domingo, 6 de junho de 2010

"Confraria do empreguismo"

Leiam o editorial do jornal Sete Dias:

É séria a situação da folha de pagamentos do funcionalismo público municipal. A prefeitura corre o risco de chegar a 63% do comprometimento de sua arrecadação, caindo na ilegalidade. Este é mais um problema crônico da cidade que nenhum prefeito até hoje encarou verdadeiramente.

O desgaste político é grande para quem demite ou corta ganhos diretos e indiretos, em qualquer governo, seja municipal, estadual ou federal. Mas é preciso que alguém assuma essa missão algum dia em Sete Lagoas, acostumada a sustentar acordos partidários empregando cabos eleitorais e afiliados políticos. É sempre um mistério o número de funcionários municipais.

Já passou da hora da administração municipal local receber um choque de eficiência e transparência. A começar pelas instalações físicas da prefeitura, que tem um dos mais antigos, ultrapassados e acanhados prédios dentre todas as cidades de porte médio de Minas e do Brasil. Os prefeitos vão se sucedendo e mantendo a política de pagar mal, mas pagar a milhares, ao invés de remunerar bem a menos profissionais, porém, competentes à altura, mais ágeis e prestadores de melhores serviços à população.

É um tema delicado, pois mudar essa prática histórica envolve interesses de boa parte da população, acostumada a ver na prefeitura mais uma fonte de renda, mesmo que indevida.

Enquanto isso a população cresce e com ela demanda de serviços como saneamento, atendimentos de saúde, segurança, transporte, enfim, a infra-estrutura necessária para suportar as necessidades. Por mais que a arrecadação aumente, será insuficiente para que tenhamos serviços ao menos razoáveis, pois cada político que assume um cargo no executivo ou legislativo tem a sua cota de cabos eleitorais que precisa de “uma boca”.

Daqui alguns dias os atuais vereadores voltarão à carga para aumentar o número de cadeiras, de 13 para 21 na próxima legislatura. Na maior cara de pau “juram” que isso não implica em aumento de despesas.

E vida que segue... com o dinheiro dos nossos impostos!

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