quinta-feira, 9 de abril de 2009

Aqui estão duas matérias jornalísticas sobre a falta de água SL, durante o período de chuva, em anos passados, que desmentem afirmação do Maroca

Na entrevista que foi transmitida pela ETV na quarta-feira, da qual eu tenho uma cópia gravada, Maroca afirmou que este ano está faltando água durante o período de chuvas, e que isso não acontecia antes. Ao fazer tal afirmação, o prefeito deu um testemunho de sua ignorância em relação ao velho e grave problema de falta de água na cidade, que ocorre continuamente nos últimos anos, mesmo durante o período de chuvas. Leiam a seguir duas matérias do jornal Sete Dias, respectivamente, de março de 2007 e 2008, que desmentem a afirmação do prefeito Maroca. E parafraseando a música de Tom Jobim: São as águas de março fechando o verão. É pau, é pedra, é a chuva chovendo e água faltando em Sete Lagoas. Retomo em seguida:

Março/2007

Março/2008
Devido a freqüente falta de água na Escola Estadual Emilio Vasconcelos, à rua Quintino Bocaiúva, centro, alunos de todos os turnos escolares e principalmente o noturno tem seus estudos prejudicados. A diretora da escola, Ana Carla Dumont, explica que nos turnos da manhã e da tarde, não há água para preparar os alimentos e muitas vezes a escola tem que comprar galões de água mineral. Outro problema resultante da falta d’água é o mau cheiro dos banheiros, por não ter como lavá-los. No turno da noite os alunos chegam a ser dispensados por não ter água nem pra beber.“Como eu dispenso um turno inteiro de crianças?”, questiona a diretora, “as conseqüências são drásticas, alguns ficam sem aula e quem tem aula fica em má condição de estudo”. Segundo ela, o banheiro da diretoria possui caixa-d’água especifica, o que deixa a sala fora do problema. Os alunos muitas vezes fazem suas necessidades no banheiro da diretoria, mas não dá pra atender à escola inteira. (...)

Retomando. Na época eu fiz um post aqui no blog com a matéria acima e o seguinte comentário:
Somos a cidade das 7 lagoas e, entretanto, convivemos diariamente com a escassez e a péssima qualidade da água, em nossas residências, empresas... como nos mostra semanalmente a nossa imprensa. Até quando aceitaremos essa situação? Vamos esperar um colapso completo para fazer alguma coisa? Hoje, quem, nos evidencia o problema são os veículos de comunicação de nossa cidade, amanhã poderá ser a imprensa nacional, revelando que na cidade das 7 lagoas, sofreu um apagão hídrico. Ai!, que vergonha seria, não?


Retomei. Pois bem, o que esse desconhecimento do prefeito evidencia? Que faltou, como eu já disse em outro post, ao postulante a prefeito Maroca se debruçar sobre os problemas da cidade para fazer um diagnóstico real da situação. Bem, e qual é a consequência do prefeito não ter uma noção da real situação da cidade? Os problemas se agravarem perigosamente para a população. Quando não se tem noção da gravidade de um problema não se tem o senso de urgência para resolvê-lo. Alguém aí já pensou no porque dessa minha verdadeira aflição com a situação do saneamento em Sete Lagoas? Ter a dimensão da gravidade dos problemas, meus caros é, as vezes, um outro problema, quando não se tem o poder para resolvê-los. Olha, o caso do abastecimento de água via subsolo, ele é uma bomba-relógio que um dia ainda detona, de uma dessas três formas: colapso no abastecimento; envenenamento da população pela contaminação do aquífero ou uma catástrofe geológica. E o tempo está se esgontando.

Pra fechar: a reiterada justificativa da falta de Transição de governo é a desculpa que Maroca encontrou para sua falta de dedicação e esforço pessoal em conhecer os problemas da cidade. E quer saber eu acho que ele está se lixando, para ele isso aqui voltava no tempo, "no seu tempo", não é mesmo? Quem sabe o atual governo ainda cria um programa tipo demissão voluntária, com incentivo para o pobre forasteiro voltar para a sua terra e Maroca ter a cidade dele de volta, heim?

E agora encerrando mesmo: vejam como eu tenho uma imaginação paranóica fertil: já pensaram se resolvem retardar o cronograma do Hospital Regional para que o Estado desista de construí-lo aqui? Se isso acontecesse seria um estímulo e tanto para muita gente ir embora, não é mesmo? Será que alguém teria coragem de fazer uma política xenófoba-bairrista tão malvada? Tomara que não, né,? que isso seja apenas uma perturbação dessa minha mente paranóica. E vejam como sou imaginativo: em relação a feirinha eu tanto temia seu fim com a eleição de Maroca que expus isso a uma pessoa da sua coordenação no ano passado.

A propósito: a melhor estratégia para não resolver um problema que se sabe existir mas não se quer resolver é fingir ignorá-lo. Até sábado e pensem sobre isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fico muito feliz em saber que estão olhando de forma diferenciada as questões do nosso meio-ambiente. Estamos à porta da meta 2010 e o SAAE não sai do lugar...esgosto correndo a céu aberto ao lado de poços artesianos. Parabéns vereador Claudinei Dias pela sua iniciativa em prol da resolução do saneamento de nossa cidade.
Gabriela