sexta-feira, 30 de maio de 2008

Decisão do diretório nacional do PT de vetar DEFINITIVAMENTE à aliança com PSDB em BH, deve frustrar o desejo de Maroca de fechar formalmente com o PT

Com a decisão definitiva do PT de vetar a aliança com PSDB em BH, como vocês podem ler na matéria de Vera Rosa do Estadão abaixo, é quase certo que o sonho de Maroca ter o PT, pelo menos formalmente acabou. Não creio que o diretório nacional aprovaria à aliança em Sete Lagoas. Por quê? O princípio é o mesmo de BH. O PT não quer fortalecer o concorrente Aécio que quer tomar do PT a presidência. E Sete Lagoas tá dentro do mesmo raio de influência do governador - dá prá dizer que Sete Lagoas faz parte "informalmente" da grande BH.

"É mas o PT pode dar apoio informal ao PSDB." Pode, claro. E muitos petistas apoiaram. Aqueles que não tem uma visão estratégica de seu projeto nacional creio que faram isso. Eles abdicaram de ser o velho PT autêntico. Nem o PT é mais o mesmo sabemos todos. Porém, o PT nacional não é burro de ignorar 2010. A conta que os militantes locais se esquecem de fazer o diretório nacional está atento como mostrou ao agir e impor este veto.

A consequência é que a esperança que Maroca tinha - e ainda tem -de levar o tempo de TV do petismo pode acabar e ele ter que "se virar nos 30". Mais, aquela reca de petistas graudos que vieram desfilar em sua campanha passada não virão mais, a começar por Patrus Ananias, não é verdade? Dessa forma o apoio informal não valerá quase nada.

Confirmada minha tese de que o que vale para BH valerá para SL, a família Paiva pode estar vendo fracassar antecipadamente seu projeto. Todo o esforço feito pode não ter valido muito. A ida do Celsinho para o PT; o lançamento de sua candidatura, enfim, pode ter dado errado. Com isso estratégia do "não candidato, candidatissimo", que nunca me enganou, a tática de chegada foi-se ou ainda vai para o beleleu. E fantasia do eleitor está se esmaecendo rapidamente, e acelerou agora depois do: "IRMÃO X IRMÃO".

E qual é a saída? ( ) Desistência ( ) Dizer ao que veio - se puder ( ) Mater o silêncio, que era estratégico e agora é fatal ( ) Abrir a boca e sofrer a legitima contestação, pela inconsistências...

Mas não sou eu, seu adversário, que vou lhe dizer o que fazer, até porque eu não sei.

A MATÉRIA:
Vera Rosa, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Sem usar o verbo "vetar", o Diretório Nacional do PT proibiu hoje a coligação com o PSDB na campanha eleitoral para a Prefeitura de Belo Horizonte (MG), mas abriu brecha para o apoio informal dos tucanos à chapa, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo na edição desta sexta-feira, 30. A resolução aprovada foi resultado de um acordo político da cúpula do PT com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), para resolver o impasse.

Num jogo de palavras mais ameno, o PT trocou o verbo "vetar" por "recomendar". Diz a resolução: "O Diretório Nacional resolve recomendar que o Diretório Municipal do PT de Belo Horizonte volte a discutir e deliberar sobre a política de alianças aprovada, afastando a possibilidade de coligação com o PSDB e o PPS."

Na prática, o PT vetou a dobradinha, mas não poderá impedir que o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), apóie informalmente a chapa, que será encabeçada por Márcio Lacerda, do PSB, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio. O candidato a vice na chapa de Lacerda é o deputado estadual Roberto Carvalho, do PT.

Após a decisão, que contou com apenas duas abstenções, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), evitou falar em aliança informal. Questionado se o PT recusaria o apoio dos tucanos, ele desconversou: "Esse é um assunto para o Diretório do PT de Belo Horizonte acompanhar." Berzoini admitiu que o PT sai desgastado do episódio. "Seria hipocrisia avaliar que não há processo de desgaste. O processo não foi bom par ao PT, mas foi pedagógico", afirmou.

Um comentário:

Unknown disse...

Caro Leonardo Barros,

Venho utilizar este espaço para avisá-los que nós, servidores do Ministério Público da União, resolvemos promover uma campanha informal contra todos os candidatos do Partido dos Trabalhadores nas próximas eleições, bem como contra todos os candidatos coligados ao PT.

Tal decisão se tornou necessária tendo em vista o arrocho salarial promovido desde do ano de 2009 pelo Poder Executivo Federal, na pessoa da sua Excelência a Sra. Dilma Rousseff. Digo que esta situação é intencional porque a base governista tem se empenhado de todas as formas pela não aprovação do nosso Plano de Cargos e Salário (Projeto de Lei n. 2199/2011) na Câmara dos Deputados.

Chega ser desanimador o fato de estarmos há 08 (oito) anos sem reposição das perdas salariais e ou reajuste salarial, já que o último reajuste aprovado em 2006 previa a inflação até 2004. Algo em torno de 50% de defasagem salarial. Tudo isso por culpa daqueles que deveriam defender os interesses dos servidores públicos, o Partido dos Trabalhadores. Por fim, digo-lhes que o contra-voto será também feito por nossas famílias, amigos e devidamente incentivado aos colegas do Poder Judiciário da União.

Atenciosamente,

Márcia