quinta-feira, 19 de julho de 2012

Já em casa, e bem, relato a vocês minha experiência vivida...

Agradeço, antes de tudo, imensamente o carinho e a solidariedade de vocês para comigo. Vivi, como sabem e acompanharam muitos amigos aqui, um dos momentos mais difíceis da minha vida - um susto enorme. O que era uma dorsinha no domingo à na tarde domingo se transformou numa enorme dor na madrugada. Às 4 da manhã dirigindo o próprio carro fui até o PA Central. Mas lá tive a decepção de um péssimo atendimento feito pelo médico de plantão. Sem colocar a mão em mim, medir minha pressão e etc o Dr. Igor (estou quase certo de que o nome esse - vou me certificar) "diagnosticou" um mal estar provocado por algum alimento. Tomei uma injeção na veia para este problema e voltei para casa. Mas quando deu 6 horas manhã, sem nenhum efeito da medicação deste "médico"e a dor ficando insuportável Marilza Do Rosário Rosário me levou ao Hospital Municipal. Chequei gritando de tanta dor. Rapidamente a triagem me encaminhou para dentro do pronto socorro dando o caso como "Urgência". Alguns minutos no interior do Hospital sentado na cadeira sem receber atendimento, porque o médico não havia chegado, Luiz Otávio, um dos chefes dos enfermeiros vendo o sofrimento tomou ele mesmo a iniciativa de ministrar-me medicamentos aliviar meu sofrimento. Em seguida com a chegada da Dra. Juliana, colheram de mim material ali mesmo na cadeira do primeiro corredor. E com muita dificuldade a médica conseguiu uma salinha para me atender. A cama suja de carbono de outro médio que a usava para escrever empreteceu a minha roupa (o que não é nada, apenas um detalhe das dificuldades diante do caos causado pela permanente demanda de socorro que chegam da grande região atendida por Sete Lagoas). Vamos enfrente.Entretanto, no final do dia de posse dos resultados do exames laboratoriais a médica não chegou a nenhum diagnóstico. Chegou, sim, suspeitar de que a minha dor era por alguma ansiedade, porém, pediu que fosse feito um ultrassom e, na dúvida, me segurou no Hospital. Tive sorte:
dormi na enfermaria de obervação. No dia seguinte, logo cedo, fui chamado para fazer o ultrassom. Dra Elizabeth, quem realiza o procedimento, foi certeira: "é Apendicite". E contrariando o que havia me dito doutora Juliana ela me informou que o meu exame de sangue tinha mostrado alterações dos parâmetros normais - havia sinal de infecção. No mesmo dia o atencioso Luiz Otávio, aquele que me socorreu primeiro, me avisou que à tarde eu ir ira fazer a cirurgia de Apêndice. Então procurei para conversar sobre o diagnóstico o cirurgião que faria a operação, Dr. Ney, que me disse que o caso era mesmo de cirurgia. Ok, fazer o quê? Vamos fazer o que tem que ser feito. Antes, porém, eu já havia procurando informações sobre os médicos cirurgiões de plantão: o próprio Dr. Ney e a Dra. Ivana. Obtive as melhores recomendações o que me deixou seguro. Mas... mas ocorre que naquela tarde começou a chegar inúmeros casos de trauma como a de um sujeito que matou a mulher e tentou se suicidar. Desta feita Dr. Ney mandou me chamar e avisou que eu ficaria para à noite. Não gostei. Os médicos seriam outros. Não tinha informações de quem seria os novos cirurgiões. Pedi que me antecipassem os nomes. Então telefonei para Caio Dutra que me deu boas informações de um dos nomes eu lhe falei o outro ele não conhecia. Falei comigo mesmo vamos adiante. Mas para minha surpresa descubro já próximo do horário da cirurgia que o médico de que eu tinha tomado informações com o Dr. Caio não estaria presente. E aí? De novo fui atrás de referencias dentro mesmo do Hospital sobres os doutores. Fui informado pela amiga que trabalha no Hospital Maria Cristina que um dos médicos que fariam a cirurgia era o chefe do setor de Cirurgia, Dr. Robson. O que em tese é uma indicação positiva, porém, como há politicagem aqui e ali isso me deixou meio ressabiado sobre quem era esse médico. E o que fiz foi que ao ser chamado para trocar-me na anti-sala de cirurgia exigi conversar com o Dr. Robson sobre se ele tinha certeza do diagnóstico. O cara mostrou a sua competência: esclareceu com maestria sobre o quadro da pessoa com Apendicite e que a melhor forma de diagnosticar o caso, me disse, que era o exame clinico. Fiquei absolutamente seguro já com a sua explicação e ele ainda fez questão de examinar-me mostrando na prática o que dizia. Fui para a mesa de cirurgia muito tranquilo. Tudo correu bem como mostra está foto tirada menos de 24 horas após a realização da intervenção. Encerro aqui por enquanto, mas prossigo este texto com agradecimentos a equipe que trabalha com profissionalismo em um lugar com muito pouca estrutura e faço observações em outro post. Adianto é que confirmei por "linhas tortas" e dolorosa a tese que tenho sobre a questão que já defendia: Sete Lagoas como um grande polo regional de Saúde. Então trato disso e de outros detalhes depois. (texto postado no face hoje à tarde)

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