sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PRESIDENTE DA CÂMARA DE CARMO DO PARANAÍBA É PRESO

Por KARINA ALVES, Portal O Tempo Online:
A pedido do Ministério Público Estadual, foram presos ontem, preventivamente, João Dias da Silva (DEM) e Marcos Aurélio Costa (DEM), respectivamente, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Carmo do Paranaíba, no Alto Paranaíba, além de outros dois servidores da Casa.

Os quatro estão sendo investigados na operação Judas, deflagrada pelo MP no fim do mês de junho para investigar suspeitas de corrupção no Legislativo.

Segundo a promotoria, o pedido de prisão preventiva foi feito porque, além de os envolvidos estarem prejudicando o andamento das investigações, eles ainda estariam cometendo os esmos delitos.

Além da prisão preventiva, o MP solicitou a quebra de sigilo telefônico dos denunciados. Também foram realizadas diligências para o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Câmara e no diretório municipal do Democratas.

Por meio de nota, o Ministério Público informou que a operação foi feita com o intuito de desmantelar uma quadrilha que teria sido formada no Legislativo de Carmo do Paranaíba. Conforme o órgão, a investigação foi motivada pelo descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), realizado em função do desconto ilegal na folha de pagamento de servidores que ocupavam cargos comissionados na Casa.

Em vez de devolverem o dinheiro aos servidores, eles teriam apenas simulado a devolução para provar o cumprimento do acordo.

Durante a apuração, segundo o MP, foram descobertos ainda indícios de crimes contra a Previdência e fraudes à licitação. Com essas informações, foi requerida a interceptação telefônica dos investigados.

Posição. Em nota, o vereador e secretário geral da Câmara de Carmo do Paranaíba, Geraldo José Brandão (PSDB), informou que, como os fatos estão sob análise do MT e "ainda não existem dados concretos sobre a questão, a Casa não irá se pronunciar. Assim que tivermos uma notícia concreta iremos nos pronunciar", afirmou o parlamentar.

Possível punição
Decisão. Com a conclusão das investigações e a reunião das provas, o Ministério Público Estadual deverá propor ações penais e eventuais ações por improbidade administrativa contra os envolvidos.

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