terça-feira, 29 de abril de 2008

Na Tribuna da Câmara

Fui a Câmara hoje, e como programado com àquela Casa à cerca de um mês, fiz uso da "Tribuna Livre". Um momento que a Câmara reserva a participação do cidadão no última reunião do mês, para que ele faça uso da palavra. Fiz um discurso falando de dois temas - modernização estrutura da Câmara e infra-estrutura de nossa cidade - que entre si não tem relação direta, entretanto, eles me possibilitaram fazer uma reflexão com a audiência sobre "a cidade que desejamos ser e a cidade que queremos deixar de ser", como assim?

Explico. Sob a presidencia de Gilmar Antão a instituição deu saltos estruturais fantásticos: criação da Escola do Legislativo em parceria com a Assembléia e o Senado Federal, Convênio com Instituto Interlegis também do Senado possibilitando informatização, a melhoria do processo legislativo..., lançamento da TV e Rádio Câmara.

Por outro lado como anda infra-estrutura de nossa cidade, senhores? A beira do colapso, não é mesmo? No saneamento a situação já atingiu o colapso total: falta água durante dias em diversos bairros, escolas, como você pode ver abaixo, tem recorrer a água mineral para o funcionar, a população gasta anualmente cerca de 9 milhões reais com a compra de água mineral; na questão do esgoto gravissima: ele já está infiltrando nossas lagoas, veja como a Lagoa Paulino está esverdiada, os rios continuam recebendo toda nossa carga doméstica, agricula e industrial sofocando-os, muita gente séria que entende do assunto assegura que o esgoto está infiltrando nosso subsolo e contaminando nossa fonte de água.

Bem, no atagonismo desta duas situações: avanços da Câmara e colapso da infra-estrutura, procurei mostrar o grave equivoco que estamos cometendo enquanto sociedade ao não agirmos com a urgência que as demandas requerem. Vamos esperar um acidente geologico? Ou quem sabe vamos esperar a contaminação da água, morte de muitos de nós para agirmos? Infelismente amigos não é nenhum alarmismo falar em morte. Ou seja, nos avanços da Câmara está o exemplo de cidade que desejamos ser, e na inércia estrutural da infra-estrutura está o exemplo de cidade que desejamos deixar de ser.

Outro ponto que alertei a audiência foi para a equivocada visão de que temos que nos preparar para o futuro. Muitos dizem, Sete Lagoas está cresecendo e vai dobrar de tamanho. Falso. Já crescemos e dobramos de tamanho. Essa idéia de que temos que nos preparar para o futuro é uma idéia acomodadora e não nos faz agir com a urgência necessária.
Amanhã, continuo esse assunto e faço as correções. OK?

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