudo isso, este momento é lamentável!”

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