quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Agência Metropolitana: PMDB resiste em aprovar e alega que o projeto atende ao prefeito Pimentel

Um dia depois de a oposição dizer que a criação da agência metropolitana , projeto que tramita na Assembléia Legislativa, vai criar um cargo de superprefeito ou subgovernador que poderia ser ocupado pelo prefeito Fernando Pimentel ou por alguém da máxima confiança dele, uma emenda é agregada à proposta, impedindo a nomeação do diretor do órgão apenas pelas mãos do governador. Mas ainda assim, a bancada peemedebista resiste à aprovação da matéria, que ganhou o apelido de sapatinho de cinderela por "só caber o pé de Pimentel".
Ontem, durante reunião com o vice-governador Antonio Anastasia, os 34 prefeitos da região metropolitana de Belo Horizonte começaram a aderir à proposta de criação da agência metropolitana com a garantia de que vão participar da escolha do diretor-executivo do órgão. A mudança no projeto promovida pelos prefeitos do PMDB limita o poder de escolha do governador de Minas a uma lista tríplice indicada pelo conselho metropolitano, formado por 13 prefeitos e representantes do governo estadual, das câmaras municipais e da sociedade civil. "A proposta inicial dava plenos poderes ao governador sendo que o diretor executivo tem que ser alguém do nosso consenso", avaliou o prefeito eleito de Santa Luzia, Gilberto Dorneles (PMDB).
Na Assembléia, a bancada peemedebista bateu o pé sobre a aprovação do projeto e o governo estadual vai ter que pelo menos ouvir os parlamentares da legenda. Depois de obstruções na Casa e troca de recados durante todo o dia de ontem, foi marcada uma reunião para a próxima quarta-feira com o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB).
"O governo parece que entendeu que não são os prefeitos que votam, então não adianta ficar chamando eles para conversar. Vamos esperar agora até quarta-feira para ver o que fazemos", afirmou o líder da bancada, Gilberto Abramo. "Eles viram que não aceitamos pressão de prefeito que eles convenceram", disse Antônio Júlio.
Assim como O TEMPO adiantou anteontem, os peemedebistas temem que a pressa para a aprovação seja uma maneira apenas de criar um subgoverno entregue aos cuidados de Pimentel, deixando os prefeitos e vereadores das cidades de mãos atadas. "Dentro do que analisamos até agora funciona assim (como um subgoverno)", confirmou Abramo.
A proposta já ganhou até um apelido na Assembléia, "sapatinho de Cinderela, porque só cabe em um pé, o de Pimentel", disse o deputado estadual Vanderlei Miranda.
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