quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Leia íntegra do manifesto do grupo dissidente tucano na Câmara


da Folha Online
A reeleição do deputado José Aníbal (SP) na liderança do PSDB na Câmara rachou a bancada tucana. Um grupo de 19 --dos 58 deputados tucanos-- leu uma carta de repúdio à reeleição de Aníbal, que foi chamada de 'golpe'.

Leia abaixo íntegra do manifesto do grupo dissidente tucano na Câmara:
"Movimento Unidade, Democracia e Ética
A atitude golpista e antidemocrática da liderança do PSDB na Câmara dos Deputados levou à dissidência um grupo expressivo de deputados e à formação do Movimento Unidade, Democracia e Ética na bancada do partido. O ato, típico de regimes autoritários, foi materializado em reunião convocada para a noite anterior à eleição do líder, com o intuito nefasto de alterar as regras e permitir a reeleição consecutiva, o que era vedado explicitamente desde 2003. Além disso, a norma que interditava a reeleição havia sido ratificada pela bancada, por unanimidade, no dia 15 de outubro de 2008.
Além de ferir os princípios da boa convivência e da manutenção da palavra na política, a mudança na véspera das eleições é inaceitável para um tucano que tenha ética e respeito ao estatuto do partido. A história da criação do PSDB está profundamente marcada pela reação a práticas similares de formação de maiorias eventuais, ao atropelo das normas partidárias e dos direitos das minorias. Atitudes que, infelizmente, têm marcado a vida partidária brasileira.
No programa do PSDB está escrito: "Não haverá delegados permanentes --outra fonte de aliciamento e fisiologismo que desvirtua a democracia interna. A alternância dos dirigentes e o princípio da direção colegiada serão observados em todos os níveis". Não há argumentos aceitáveis para excluir desse enunciado a eleição do líder do partido na Câmara dos Deputados.
O Movimento Unidade, Democracia e Ética congrega deputados que buscarão atuar de forma coordenada no trabalho parlamentar, pautando-se sempre pelos princípios programáticos do PSDB, e não seguirão a orientação do atual líder da bancada por considerar ilegítima a sua eleição.
Brasília, 4 de fevereiro de 2009"

O documento é assinado pelos deputados abaixo:
Dep. Antônio C. Pannunzio (SP)
Dep. Arnaldo Madeira (SP)
Dep. Carlos Alberto Leréia (GO)
Dep. Carlos Brandão (MA)
Dep. Emanuel Fernandes (SP)
Dep. Fernando Chucre (SP)
Dep. Gustavo Fruet (PR)
Dep. João Almeida (BA)
Dep. Julio Semeghini (SP)
Dep. Jutahy Magalhães (BA)
Dep. Leonardo Vilela (GO)
Dep. Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES)
Dep. Mendes Thame (SP)
Dep. Nilson Pinto (PA)
Dep. Paulo Renato Souza (SP)
Dep. Ricardo Trípoli (SP)
Dep. Vanderlei Macris (SP)
Dep. Walter Feldman (SP)
Dep. Zenaldo Coutinho (PA)

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