quarta-feira, 8 de abril de 2009

A "entrevista" de Maroca - 3: Olha por favor "Confie em nós"; ou um governo novo mais já velho

"Podem confiar em nós." Se eu tivesse que resumir em uma frase a entrevista de Maroca eu sintetizaria em um pedido de confiança. É mesmo incrível o governo Maroca não completou nem 100 dias e já está precisando clamar ao cidadão por confiança. Quer dizer, ao invés de uma mensagem de futuro, Maroca vem a público quase que pedir desculpas. Tá com consciência pesada? Bem, será que Maroca não sabe que a população já confiou votando nele ou ele já tem informações que lhe mostram que a população já perdeu a confiança?

É um governo em início de mandado com um discurso velho, defensivo. A onde está a mensagem para onde vamos e como vamos chegar lá? Cadê a liderança que deve ter o prefeito para transmitir a população confiança no futuro. Não o sujeito quer é que a população lhe de mais confiança. Acho que ele não entendeu nada mesmo. A população não quer dar mais nada ao Maroca ele quer receber. Pô, de pelo menos uma perspectiva de futuro. Mais quê! Nem isso o chefe do executivo foi capaz de produzir.

Olha os pequenos gestos dizem muito sobre quem é uma pessoa, diz uma máxima. Observado isso reparei que quando Cinézio pediu ao prefeito para deixar uma mensagem final [ao telespectador – população], qual foi sua atitude? Voltar-se para Márcia, sua esposa, em primeiro lugar, dirigindo-lhe um abraço. Santo Deus! Aquele era o momento do Chefe do Executivo voltar-se para toda a população e não para sua companheira com quem ele convive cotidianamente. Será que isso foi recomendação de algum assessor. Não creio, que um assessor iria lhe recomendar algo tão errado para aquele momento. Acho que a Ana Luisa que lhe acompanhou na gravação é competente, não lhe sugerir isso. Bem, aquele não era o momento da família, dos amigos e do grupinho íntimo, mas da coletividade em primeiro lugar. O homem-família foi o da campanha e ela já acabou, agora hora de governar.

Visão derrotista ou...
O prefeito disse que Sete Lagoas é uma cidade pobre para gastar tanto com tapa-buracos, sugerindo em seguida que a colocação de bloquetes pode ser a solução. Ele explicou que o uso de bloquetes no lugar de asfaltamento torna mais fácil a operação de manutenção das redes subterrâneas.

Bem, o problema não é ter ruas bem asfaltadas, mas as redes velhas e obsoletas, que precisam dar manutenção todo dia. Outro problema é que o Saae usa técnicas e equipamentos ultrapassados para fazer os reparos. A não ser que se esteja querendo ajudar algum amigo a montar uma fabrica de bloquetes localmente, Sete Lagoas deve usar o velho e bom asfalto.

Por que outras cidades de porte menor dão conta de ter e manter ruas bem asfaltadas e Sete Lagoas tem quer um piso de segunda categoria. Vamos assumir o nosso fracasso enquanto cidade? Ou vamos agir começando com a substituição das velhas redes de água e esgoto? (Publicando originalmente: Quarta-feira, 8 de Abril de 2009 08:16 )

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens Leonardo. Impressionante seu comentário. Sua visão é perfeita sobre a realidade que este moço representa. Assim como impressionante é a calamidade que nos espera.

Anônimo disse...

O gesto de se voltar para a esposa diz tudo. A visão dele é pequeno burguesa. O povo, é só um detalhe a para quem ele, o fraco Maroca, não deve satisfação. O que lhe envergonha não é a pobreza, as carências e sofrimento de nosso povo. O que lhe envergonha e preocupa é mostrar para os seus iguais a cidade hoje abandonada, suja, cheia de mato e buracos, sem saúde.