quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE SETE LAGOAS


Hora do Futuro
Por Leonardo Barros.
Fim de carreira? Quem apostou que Márcio Reinaldo viria de Brasília para uma espécie de descanso, de aposentadoria, em Sete Lagoas perdeu. Acompanhando de perto o que está acontecendo vê-se que o prefeito tá trabalhando com a energia de um adolescente. E a população que a muito estava carente de uma liderança efetiva olha com satisfação o que começa acontecer.  Entretanto, por mais preparado, motivado e decidido a fazer a diferença, qualquer governante precisa de uma direção de longo prazo que oriente e sustente sua ação.
 Hora, portanto, de pensar o futuro para saber qual é o próximo passo estratégico hoje. Ou corre-se o risco de fazer rápido e bem feito a coisa errada. Quer dizer, não basta ser eficiente, é preciso ser eficaz também: fazendo certo a coisa certa, não a coisa errada. É o princípio da eficiência e da eficácia.
Algumas coisas, é claro, são necessidades evidentes, portanto, facilmente percebidas: como as deficiências da nossa educação municipal. Márcio Reinaldo demonstra ter esse tipo de sensibilidade: reconheceu publicamente a inferioridade da educação pública oferecida pela cidade na comparação com a ofertada pelo Estado. Ao invés de tampar o sol com a peneira, como se diz e como fizeram muitos, ele jogou luz sobre o problema, assumindo a deficiência de Sete Lagoas.
Essa atitude do principal executivo de reconhecer as deficiências é um bom começo para a mudança, porque leva a um saudável desconforto, inquietação e desperta-se para a necessidade de melhoria. Mas mudar, melhorar, entretanto, pode significar apenas uma pequena alteração, um ganho marginal. É aí que entra a tarefa vital de planejar o futuro que se deseja como meta da sociedade para o Município.
Retomando ­­­­o exemplo da educação é notório que a reação insatisfeita do prefeito pode levar o Governo Municipal a buscar a melhoria, olhando como referência comparativa quem está melhor, no caso o Estado. Apesar de no curto prazo ser uma decisão inteligente: tomar como referência quem está a frente é uma atitude reativa. Essa reação que é positiva precisa, porém, ser seguida por uma ação proativa em que o município realiza concomitantemente às ações de curto prazo o seu planejamento estratégico, estabelecendo os seus próprios indicadores como marcos referenciais de onde se quer chegar.
Trata-se de fazer um esforço real de planejamento do futuro do Município, antecipando desafios e oportunidades e, sobretudo, definindo aonde Sete Lagoas vai estar no longo prazo. A esse planejamento que deve ter um horizonte temporal que vai muito além do período de 1 ou 2 governos devem aderir o Orçamento e o Plano Plurianual, o PPA do município, que coincidentemente deverá ser formulado este ano para o próximo quadriênio. É a forma de fazer com que aquilo que a sociedade quer a longo prazo (Planejamento Estratégico) se materialize através dos instrumentos de gestão que dispõe o governo.
Observo, já encerrando, que a proposta aqui é a elaboração do planejamento estruturado de Sete Lagoas com vistas ao alcance de um alto patamar de desenvolvimento social e econômico, que deve se desdobrar em programas estruturantes prioritários. Não se trata, portanto, de propor mais um destes teatros que envolvem a chamada participação popular e depois nada acontece. Trata sim de fazer efetivo uso do recurso de Planejamento, o qual gestores competentes como o governador Anastasia e o prefeito Márcio Lacerda de BH fazem e testemunham o seu valor, como nas respectivas falas do Governador e Prefeito nos dois próximos parágrafos que fecham este artigo:
“O planejamento torna-se imprescindível. Não podemos mais planejar as rodovias e o aumento das vias urbanas depois da instalação das pessoas naquela localidade. (...) O que está neste plano tem uma visão de futuro clara para 2030, para 2050, passos específicos que vão levar, de fato, a uma realidade nova.”
“(...) Iniciamos a construção de um planejamento estratégico de 20 anos, procurando definir e estabelecer indicadores e objetivos para a cidade que queremos ter em 2030. Com esse planejamento, Belo Horizonte contará com uma bússola para não se perder no imediatismo desorganizador. Com essa bússola, poderemos não só sonhar com uma cidade cada vez melhor, mas ter a possibilidade de construí-la, pois o futuro de uma cidade é fruto de consensos e de escolhas que fazemos no presente.” 

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