segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Empresas brasileiras perdem 41,5% do valor de mercado no ano

Do Estadão:
SÃO PAULO - As empresas brasileiras com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo perderam 41,5% do seu valor de mercado no ano de 2008. A queda, segundo levantamento da Economatica, equivale à destruição de duas empresas equivalente a Petrobras em um período de 12 meses ou á perda do valor de mercado de todo o setor bancário no País. Os dados mostram que o valor das ações das 323 empresas analisadas passou de R$ 2,097 trilhões em 26 de dezembro de 2007 para R$ 1,225 trilhões na mesma data neste ano.
O setor de telecomunicações, representado por 12 empresas, foi o menos afetado no ano, com queda de 14,6% no seu valor de mercado. Em seguida vem o de energia elétrica, com 35 empresas, que registrou recuo de 22,6%.
Na outra ponta, o setor mais castigado foi o de construção, com queda de 72,4% no valor das ações de suas 29 empresas. A segunda área mais afetada foi a de Papel e Celulose, com desvalorização de 68,3% no período de 12 meses.
Em valores nominas, o setor de Petróleo e Gás - representado por cinco empresas - teve a maior perda em 2008, com queda de R$ 210 bilhões em seu valor de mercado.
Entre as empresas da carteira teórica da Bovespa, a Rossi Residencial teve a maior queda percentual no ano de 2008, com recuo de 80,6% do seu valor de mercado, seguida pela Aracruz, que no mesmo período perdeu 78,9% do seu valor de mercado.
A empresa com maior queda nominal de valor de mercado foi a Petrobras, com R$ 209 bilhões ou 48,7% de queda. Sete empresas entre as que fazem parte da carteira teórica da Bovespa tiveram valorização do seu valor de mercado no ano, encabeçadas pela Nossa Caixa.
Veja na tabela as empresas que tiveram valorização:

Minha opinião (acrescentado as 18:28 ao post original)

Há dois destaques que valem a pena ser feitos, referem-se à questões que vão além da conjuntura financeira do momento (crise), é uma questão de governança corporativa: 1) A Petrobras é caso da má gestão; e, 2) A Natura da boa gestão. Assim, se fosse uma época de calmaria a Petrobras teria se desvalorizado (sim, um pouco menos) independete do fator crise e a Natura teria se valorizado mais.

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