segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pessimismo, sim; quanto pior melhor, não

Opa!!! Pessimista sim, mas sem torcida contra, viu? Quanto aos que me acham pessimistas estão certos. A coisa vai ficar feia mesmo. Alguns até torcem para que eu esteja errado. Tudo bem, seria bom estar errado. Só não posso aceitar que torçam o que eu escrevi. Está errado dizer que, “eu aposto no quanto pior melhor”. E escrevi isso com todos as letras. Num post abaixo quando expus: “Vou dizer algo forte, mas é um fato. Essa crise pode ter nos salvado.(...)Não, eu não quero que o país aposte no quanto pior melhor. Quero que o país acorde deste perigoso sono que pode levar a morte da democracia.

E no próprio texto disse: “Caros amigos leitores, essa crise pode, ter trazido com ela um senso de realidade que o país estava precisando. Quem tinha um pouco de bom senso, nem precisava ser especialista, percebia que o país caminha para algo muito perigoso. Um duplo perigo, o de afundar economicamente e institucionalmente. E isso para o projeto hegemônico do PT não seria ruim.” Mas alguns petralhas torcem as minhas palavras e dizem que eu estou querendo ver o Brasil afundar.

O que vejo é que o Brasil ia, cega e extasiadamente, para uma derrocada econômica e institucional. A festa do crescimento que experimentávamos era insustentável porque ela ocultava a irresponsabilidade do governo Lula. Um desgoverno aliás, que faz a junção da inércia (da falta de reformas) com a irresponsabilidade nos gastos. Assim, independente da crise mundial teríamos a nossa própria crise, muito em breve.

Por isso é que o estouro, agora, da crise americana, a qual não se engane vamos sofrer muito, terá o efeito de despertar a resistência da sociedade para os malefícios da ação lulopetista. Lembre-se o “o gasto primário do governo cresceu a uma média real de mais de 8% ao ano nos últimos três anos” – não considerando a despesa com o pagamento de juros-, o número de servidores federais atingiu mais de 1.000.000, a as estatais mal administradas como Petrobrás vem perdendo o seu valor. O potencial de destruição dessa gente é maior que a crise que chega.

Sem a crise o Brasil se manteria iludido com os ganhos de curto prazo. Com ela, temos a oportunidade obrigar o governo a parar com tanto abuso. A marolinha do Lula era uma tentativa de ignorar o problema e prosseguir na generosidade esquerdopata que provocaria a quebra do país. Tornaríamos-nos um “estado francês” terceiro-mundista; a deterioração traria de volta a inflação, a Responsabilidade Fiscal acabaria na prática. Tudo como era antes do esforço pela estabilização.

Agora, diante do novo ambiente econômico, o país começa a retomar uma agenda mínima de reformas. Sob pressão da iniciativa privada a alteração da CLT começa a ser discutida; a volúpia da criação de novos empregos estatais deve ser contida; os impostos mesmo que tarde, tem um pequenino alívio. Nada disso, estaria ocorrendo se o ambiente econômico mundial continuasse a ser uma "cortina de fumaça" a encobrir, por enquanto, nossos mal-feitos. Nem falo do subprime brasileiro e da sobrevalorização do real. Essa crise provocará muitos danos e é indesejável como qualquer tormenta econômica, entretanto tem o efeito de um despertador para o país.

Um dos seus efeitos é revelar que a gestão do governo Lula, é bem parecida com você colocar na direção de um veículo em movimento alguém que não sabe dirigir. Enquanto ele não precisar passar marcha, frear e acelerar o veículo é “dirigido”, porém, no primeiro obstáculo que encontrar ele destrói o automóvel. Assim, é o governo Lula. Para quebrar o galho ele tomou emprestado um condutor – Henrique Meireles. O negócio é que o Brasil vai precisar de uma equipe inteira, e bem dirigida, para concertar os problemas.

A esperança é que com um pouco de sorte cheguemos à 2010, e então lá, teremos de novo o Brasil de volta para continuarmos, da onde 8 anos atrás paramos, a construção de uma nação.

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