quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

'Dilma terá aqui um general eleitoral', diz Eduardo Paes

Por Alexandre Rodrigues, no O Estado de S. Paulo. Leia alguns de trechos da entrevista de Eduardo Paes, a seguir exponho minha opinião sobre sua fala.
RIO - Eduardo Paes assume a prefeitura do Rio consciente da sua condição de soldado do projeto político do governador Sérgio Cabral. Mais entusiasmado com a idéia de ser bem-sucedido como síndico da cidade, demonstra certo tédio ao discorrer sobre temas nacionais, entrelaçando nervosamente elásticos nos dedos da mão esquerda enquanto a outra brinca com um maço de cigarros.

Estado - O senhor tem se apresentado como um "prefeito-síndico", que priorizará a ordem e o cotidiano. Significa que o prefeito da segunda cidade do País não terá um papel político marcante?
Paes - São tarefas indissociáveis: ser um bom prefeito e, a partir daí, fortalecer o papel político. É claro que tenho um papel político, mas isso de fato não é minha prioridade. O Rio viveu um período grande de um prefeito que buscava um protagonismo político nacional que não rendeu benefícios para a cidade.

Estado - No momento, as sondagens apontam o governador Serra como favorito.
Paes - Nem preciso dizer da minha opinião sobre Serra. É meu amigo, um quadro político que acho qualificadíssimo, preparado para governar o Brasil. No entanto, a aliança PMDB-PT, por representar a continuidade do que está dando certo, terá mais chances quando o jogo eleitoral começar. De fato, Serra, por suas qualidades e história, lidera, mas estamos muito longe das eleições. Eu comecei aqui no Rio em quinto lugar e venci.
Estado - Dilma reúne as mesmas qualidades que o senhor vê em Serra?
Paes - Acho que sim. Cada vez mais a política brasileira vem se qualificando. Se buscam quadros preparados, com capacidade gerencial e de compreensão dos problemas do Brasil. A ministra Dilma é uma grande executiva, ninguém tem como discordar disso. Demonstra enorme talento na condução do governo. Tem sido uma senhora gerente das diversas funções do governo federal. Além disso, reúne as condições políticas para aglutinar as forças que podem vencer. A minha candidata é a Dilma. Ela tem aqui um cabo, um general eleitoral.

Um comentário:

Anônimo disse...

Frase chocante, porém coerente com o oportunismo!