segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um pedido da Sra. Maria das Dores Azevedo ao prefeito Maroca - problemas muito sérios com o SAAE



“Eu gostaria muito que o nosso
prefeito Maroca,
quando ele passou na minha rua
fazendo propaganda política,
ele passou lá com a carreata dele,
ele passou pedindo os votos,
e essas pessoas acreditaram
nele e votaram nele.
Mas eu gostaria que ele
voltasse no mesmo lugar e
fosse olhar o que aquelas pessoas
têm passado e estão passando.”

Blog - Eu fui procurado pela Sra. Maria das Dores Azevedo que mora na Rua Iturama, no bairro Interlagos. Ela, inclusive esses dias, foi matéria do Jornal Boca do povo, devido aos problemas de rachaduras que estão se agravando em sua casa. Eu gostaria que a Sra. contasse um pouco do que a Sra. vivencia hoje, de como começou esse problema que a Sra. enfrenta.
Olha Leonardo, tudo começou com um vazamento de esgoto, que começou assim, do nada. O esgoto tampou a rua e entrou prá dentro da casa da Sra. Judith, e agente chamava o SAAE prá vim olhar porque o esgoto não passava mais na rua, tava entrando esgoto de todas as casas dentro da casa dela e da casa dela saía e voltava prá rua e jorrando na rua. Daí a três dias, eles vieram abriram a rua e desentupiram, aí minimizou o problema, né. Mas aí, com mais dois dias, a minha casa apareceu trincada. Agente já sabia que o problema tava vindo do esgoto que tinha entupido, mas a trinca era pequenininha. Quando a trinca era pequenininha, nós ligamos na empresa do SAAE e pedimos para o engenheiro do SAAE, o Sr.Gilberto até agente conversou com o Sr. Gilberto. Conversei com ele, pedi para que ele fosse lá ver o que tava acontecendo, porque a minha casa é nova, acabei de fazer a minha casa, se o problema das trincas ia atingir o resto da minha casa, se ia condenar minha casa. Aí, como sempre eles só prometem prá gente. Falava comigo que ia e não ia, e a trinca crescia a cada momento, a cada dia e eu naquela agonia. Eu não sabia o que fazer a quem eu procurava, eu ligava pro engenheiro todos os dias. Um dia ele me atendia, outro dia ele não me atendia, e agente procurou o Diretor, o Sr. Ronaldo. Ele também fez promessa, mas não cumpriu a promessa dele. Ele falou que mandaria a máquina do SAAE, no outro dia, ele falou isso com o meu marido, Carlos Alberto de Araújo, porá levar a máquina no outro dia e que ia abrir a rua e solucionar o nosso problema. Enquanto isso, as rachaduras da minha casa continuaram crescendo e cada dia que passava ia aparecendo rachaduras novas em outros lugares, à frente da minha casa, minha casa é de dois andares, embaixo eu tenho as pessoas que, é de aluguel, então os meus inquilinos estão lá, a responsabilidade é minha. E eu comecei a correr atrás de todo mundo prá pedir ajuda. Um dia, pro engenheiro ir até a minha casa, meu marido teve que ir lá de carro. Aí, eu liguei prá ele, ele falou. Eu falei: Gilberto dá prá você vim aqui, ele falou: - eu não to de carro aqui. Eu falei - não tem problema, vou mandar um carro te pegar e meu marido foi. Acho que ele meio envergonhado, entrou no carro dele. Ele tinha carro sim e foi até a porta da minha casa e ele falou: - realmente este problema é do esgoto, isso aqui tá acontecendo não só na sua rua, como tem vários lugares em Sete Lagoas, que estão desse jeito. E ele falou: - vou solucionar o seu problema, mas não sei quando porque nós não temos material, e só temos duas máquinas na rua para atender Sete Lagoas inteira. Mas aí, eu pensei, eu não falei com ele, mas eu pensei: isso não é problema meu, porque não tem material, porque não tem máquina o suficiente, a minha casa vai cair. Mas eu pago esgoto, eu pago minha água, pago as minhas contas, pago meus impostos, tudo em dia; e agente não tem o direito de nada, aí agente ta lutando ,lutando e pelejando.
Eu fui até a Promotoria Pública do Meio Ambiente, e lá, o Sr. Autamar, me atendeu e falou o que eu tinha que fazer. Falou comigo: - Sra. Maria faz uma carta em punho e exponha todo o seu problema, o que aconteceu com você e com os vizinhos, lá são cinco casas atingidas. Aí, eu escrevi tudo direitinho, os meus vizinhos assinaram, mandamos para ele, ele protocolou esse documento e esse documento foi enviado para o SAAE e para a Prefeitura. Daí a três dias é que eles foram notificados, é que eles foram lá e começaram a mexer na rua. Também, eu procurei a ajuda do Vereador Marcelo da Cooperselta, o Marcelo foi um grande companheiro, ele prometeu que ia me ajudar, realmente, eu ajuntei uns documentos que eu tinha, e ele me ajudou. No outro dia as máquinas estavam lá com o material, que eles falaram que não tinha, no outro dia tinha. Aí é que eles abriram a rua, solucionou somente o problema que tava em frente da minha casa, mas eu acreditei que essa solução é uma coisa de imediata, porque o resto da rua continuou com as manilhas velhas e quebradas, que mais não está suportando o fluxo de esgoto porque pegou o esgoto de outro bairro, que é o bairro Primavera e jogou no nosso bairro Interlagos. Quando isso aconteceu, os nossos problemas começaram quando chovia, que eu tava lá com esse problema, o esgoto voltava para dentro das casas dos inquilinos; e entrava dentro dos banheiros e entrava para dentro da casa. Tinha dia que nem água prá poder lavar casa, eles não tinham. Eles tinham que conviver com o esgoto e o esgoto escorria na rua e escorria dentro de casa.

Eu não sabia o que fazer
a quem eu procurava,
eu ligava pro engenheiro
todos os dias.
Um dia ele me atendia,
outro dia ele não me atendia,
e agente procurou o Diretor,
o Sr. Ronaldo.
Ele também fez promessa,
mas não cumpriu a
promessa dele.


Blog - Maria da Dores, eu gostaria de compreender melhor, como é que está a situação hoje, na sua casa, qual o quadro?
Olha, a rua eles arrumaram Leonardo, mas a minha casa tá lá, com a frente toda condenada, rachaduras enormes, piso todo arrebentado, portão que não fecha os portõe da minha casa não fecham, porque saiu tudo, a rua puxou toda a minha casa, a frente da minha casa prá rua, não só da minha casa prá rua, não só a minha, a casa dos vizinhos também. Que são quatro casas de frente, condenadas.

Quer dizer, a Sra. está enfrentando um drama, vejo que agora a Sra. está até um pouco emocionada, eu imagino que é uma situação crítica. Agente luta realmente prá que Sete lagoas pense grande e comece a enfrentar os seus problemas reais e essa situação da Sra. é realmente comovente, como a Sra. está comovida agora, eu luto muito por isso. Mas eu acho que essa luta nossa tem que ser coletiva, da população de Sete Lagoas. E os nossos políticos, mandatários teriam a responsabilidade de enfrentarem os problemas. O que a Sra. espera agora do poder público, o que a Sra. espera, que ela aja para resolver o problema da Sra.?
Olha Leonardo, eu gostaria muito e abro as portas da minha casa para receber engenheiro, qualquer pessoa, que eles colocaram uma notinha no jornal, que o problema vai mais além, que o problema está no solo. Mas eu gostaria muito que eles provassem prá mim que o problema é o solo. Eu gostaria muito, eu tenho certeza de que eu estou falando o problema foi do esgoto, o esgoto ficou muito tempo correndo dentro da terra, e não estava dando conta de passar dentro das manilhas e fez buraco na terra, aquela terra molhada, o solo de Sete Lagoas, a terá aqui é meio frouxa, meio solta né?! Então eu acredito que com a terra molhada e com peso em cima dela, começou a ceder. Não só a minha casa, mas a casa dos meus vizinhos também, que estão lá para qualquer um ir e olhar os nossos problemas. Gostaria que as autoridades competentes nessa área, que são os responsáveis, fizessem alguma coisa. Eu trabalhei a vida inteira Leonardo, prá poder fazer a minha casa, hoje o meu meio de sobrevivência, são os meus aluguéis. E trabalhando doente, e hoje aí eu vejo, que é um problema do SAAE, e vejo tudo indo por água abaixo. Isso não é justo para ninguém; ninguém me ajudou a fazer minha casa, prefeitura não me ajudou, eu sempre paguei meus impostos, estão todos em dia com a prefeitura e com todos. Mas até hoje ninguém foi lá na minha porta perguntar, o que é que agente tem que ajudar a Sra.? Por que saiu não só no Jornal Boca do Povo, quem fez a primeira entrevista lá foi o Jornal Estado de Minas. Inclusive eles mandaram asfaltar rapidinho porque os Estado de Minas foi lá e fez uma reportagem comigo. Porque é de costume abrir a rua e deixar o pessoal nos buracos, quando o pessoal não ta com lama, o pessoal ta na pueira né?Isso já é de praxe do SAAE fazer. Aqui agente passa por sofrimento, é só sofrimento.

“Olha, a rua eles arrumaram
Leonardo, mas a minha casa tá lá,
com a frente toda condenada,
rachaduras enormes,
piso todo arrebentado,
portão que não fecha os portões
da minha casa não fecham,
porque saiu tudo,
a rua puxou toda a minha casa,
a frente da minha casa prá rua,
não só da minha casa prá rua,
não só a minha, a casa dos
vizinhos também.
Que são quatro casas de
frente, condenadas.”


O pessoal do SAAE também contou prá Sra. como é que foi, que é problema do esgoto num bairro antigo, o bairro São Geraldo. Que relato que essas pessoas fizeram informalmente prá Sra.?
Informalmente agente ouvia eles falando assim, que lá no bairro São Geraldo, ele falou comigo assim, que o meu problema, tava pequeno, lá no São Geraldo tem problema muito pior que o meu, que lá as manilhas da rua que passa esgoto, elas já estão todas destruídas lá dentro, mas eles trocam só na hora que a pessoa reclama, vai lá e troca só aquele pedacinho, do mesmo jeito que eles fizeram comigo, e o problema, só vai jogando ele prá frente, né? E não resolve de verdade o problema que tem que ser resolvido. Não só de lá, mas de muitos bairros de Sete Lagoas, ta todo mundo condenando as ruas. Quando vê aaquelas ruas cheias de ondulações, com certeza ali de baixo, tá terrível.

Porque a Sra. sabe disso?
Por que agente ouve o pessoal quando eles estão consertando a rua. Eu ouvi muitas histórias de uma rua, de outra e de tal rua. No bairro Santa Luzia, o moço falou comigo, não senhora, no bairro santa Luzia, uma casa lá, caiu, o SAAE tá lá fazendo a casa da dona. Aí, eu fiz uma brincadeira com ele, espero que eles também venham consertar a minha.

Senhora Maria das Dores, eu gostaria que a Sra. mandasse uma mensagem para o Prefeito Mário Márcio Maroca, eu gostaria que a Sra. falasse prá ele alguma coisa.
Eu gostaria muito que o nosso prefeito Maroca, quando ele passou na minha rua fazendo propaganda política, ele passou lá com a carreata dele, ele passou pedindo os votos, e essas pessoas acreditaram nele e votaram nele. Mas eu gostaria que ele voltasse no mesmo lugar e fosse olhar o que aquelas pessoas têm passado e estão passando. Eu gostaria muito que cuidasse da cidade que ele tomou responsabilidade para cuidar, porque o povo de Sete Lagoas tá sofrendo muito em todas as áreas, não só nesses problemas que eu estou passando. Eu gostaria muito que ele fosse lá e visse de perto o meu problema, a minha casa, que eu fiz com todo o sofrimento, por causa do SAAE, tá lá, agora eu não sei como é que vou consertar ela, hoje o que agente ganha é a conta da gente viver, eu não tava planejando que a minha casa, ia ter um problema prá mim ter um dinheiro prá consertar. Ta lá os meus portões, tudo aberto, eu gostaria muito que as autoridades fossem ver o que tá acontecendo não só comigo mas com todos os vizinhos que teve problema lá com o SAAE.

2 comentários:

Anônimo disse...

LEONARDO,ESSE TESTEMUNHO VEM COMPROVAR A SITUAÇÃO TRÁGICA QUE SE ENCONTRA O SANEAMENTO/ÁGUA E ESGOTO EM SL E O DESLEIXO DO SAAE E DAS AUTORIDADES COM QUESTÕES TÃO SÉRIAS QUE AFETAM A NOSSA VIDA.
PARABÉNS POR DIVULGAR E APOIAR A POPULAÇÃO ATRAVÉS DO SEU BLOG...

Anônimo disse...

Dessa vez não tem mais jeito, é Maroca o nosso prefeito.


A musiquinha já previa isso.