segunda-feira, 4 de maio de 2009

“Agora chega a administração Maroca e esperava-se,...


...por ser a praça em frente à casa de seus pais, que fosse dada uma nova dimensão na Feirinha (...)” Como podem ler abaixo, Paredão fez, em seu jornal, um dos melhores textos sobre o imbróglio da prefeitura com a Feirinha, porém quero tratar aqui de outro aspecto de seu texto, especificamente, a parte que comecei subscrevendo no título, em que ele revela sua expectativa e desapontamento. Vamos lá?

O grande equivoco que a cidade Sete Lagoas cometeu foi o de esperar, pensar, imaginar, refiro-me as crenças em relação ao que seria o Maroca prefeito, sobretudo, a dos, como é mesmo?, formadores de opinião. Digam o que o que quiser, gostem ou não gostem, mas o político, jornalista, empresário autor da frase do título deste post é um homem muito bem informado. Agora vejam, mesmo ele, como expressou no texto abaixo está sendo surpreendido pelas ações do prefeito. Outro que também se mostrou surpreso, e não falo do seu alinhamento pragmático atual, é o meu amigo João Carlos de Oliveira, da Rádio Cultura, que dia desses disse-se surpreendido pela firmeza da decisão de Maroca em reduzir o quadro de servidores.

Reparem, estou falando de duas figuras importantes da cidade e de duas atitudes do prefeito Maroca, uma negativa; a outra positiva. O que quero chamar a atenção é para o fato de que dois dos mais importantes formadores de opinião de Sete Lagoas terem se surpreendido com Maroca. O que revela isso? Que para o bem e para o mal Sete Lagoas elegeu alguém que não conhece de verdade.

E o pior é que esse auto-engano continua acontecer. Vejam o caso do líder do prefeito, o vereador Renato Gomes. Renato é na minha opinião um dos mais bem intencionados políticos que essa cidade tem, e não falo isso casuisticamente como podem ver aqui. Entretanto, reparem. Renato declarou que com a liderança poderia participar mais da formulação e discussão dos projetos, ou seja, ele imaginava que poderia, ajudar mais o governo Maroca, portanto a cidade. Ledo engano. Maroca não lhe passa nem a sua agenda, sabia? Mais: como me disse um importante assessor seu, como pode o prefeito nem avaliar com o seu líder a pertinência ou não de ele participar da reunião que ocorreu na semana passada com os 7 vereadores? Como podem ver há um grande descompasso entre líder e prefeito. Por quê? Expectativas diferentes e até, acredite, conflitantes.

Bem, qual tem sido o erro de muitas pessoas inteligentes, críticas e bem informadas em relação ao Maroca? Excessiva boa vontade com o cidadão que achavam que conheciam. Elas tem tomado Maroca pela imagem do sujeito simples, bonzinho, desinteressado, deixando de ir além dessa impressão superficial que sempre tiveram dele. Aí se compra gato por lebre mesmo. Aliás, foi essa boa vontade excessiva e respeito acrítico de gente influente, e até da oposição, que levou Maroca a estar hoje aonde está, e a cidade a estar decepcionada. Trabalhando em cargos executivos errei e acertei na contratação de pessoas, mas aprendi que se quiser saber quem é uma pessoa é preciso ir muito além da impressão exterior.

Imaginar, fazer deduções, acreditar que se está diante de uma pessoa desse e daquele jeito; que quer fazer isso e aquilo, é um erro muito comum. Costumamos ver no candidato de faxineiro à prefeito aquilo que gostaríamos que fossem sem procurar saber se são mesmo aquilo. Acostumamos-nos a superestimar ou subestimar alguém e esse foi o equivoco que fez a cidade eleger o candidato errado para a hora certa de fazer uma administração histórica, aproveitando a boa vontade de tantos cidadões e cidadãs. Uma pena a cidade não ter descoberto que não era isso que o prefeito queria.

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