quarta-feira, 2 de abril de 2008

Se o empréstimo não sair podem dizer que eu sou o culpado! EU QUERO É DINHEIRO SEM PAGAR NADA POR ELE. EU QUERO É COPASA. XÔ ENDIVIDAMENTO

Sim, podem me culpar, eu querendo atrapalhar o negócio. Por isso, eu entrei na justiça contra esse empréstimo que se quer tomar; por isso eu estou trabalhando contra. Podem dizer o que quizer, porque eu quero é o dinheiro da Copasa, dinheiro sem custo - investimento. Eu não quero um empréstimo que só vai postergar a politicagem no SAAE, contra o atendimento satisfatório de toda uma população. Chega! XÔ ENDIVIDAMENTO!!!

Abaixo vai uma matéria do Jornal Notícia, a reportagem do ano passado, fala da minha ação no Ministério Público contra esse empréstimo que se quer tomar:

SOCIEDADE REAGE CONTRA O ENDIVIDAMENTO
Leonardo Barros, entra com representação no Ministério Público para impedir o município de tomar 77 milhões de empréstimo bancário.
A aprovação, por unanimidade dos vereadores, do substitutivo que autoriza o município a tomar um empréstimo bancário de 77 milhões leva a sociedade a reagir. "Tentei sensibilizar o prefeito para endividamento, foi ignorado. Tentei alertar os vereadores, fui ignorado. No dia da votação estive na câmara e conversei com cada vereador e em especial com o líder do prefeito o Médico Caio Dutra, nada adiantou. Aprovaram esta loucura por unanimidade. Então fui ao ministério público e ele aceitou a minha representação", diz Leonardo Barros. Na representação Leonardo questiona em primeiro lugar o porquê as autoridades querem fazer um empréstimo contrariando o resultado da consulta ao SEAIN – Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, anunciado por elas próprias: "Em consulta recente à Seain – Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, com vistas ao empréstimo do BID verificou-se que o município poderia pleitear um financiamento de no máximo US$15 milhões, levando-se em consideração as contas, os compromissos já assumidos e os balancetes da Prefeitura", revelou Dr. Lairson Couto, em entrevista publicada no jornal Hoje – Jornal da Cidade, em 17 de março. Isto é, algo em torno de 27milhões de reais, e a cidade está querendo tomar um empréstimo de 77 milhões, ou seja, 50 milhões reais acima do limite.
Preço Maior
Outro dado que chamou atenção do Consultor Leonardo Barros, foi a diferença de preço no orçamento para captação, tratamento e distribuição da água, enquanto na Copasa o custo fica em 98 milhões no PAC o preço é 114,3 ou 16, 3 milhões a mais. "Quero que as autoridades esclareçam a sociedade sobre está diferença", diz.
E há outras dúvidas que precisam ser esclarecidas. Tal vez a mais importante, neste caso, é perguntar ao prefeito qual foi a lógica que o fez escolher a proposta do PAC a da Copasa, uma vez que a proposta da estatal mineira trazia mais vantagens para a cidade em todos os aspectos. Ou senão, vejamos a troca que fizemos COPASA X SAAE: R$ 162 milhões (Copasa) por R$125 milhões (PAC); R$ 0,00 de financiamento (Copasa) por R$77 milhões de endividamento (PAC); R$ 64 milhões para ETE (Copasa) por R$ 0, 00 para ETE (PAC); R$ 0,00 de contrapartida (Copasa) por R$ 8,6 milhões contrapartida (PAC);


O Sr. Prefeito fez esta escolha em nosso nome, representando-nos. Está certa ou errada a decisão que ele tomou? Conclua você mesmo! Ele decidiu que é melhor para Sete Lagoas tomar 77 milhões de empréstimo à receber 162 milhões, com zero de endividamento; Eles decidiram que é melhor para nós fazer uma contrapartida de 8,6 a zero de contrapartida; Eles preferiram ficar com 125 milhões à 162 milhões para saneamento; Eles escolheram uma opção que não tem recursos para Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. Qual foi a sua conclusão?
Bem, administrar é fazer escolhas, é tomar decisões de políticas públicas que afetam, o hoje, e, o amanhã. E a troca do investimento da Copasa, pelo endividamento via PAC, com financiamento e contrapartida, foi uma decisão de política que a cidade tomou, através de suas autoridades legitimamente eleitas. Por isso, devemos perguntar: Tem as nossas autoridades a grandeza suficiente para escolher o melhor para o futuro de Sete Lagoas? Ou temos nós que desacreditar na responsabilidade de nossas autoridades?

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