terça-feira, 28 de abril de 2009

Dilma Rousseff, a "transparência" e a "humanização"

Agora que imprensa revelou que a ministra Dilma Rousseff tem um cancêr e que a mais de um mês ela trata a doença no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o governo soltou a versão que ela agiu com transparência. Sinto muito, a ministra tem toda minha solidariedade, mas essa tal transparência só se for do tipo petista. Porque se ela quisesse transparecer mesmo o seu drama e dividir com a sociedade sua dor, ela tomaria a iniciativa de se antecipar a imprensa.
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Se não o fez foi porque pretendia manter sobre segredo a informação. E ela, como o governo, teriam boas razões para não deixar vir a público esse dado num momento político tão crucial. Um fator que pode, sim, influenciar as articulações políticas. Repare, é só se atentar para o fato que depois da notícia já ouve no mundo político um verdadeiro rebuliço. E não é para menos ela é a escolhida do presidente Lula para ser a futura candidata a presidente. E a negociação é para composição do quadro eleitoral futuro. E se a um mal que uma doença maligna provoca é justamente o de turvar sonhos futuros pessoais e, no caso, coletivo. É claro, eu mesmo acho, que a minstra tem boas chances de se recuperar, mas isso hoje é mais uma torcida de todos nós para que ela saia vencedora dessa luta do que uma certeza. E essa incerteza complica a situação governista diante dos aliados.

Outra conversa que eu não acredito é que o presidente Lula só foi saber no final de semana da doença da ministra. Sinceramente acho que isso é uma mentira. Não imagino que a Dilma tenha escondido do presidente e seu maior cabo eleitoral um componente tão bombástico. Acho que esconder da sociedade, do mundo político, sim, era a estratégia do governo petista. Algo que não foi possível. E pior: agora estão usando a doença para "humanizar" a ex-guerrilheira.

Aliás, ao assumir como fizeram muitos políticos ALIADOS que a doença humaniza a ministra é porque, então, reconhecem a ausência do seu lado humano. Mas isso que estão fazendo e ela esta deixando que façam com o uso a doença pode ser um erro político grave. Obsevem que só o fato de se dizerem para opinião pública que ela mantém o mesmo ritmo de trabalho ou de campanha anterior já é algo anormal para um ser humano normal. Afinal, se resguardar um pouco quando se está doente é algo humano fundamental, o contrário já não é. Se ela não se dá nem a esse direito, ela está mais ou menos humana?

Que se note, se a ministra Dilma Continuar no mesmo ritmo de trabalho-campanha anterior, ela estará, pelo menos, passando a ideia de que não é tão humana quanto qualquer um de nós seres humanos.

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